Em Dubai, Nasser e Eveline chegaram à mansão, Eveline desceu depressa caminhando em direção ao seu quarto.Ela se sentou na cama, estava ansiosa e com medo não sabia explicar o turbilhão de sentimentos que estavam dentro dela. Queria fechar a porta e ficar sozinha, mas aporta não tinha chaves.Não demorou muito para que Nasser entrasse porta a dentro, seus olhos negros como a noite fitavam Eveline.Ela evitou de fazer contato visual com ele, ela tinha medo de descobrir o que se passava na cabeça dele.Nasser a tratava bem, mas por algum motivo ela não se sentia muito à vontade, de certa forma tinha uma desconfiança e tinha medo que ele a tocasse.- Vou te dar um tempo para que se recupere, como minha mulher você tem obrigações para comigo sabe disso, não sabe? Ele perguntou a ela de forma gentil, mas firme.Eveline apenas assentiu, ela não sabia ao certo, mas se ele estava dizendo ela não tinha muito o que dizer, afinal ela nem se lembrava de quem era. Como discutiria algo assim com e
Vladimir nem se importou apenas voltou a fazer o que estava fazendo, mas uns minutos depois o que ela havia dito veio em sua mente, poderia Eveline estar com um daqueles homens as quais ela acompanhava nos eventos?Ele ficou intrigado.Eveline foi levada ao hospital por Nasser no caminho ela desmaiou e ele ficou muito preocupado, pois ele apenas a tirou do hospital no Brasil e a trouxe para sua casa, embora tenha pago um bom médico, não fizeram nenhum exame extra, agora ela estava assim.Eveline aparentemente estava em estado grave.Vladimir e João Paulo foram a Dubai representando seu escritório com o projeto do centro cultural.Ele estava arrependido, ele inscreveu o projeto porque queria que Eveline fosse reconhecida pelo seu belo trabalho, ele queria muito que ela estivesse lá.- Não devia ter vindo, deveria ter pedido para que o projeto fosse tirado da competição. Vladimir disse muito chateado.- Pense que o trabalho é de Eveline e ele merece esta chance! Disse João Paulo entende
Ela abriu uma pequena fresta, de uma porta no fim do corredor, então ela pode ver um movimento de gente. Se aprumou cobrindo o rosto com o véu, deixando apenas os olhos. Encostada na porta, ela suspirou e criou coragem, saindo caminhando normalmente. Depois que chegaram ao hospital, João Paulo foi atendido e ficou em uma sala tomando soro com um antialérgico. Vladimir o esperava na sala de espera, enquanto isso os dois iam trocando mensagens pelo telefone, Vladimir não pode entrar com João Paulo. Vladimir já estava ali a mais de duas horas, haviam algumas pessoas transitando para lá e para cá com suas túnicas arrastando pelo chão, ele precisava de ar. Ele avisou João Paulo que sairia para fora do hospital, mas que o aguardava do lado de fora. Quando estava prestes a sair pela porta da entrada, alguém se chocou contra ele se desequilibrando. Por instinto ele segurou a pessoa pelo braço e logo se lembrou de onde estava e pediu desculpas em inglês e soltou quando viu que a pessoa
- Preciso falar com você. Eveline disse aflita. -Como conseguiu meu telefone? Não tenho nada para falar com você! Joshua disse, irritado. - Não importa como consegui, só o fiz porque é muito importante. Ela disse com as mãos tremendo. - Nada que venha de você é importante. Ele disse e completou. –Nos divorciamos não te devo nada! - Não? Você ficou com a casa que eu lutei tanto para construir, tudo que estava nela, e depois eu soube que enquanto eu pagava as contas de casa você guardava dinheiro ou gastava com luxos para parecer rico. Ela disse com um amargor na boca. -Você mesma disse que não queria nada, agora não se passou nem um ano e você está me procurando? - O que você esperava? Estando casado comigo estava noivo de outra mulher, cinco anos não significaram nada para você? - Eu amei você, mas a vida é mais que amor! Eu não podia ficar preso a você que não tinha nada para oferecer quando, Judite era herdeira da maior indústria de celulose do país e queria se casar c
