— Ela está sozinha em casa, eu me preocupo.— Irmão, eu fugi de casa por vários dias, e você não disse que estava preocupado. Irmão, faz tempo que não conversamos, tenho muitas coisas para te contar, conte histórias para mim, me faça dormir, podemos ir juntos amanhã? Já prometi aceitar a cunhada, me mime um pouco também.Daniel pensou que havia sido de fato um tanto severo com Bruna ultimamente, então concordou. Ele a confortou até que adormeceu, ficando até meia-noite.Ele não reservou um quarto ao lado, mas desceu e sentou-se no carro. Ele ligou a vigilância da mansão, querendo ver a que horas Beatriz voltava para casa, o que ela fazia lá.Eles estavam em silêncio, não se falando durante esse tempo, mas ele sabia de tudo sobre ela.Sabia que não era certo espiar secretamente, mas não conseguia se controlar.Mas Beatriz não voltou para casa durante toda a noite. Ele franziu a testa, pensando imediatamente se ela tinha saído com Carlos. Mas logo sentiu que era impossível, Beatriz não e
— Não se preocupe, eu não tenho nada a esconder. — Ela disse, furiosa, mas sua aparência era tão patética que até sua raiva parecia sem força.— Onde você estava ontem à noite? Parece que você também não voltou para casa.— Fui atrás da Bruna, ela está ficando cada vez mais rebelde, até se misturando com os vagabundos do bar.— Passou a noite lá?— Sim... Fiquei de olho nela no hotel, com medo de que ela fugisse. — Daniel falou calmamente, sem ousar contar a verdade, não queria que ela soubesse que havia passado a noite em vigília, sem dormir.Beatriz riu friamente por dentro, os irmãos realmente tinham um vínculo forte, até precisavam se vigiar à noite.Daniel provavelmente gostava de Bruna, talvez amasse sem perceber, ou talvez soubesse, mas não podia expressar devido à sua posição.Enquanto pensava nisso, para sua surpresa, Bruna chegou, segurando um buquê de flores.— Cunhada, vim te visitar.Bruna não falava mais tão agressivamente quanto antes, e havia um sorriso em seu rosto, nã
Após Bruna deixar o quarto do hospital, ela ligou para Afonso.— Afonso, Débora está bem?— Já recebeu alta, e eu cuidei daquelas postagens na internet. Quando as coisas se acalmarem, vou levá-la para passear.— Que bom, ultimamente não sei o que está acontecendo, todo mundo indo parar no hospital.— Quem mais está no hospital?— Beatriz, ela fez uma cirurgia, parece que foi algo sério. É uma pena, meu irmão não dá a mínima para ela, deixou-a sozinha no hospital. Ela nem se atreve a chamar a família, só contratou cuidadores, é de dar dó. Não pude deixar de visitá-la.— Que cirurgia foi essa, é grave? — A voz de Afonso tornou-se ansiosa.— Não sei, ela não quis dizer, e eu não insisti, parece grave. Afonso, você não quer vir vê-la? Afinal, Beatriz ficou com você por três anos, sem crédito ao menos teve o trabalho, agora... ela deve estar precisando muito de companhia.— E se Débora ficar sabendo...— Débora é tão compreensiva, como ela poderia se importar? Se soubesse, com certeza seria
Débora demorou a responder. Após algum tempo, finalmente enviou uma mensagem.【Eu confio que Afonso não será enganado por ela.】Bruna sorriu friamente através da tela. Isso era típico de Débora, sempre tentando manter sua imagem de compreensiva, sem poder vir aqui fazer um escândalo.Mas não importa, contanto que Débora esteja ciente, ela não será mais gentil com Beatriz no futuro.Ela não respondeu mais, em vez disso, ligou para Daniel.— Irmão, onde você está?— Estou quase chegando ao hospital, o que aconteceu?— Espere-me na entrada, eu vou ao seu encontro.Bruna rapidamente desceu, e logo avistou o carro familiar.Daniel tinha feito uma viagem especial de volta à mansão para trazer comida, imaginando que Beatriz não estaria se adaptando à comida do hospital. Mesmo que precisasse comer alimentos leves e líquidos, eles deveriam ser saborosos e nutritivos.Ele estava prestes a subir, mas Bruna o interrompeu. — Irmão... estou com cólica menstrual, pode comprar absorvente para mim?— S
