Determinada a mudar o rumo da minha história decido começar a estudar, mas antes preciso consertar a mesa que quebrei, Bá se recolhe novamente e eu levo a mesa pra fora e passo o resto da madrugada consertando.
Na manhã seguinte tomo meu café e sigo limpar os cômodos da casa, abro uma porta e me deparo com um escritório empoeirado como se tivesse sido esquecido pelo tempo e intocado, admiro os livros na estante e abro a janela para deixar um ar entrar, perdida tentando ler as letras num livro que achei a capa bonita, nem percebo dona Madalena parada na entrada do escritório _ “ Harry potter e a pedra filosofal” a voz de dona Madalena ecoa no ambiente, me atrapalho com o livro na mão e digo _ “Me desculpe dona Madalena, achei a capa bonita e acabei pegando”, digo colocando o livro de volta na estante, _ “Pode ficar com ele criança, minhas filhas amavam esses livros, hoje est&atil
Os meses foram passando e já consigo ler sem dificuldade, dona Madalena cada dia me ensina uma matéria diferente sobre cultura, matemática, geografia, histórias sobre os humanos e todas as outras, não sabia que haviam tantas coisas assim a noite antes de dormir decido perguntar a Bá uma coisa _ “Bá, está acordada?”, e ela se ira para me encarar de sua cama _ “Estou por que?”, _ “Eu estou aprendendo muito sobre o mundo humano e você sabe bastante coisas sobre os lobos, me ensina também sobre os costumes e as regras dos lobos, não da matilha do alfa Mark, mas no contexto geral”, Bá bufa e diz _ “Já está até falando complicado menina” solto uma risada baixa pelo seu jeito e ela continua _ “Não sei muito mais do que você, mas antes de ser sequestrada pelo pai do alfa Mark para viver como escrava eu tinha uma matilha, n
Acordamos logo cedo e fomos a feira antes mesmo do café da manhã, em meio as compras cheia de sacolas nas mãos já sinto minha nuca se arrepiar e minha loba fica em alerta total “Nos encontraram” ela fala num rosnado alto em minha mente, olho em volta e vejo Dante parado na calçada ao longe apenas observando, ele abre um sorriso perverso em seu rosto cruzando os brações em seu peito e sei exatamente o que vem a seguir, olho para os lados e vejo os seguranças de alfa Mark se aproximando, solto as sacolas e agarro nos braços de Bá na tentativa de fugir dali o mais rápido possível _ “ O que é isso Alita? O que te deu menina?” Bá fala sem sequer ter notado a presença deles ainda, em passos apressados esbarrando nas pessoas na feira falo próximo ao seu ouvido _ “Dante está aqui”, Bá me encara e olha em volta finalmente percebendo
A van em auto velocidade, começo a me erguer e uma fúria toma conta de mim, pego a cabeça do segurança que matou Bá e num movimento com as mãos quebro seu pescoço jogando seu corpo desfalecido no chão, o outro começa com socos e golpes, mas eu sou menor e mais ágil, me abaixo rápido e soco seus testículos fazendo se curvar de dor, pego sua cabeça o bato contra o vidro da janela que se quebra em mil pedaços o fazendo desmaiar a van começa a se sacudir e gritos por todos os lados vejo apenas flashes do momento de luta da minha loba com Dante e seus seguranças, um sorriso maligno se forma em meus lábios por pela primeira vez ver Dante com medo de alguém e esse alguém ser logo eu, fui feita de escrava por tempo demais, mas agora acabou._ “Seus olhos, nunca vi seu lobo aparecer, você é a porra de uma alfa, como pode? Como eu
Minha loba logo me lembra que precisamos ir, me guio pela mata para que ninguém veja o tanto de sangue em mim, passo a noite escondida e pela manhã com o processo de cura mais evoluído sigo até a casa de dona Madalena, mas assim que entro a casa está toda revirada, tem sangue nas paredes, tudo quebrado e sinto o cheiro de Dante, ele esteve aqui, matou dona Madalena e foi embora, aqui não é mais seguro preciso ir embora, pego as poucas coisas que tenho coloco numa mochila, enquanto arrumo minha mala vejo as coisas de Bá e um nó se forma em minha garganta por não ter protegido ela como deveria, pego algumas coisas dela e noto uma bolsinha de eludo vermelho que ela sempre mantinha com ela, assim que abro vejo uma pulseira de bebê com o nome Alita, acho que deve ser a única coisa que tenho quando era bebê, coloco em minha mochila, tomo um banho rápido e pego o dinheiro que guardei do sal&aacu