Vladimir era um homem um pouco mais velho que Eveline, ela tinha quase vinte e quatro anos e ele tinha trinta e dois, ele tinha cabelos pretos, já com alguns fios brancos e olhos claros, tinha uma postura alta e elegante, maxilar forte e uma covinha no queixo.- Diga Eveline. Ele disse analisando um croqui.- Eu sei que entrei a pouco na empresa, mas eu preciso de um adiantamento, pagarei assim que puder. Ela disse nervosa e envergonhada. Ainda prestando atenção no projeto.- Hum, me diga quanto você quer? Ele perguntou ainda sem olhar para ela.- Preciso de duzentos mil. Ela disse em tom quase inaudível.Vladimir parou o lápis, com que fazia as anotações no projeto, e olhou para ela levantando uma sobrancelha, pego de surpresa. – Duzentos mil?-Sim! Posso pagar parcelado, se o senhor me der um prazo. Ela disse segurando as mãos. Ele a observou com curiosidade, ela estava olhando para as próprias mãos, que pareciam um pouco tensas, ficou olhando para ela por um tempo até que ela le
Vladimir agradeceu ao médico e saiu o mais rápido que pode, indo direto para a obra.Depois de um tempo Eveline acordou assustada, ao tentar se sentar sentiu uma fisgada na mão então viu o soro conectado, quando ia levar a mão para tirá-lo, uma enfermeira abriu a porta.- Oh! Você acordou, que bom! A mulher disse muito simpática.- Onde estou?- Clinica São Camilo, acho que seu namorado a trouxe, você estava com hipoglicemia, precisa se alimentar ainda mais agora que está grávida.- Ele não é... Eveline ia dizer que o homem que a levara não era seu namorado, mas ao ouvir a palavra grávida ela simplesmente perdeu a fala.- Grávida? Como isso pode ser? Ela perguntou.- Oras, com um homem tão bonito como aquele como não poderia acontecer? Kkkk. A mulher disse sorrindo.Eveline sentiu vertigens novamente e suas mãos começaram a suar, sua vida já estava difícil e agora ela descobre que está grávida de Joshua.Ela se deitou e suas lágrimas escorreram pelos cantos dos olhos, a mulher a vendo
Um pouco desapontada. – Mas o doutor disse que poderia leva-lo para casa. Ela disse com os olhos já marejados de lágrimas.- Eu sei, mas analisando os prós e os contras, eu acredito que você não terá condições de mantê-lo em casa. Ele disse com pena dela, afagando seus cabelos.- Eu consegui duzentos mil, vou dar entrada num apartamento e comprar os aparelhos. Ela disse.- Olha eu sei do seu esforço, mas isso não dá nem para começar infelizmente, você já parou para pensar nos custos de enfermeiros 24 horas? Médicos? Medicamentos? Energia? Instalações? Posso te dar um conselho? Você pode pensar e depois decidir.Ela assentiu, secando as lágrimas que corriam por suas bochechas.- Pegue o dinheiro e guarde para as custas clínicas, dará para cobrir uns três a quatro meses, transferimos ele para o meu hospital, você arruma um apartamento próximo, assim você poderá vê-lo sempre que quiser. Nossa equipe cuidará dele com muito carinho e você poderá trabalhar para arcar com os gastos, sem se p
Ele completou ao vê-la corar. –Estou com um projeto que pretendo deixa-lo em suas mãos, ele é muito importante para nosso portfólio. - Farei o meu melhor. Ela disse seriamente. A refeição chegou. - Vamos comer e esquecer o trabalho, não viemos aqui para isso certo? Ele disse servindo uma taça de vinho tinto para ela. Ele achou graça de ver os olhos espantados dela toda vez que ele tocava em algum assunto ambíguo. Jantaram, falaram sobre política, musica, artes. Ele descobriu que ela estava cursando direito a noite, ele ficou admirado. Ela descobriu que a família dele morava na Grécia e que ele parecia ser um solteiro convicto. Ela não disse nada sobre já ter sido casada, nem falou de seu filho. Quando o jantar terminou, o bem-estar que estava sentindo passou e ela voltou a ficar tensa, tanto é que tomou o último gole do vinho de uma só vez. - Calma! Você quer mais? Ele perguntou vendo ela beber o vinho com uma certa urgência. - Não obrigada, não sou de beber. Ela disse. - Es