A luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas do quarto, iluminando delicadamente o ambiente. Adrian acordou primeiro, seu corpo ainda aquecido pelos lençóis macios. Ele se levantou da cama com cuidado, sem fazer muito barulho, e caminhou até uma poltrona que ficava perto da janela, a poucos passos da cama onde Grace ainda dormia profundamente. Ela estava deitada de lado, com um dos braços soltos sobre os lençóis e o rosto meio escondido pelo travesseiro. Seus cabelos estavam bagunçados, caindo em ondas suaves sobre seus ombros, e sua respiração era tranquila, indicando o sono profundo e relaxado. O lençol subia até a metade de suas costas, revelando parte de sua pele macia e o contorno suave de suas curvas. Havia algo hipnotizante naquela cena de tranquilidade, e Adrian sentiu seu coração acelerar ao observá-la. Um sorriso discreto surgiu nos lábios de Adrian enquanto ele admirava Grace. Ele não conseguia acreditar como essa mulher havia mudado sua vida em tão pouco tempo. Apenas
Enquanto Grace devorava as frutas frescas que Adrian havia preparado com tanto carinho, ele a observava em silêncio, admirando sua beleza natural e a forma despreocupada como ela aproveitava o momento. Cada gesto dela parecia hipnotizá-lo, e ele se pegava absorto nos pensamentos, como se estivesse distante, preso às lembranças de um tempo que tentava esquecer. Lentamente, ele estendeu a mão e ajeitou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha, o toque suave e cheio de ternura. Grace sorriu levemente, sem tirar os olhos da bandeja, ocupada com o café da manhã. Adrian, porém, não estava totalmente ali. Sua mente vagava para outro tempo, para outro lugar — um passado que ele havia tentado enterrar, mas que, de alguma forma, sempre encontrava maneiras de voltar à superfície. Ele pensava em quem ele era antes de conhecer Grace, antes de entrar no mundo do clube de submissão, e principalmente antes do casamento que quase o destruiu. Seu casamento com Vânia, uma mulher de beleza fria e deter
Adrian soube imediatamente que aquilo não seria uma simples conversa. Alana raramente saía do clube, e o fato de estar ali, em sua casa, só significava uma coisa: ela estava disposta a tudo para confrontá-lo. Alana era uma mulher perigosa quando se tratava de seus negócios e principalmente sobre ele, ela tinha um fascínio por Adrian, e já havia deixado claro uma vez, que ele era o seu brinquedo favorito. — Alana, o que você está fazendo aqui? — perguntou Adrian. Ela deu um passo à frente, invadindo o espaço com sua presença imponente. — Você realmente me pergunta isso? — Alana disparou, com um tom de voz frio. — Você desaparece do clube, não responde minhas ligações, e agora acha que pode simplesmente me ignorar? Acha que isso vai acabar bem pra você? Adrian suspirou, passando a mão pelos cabelos, tentando controlar a irritação que começava a crescer. — Eu precisava de um tempo — disse ele, mantendo o tom firme, mas sem confrontá-la diretamente. — As coisas mudaram para mim. —
Adrian correu até Grace assim que Alana saiu pela porta. Grace ainda estava parada no mesmo lugar, como se estivesse congelada no tempo, seus olhos fixos no chão, os ombros tensos. Ele a envolveu com os braços, tentando protegê-la do caos que acabara de desabar sobre eles. Seu coração batia acelerado, não apenas pela discussão com Alana, mas pelo medo do que estava para acontecer. — Grace, está tudo bem? — sussurrou ele, a voz rouca de preocupação. — Você se machucou? — Seus olhos a percorriam de cima a baixo, procurando qualquer sinal de dor ou corte. Ela não o olhou diretamente nos olhos. Ainda processava tudo o que havia escutado, as palavras de Alana ecoando em sua mente. Ela sentia o abraço dele, a proteção que ele tentava oferecer, mas, ao mesmo tempo, algo dentro dela havia mudado. Grace respirou fundo, afastando-se levemente de Adrian, o suficiente para que ele percebesse a distância que começava a se formar entre eles, e era daquela rejeição que ele sentia medo de verdade