— Não se preocupe, eu não vou contar a ela.— Mano, vamos embora, antes que a cunhada perceba. — Bruna puxava Daniel para fora, falando sem parar. — Quando uma garota fica doente, ela se sente frágil e magoada, Afonso esteve com ela por três anos, é claro que há memórias que não se apagam facilmente, procurá-lo logo que ficou doente é compreensível...— Ela procurou o Afonso primeiro? — Daniel parou, sua voz fria.— Parece que quando o médico estava verificando a ferida, estava um pouco aberta, e doía muito. Ela queria te ligar, mas acabou ligando para o Afonso sem querer.Bruna mentia sem piscar ou fazer movimentos desnecessários, e Daniel a olhava profundamente. Ele também havia estudado análise de microexpressões, e naquele momento, o olhar de Bruna era sincero e puro, sem vestígios de falsidade. Era difícil para Daniel não acreditar.Bruna tinha razão, não é fácil esquecer um relacionamento de três anos.Beatriz sempre foi orgulhosa, recusando-se a ceder perante Afonso, mas agora,
— Como você veio parar aqui?Ao ver Bruna, Beatriz não pôde evitar franzir a testa.— Vim te visitar, ué. Meu irmão está ocupado e não pôde vir.— Como você sabe?— Ele acabou de me dizer. Não te falou? Não tem problema, eu te conto do mesmo jeito. — O sorriso de Bruna soava especialmente irritante aos ouvidos de Beatriz. — Meu irmão também, né? Por mais ocupado que esteja, deveria se preocupar um pouco com você. Afinal, você fez uma cirurgia. Eu disse para ele vir te ver.— Não precisa, eu estou bem sozinha. — Beatriz a interrompeu diretamente. — Vou dormir. Se não tiver mais nada, pode ir.— Tudo bem, então eu venho te visitar amanhã de manhã. — Bruna saiu determinada e visivelmente feliz.Na manhã seguinte, Beatriz abriu os olhos e se surpreendeu ao encontrar Carlos sentado ao lado de sua cama.— Irmão Carlos, como você veio parar aqui?Ela tentou se sentar, mas a dor da cirurgia a fez respirar fundo de dor.— Não se mexa. — Carlos a interrompeu gentilmente.— Você não foi ao estúdi
— Essa pergunta deveria ser minha, não tem nada que você queira me dizer?Ela não tinha nada a esconder, estava de consciência tranquila. Mas e ele, com seus pensamentos obscuros sobre Bruna, ele tinha coragem de admitir?Daniel fechou os lábios, claramente não estava disposto a admitir que havia visitado ontem e até trouxe comida deliciosa.Ela estava saboreando o caldo de galinha que Carlos trouxera, sem saber da sua decepção ao partir ontem.— Minhas ações são transparentes, não tenho nada a esconder.Beatriz quase explodiu de raiva ao ouvir isso.Transparente uma ova. Ela imediatamente não quis mais vê-lo.— Vá embora, não preciso de você aqui.— Realmente, tem muita gente querendo te agradar aqui.— É, tem muitos, e daí? Não faz diferença se você for embora!Lembrando-se de que ele não apareceu o dia todo ontem, ela ficou furiosa. Amigos deveriam chegar imediatamente, até mesmo Afonso, aquele ingrato, veio, mas ele saiu cedo e não apareceu pelo resto do dia. Deixando Bruna aqui co
— Por que! — Carlos agarrou o colarinho dele com força.— Você sabia dos meus sentimentos, por que ainda assim procurou ela, tomando a pessoa que é minha.— Você está enganado, nós já estávamos casados antes mesmo de você gostar dela, é você quem está cobiçando a minha pessoa! — disse Daniel, enfatizando cada palavra com uma voz firme e poderosa.— Então por que vocês não me disseram diretamente, por que, brincar comigo?— Desculpe, por causa do casamento em segredo, não era conveniente divulgar. Eu te avisei, ela não é adequada para você, porque ela já é uma mulher casada.Carlos ficou surpreso, quando Daniel disse isso antes, ele pensou que Daniel tinha preconceito contra Beatriz, não imaginava que era isso.Beatriz também nunca lhe deu esperança, no dia seguinte já admitiu ter um namorado.Era ele... Era ele quem nunca quis desistir, sempre se enganando. Carlos ficou com uma expressão de derrota, mas logo se recuperou.Ele soltou um suspiro pesado: — Eu cheguei tarde, eu admito a de