AuroraEstaciono o carro em frente a empresa, hoje o dia vai ser cheio e só vim deixar uma papelada e sair para uma reunião com um fornecedor aqui perto, Silas conversa com alguns acionistas, saímos rapidamente e entramos no carro, hoje o dia está quente e decido deixar a janela aberta para entrar um ar, respiro fundo e acabo pegando no ar um cheiro específico, minha loba logo vem a frente e eu grito para o motorista _ “Pare o carro!” Silas está ao meu lado e nota minha inquietação, abro a porta e corro pela calçada tentando sentir o cheiro novamente, mas se foi, eu o perdi, giro desnorteada tentando pega-lo novamente, Silas me gira para encará-lo e pergunta _ “O que houve? Eu nunca te vi assim”, falo já querendo chorar, _ “Eu a senti Silas, não estou ficando louca, senti o cheiro da minha irmã, ela estava aqui, mas... mas eu a perdi”
No dia da entrevista pego minha melhor roupa, um calça jeans, uma camiseta e um tênis, saio logo cedo da pensão, pego o ônibus e chego ao grande prédio espelhado, assim que entro informo que vim para a entrevista e a recepcionista me direciona para outra ala cheia de gente com roupas elegantes disputando a vaga de emprego para todas as áreas do prédio, observo minha roupa simples e me sento meio sem jeito entre eles que me observam de cima a baixo, respiro fundo e decido não me importar com os olhares, alguns minutos depois ouço meu nome _ “Senhorita Alita!”, me levanto e me aproximo da moça que apenas aponta indicando a sala para começar o teste._ “Bom dia, pode se sentar” ela fala educadamente sem nem mesmo olhar para mim _ “Se chama Alita de quê? No seu currículo tem apenas o primeiro nome”, eu abro a boca para gesticular algo, mas nem mesmo sei como
SilasCoço a cabeça confuso com o que acabou de acontecer, _ “Eu tô ficando maluco, ou eu acabei de ver alguém igual a minha esposa entrando no elevador?” por um segundo eu jurei que fosse mesmo Aurora, mas as roupas e o cheiro não batiam, preciso descansar, tô trabalhando demais, se eu disser isso a Aurora ela vai pirar, ela já acha que a irmã está viva depois de sentir o cheiro dela aquele dia na rua, e se eu falar que ela estava aqui pronto, ela vai vasculhar todas as câmeras de segurança até achar ela.Respiro fundo colocando as mãos no bolso e voltando para o meu escritório, até ver o outro elevador se abrir e minha esposa sair dele.AuroraSaio do elevador e já vejo Silas indo para o seu escritório, mas aí, paraliso no lugar quando sinto o cheiro do ambiente, minha loba
Joana _ “...Só mais um empurrão Luna, vamos, o bebê está quase aqui” dizia minha irmã Jéssica com os olhos marejados, reuni todas as forças que tinha e empurrei, num grito abafado e longo, vi ela respirar pela primeira vez. Seu chorinho misturado a um rosnado fofo fez todo mundo ao meu redor rir e chorar ao mesmo tempo, meu marido e alfa da matilha John, estava parecendo um menino com o rosto todo vermelho de tanto chorar. Segurei meu pequeno pacotinho nos braços e disse: _ “É uma menina amor, nossa Alita!” John estava eufórico, pegou nosso filhote nos braços, colocou uma pulseira com seu nome e logo as contrações voltaram, nossos bebês eram fortes e não se demoraram a nascer. Enquanto John segurava nossa bebê senti meu outro filhote coroar, e alguns minutos depois um chorinho ecoou pelo quarto novamente, já cansada ouvi Jéssica dizer: _ “Segure-a Joana, é outra menina!” Meus olhos se abriram para ver o rostinho de Aurora se acalmar assim que a segurei, enrolada em sua manta vi