O silêncio no carro era opressor. Cada segundo que passava parecia pesar mais, e as palavras não ditas pairavam no carro, sufocando-os. Grace olhava para fora da janela, observando as ruas passando rapidamente, mas seus pensamentos estavam em outro lugar. Sim, ela ouviu Adrian dizer que estava apaixonado por ela, mas havia muito mais em jogo. Ela sabia que Alana não estava brincando quando ameaçou destruí-lo. Aquilo não era apenas uma advertência; era uma promessa. E Grace sabia que Alana tinha o poder de cumprir cada palavra. “ Ele está acostumado àquela vida — ela pensou. — “Ao luxo, ao clube, ao controle. Não é justo que ele perca tudo por causa de mim. Não posso ser a razão pela qual ele vai perder tudo o que construiu. Grace se sentia dividida. Ela também sentia algo por Adrian, algo que ia além do simples desejo. Talvez fosse paixão, talvez fosse amor, mas ela ainda não conseguia definir claramente. No entanto, o que sabia com certeza era que se sentia segura, amada e valoriz
Quando Grace entrou na casa, o ar imediatamente pareceu mais pesado. A atmosfera estava estranhamente tensa, como se algo estivesse errado. Ela fechou a porta atrás de si e deu alguns passos em direção à sala, onde foi surpreendida pela visão que a esperava. Alana estava sentada confortavelmente no sofá de Grace, as pernas cruzadas com uma elegância calculada, o olhar fixo em algum ponto da sala. Era como se estivesse esperando por ela, uma predadora à espreita, pronta para dar o bote. Grace parou no meio do caminho, sentindo o coração acelerar. Sua mente correu em mil direções, tentando entender o que Alana estava fazendo ali. A sala, que antes era seu refúgio, agora parecia um território hostil. Cada detalhe, da luz suave até a decoração, parecia conspirar para intensificar o desconforto. O ambiente fedia a cigarro, e ela sabia que Alana havia fumado ali. — O que... o que você está fazendo aqui? — Grace finalmente conseguiu perguntar, a voz baixa, mas cheia de inquietação. Ela d
A noite envolvia a cidade, e Grace sozinha em sua casa simples, olhava pela janela, perdida em pensamentos. As palavras de Alana ainda ecoavam em sua mente, misturadas com o medo e o desejo de proteger Adrian. Ela sabia que não podia continuar ali. As ameaças eram reais, e ela não queria ser o motivo de sua queda. Mas antes de partir, algo dentro dela gritava para vê-lo uma última vez, para sentir seu toque e seu calor antes que tudo acabasse. Ela se levantou lentamente e foi até o espelho. Vestia uma blusa de seda preta, justa e delicada, que moldava suas curvas de maneira sutil. As calças jeans escuras, apertadas, realçavam suas pernas, e os sapatos de salto baixo completavam o visual simples, mas atraente. Seu cabelo caía em ondas suaves sobre os ombros, e os lábios estavam pintados com um leve toque de vermelho, o suficiente para realçar sua expressão determinada. Depois de se olhar no espelho por alguns segundos, ela respirou fundo e pediu um táxi. Enquanto esperava, puxou as c
O sol da manhã penetrava pelas cortinas semi abertas, iluminando o quarto com uma luz suave. Adrian se mexeu lentamente na cama, ainda meio sonolento, sua mão procurando por Grace ao seu lado. Um sorriso preguiçoso se formou em seus lábios ao lembrar da noite que passaram juntos. No entanto, quando seus dedos tocaram o lençol frio, ele franziu o cenho e abriu os olhos. Grace não estava lá. Ele se sentou na cama, coçando a cabeça e chamando por ela. — Grace? — Sua voz rouca ecoou pelo quarto vazio. Adrian esperou um momento, imaginando que ela poderia estar no banheiro. O silêncio respondeu ao seu chamado. Ele se levantou, ainda nu, e caminhou até a porta do banheiro, batendo de leve antes de abrir. — Grace? Você está aí? — Ele perguntou novamente, sem obter resposta. Quando abriu a porta, encontrou o banheiro vazio. O choque de não vê-la ali fez seu coração bater mais forte. Ele correu uma mão pelos cabelos, tentando organizar seus pensamentos. Onde ela estaria? Por que teria saí