Subiu no criado com dificuldade, estava de saia e o pé machucado, deixou os sapatos para trás, em nada iam ajudar, passou a bolsa na transversal no corpo e se agarrou nos galhos.A saia a impedia de dar um passo longo o jeito foi subi-la bem acima da altura dos joelhos.Escorregou, mas se agarrou, seu pé machucado não servia como apoio.Com muita dificuldade e muitos arranhões ela conseguiu cair da arvore já em uma altura pequena, sim ela não desceu, caiu, não tinha como saltar com o pé ferido.Ela bateu a poeira da roupa e olhou a sua volta, observando se havia movimento de alguém ou alguma coisa que pudesse ajuda-la, o lugar parecia deserto.Ela se levantou e saiu em direção à entrada da casa, não perecia ter ninguém. Seguiu então pelo caminho mancando, a certa altura ela encontrou um pedaço de madeira e resolveu usá-lo como muleta para não forçar o pé que estava ferido.Já estava escuro quando Eveline viu uma carroça se aproximando. Ela fez sinal para que ele parasse.O homem se as
Eveline sem jeito e medindo as palavras.- Eu o perdi, eu ...- Onde você está? E que telefone é este?- Do hospital. Ela por fim disse.- O que? Você está ferida? Me diga onde é estou indo para aí.- Não há necessidade estou bem.- Não discuta! Se estivesse bem não estava no hospital. Ele disse diretamente.Ela se sentiu intimidada, mas ele tinha razão ela não estava bem.Com relutância ela passou o endereço da Clínica e não muito tempo depois Vladimir chegou, com passos apressados.Ele perguntou por ela na recepção e deram o número do quarto, ele abriu a porta devagar, ela o estava esperando sabia que ele viria.Quando ele a viu na cama do hospital, com arranhões pelo rosto e mãos, e o pé com uma bota ortopédica, ele se sentiu impotente.- O que aconteceu? Como veio parar aqui?- Foi um acidente e está tudo bem, voltarei ao trabalho ainda esta semana e daqui posso fazer muita coisa.- Acha que estou preocupado porque não vai trabalhar? É assim que me tomas? Ele disse amargurado.- E
Vladimir não foi visita-la, mas mandou mensagem para que ela descansasse, ela pediu que ele levasse para ela os seus projetos e sua agenda que estavam em sua sala, para que ela pudesse trabalhar de lá.- Para que isso? Irão achar que te escravizo. Ele disse.- Não tem nada ver, o que vou ficar fazendo parada aqui, estou com o pé ferido não as mãos. Se não puder me trazer, pedirei a João Paulo.- Eu levarei. Ele respondeu rápido quando ouviu o nome de João.Eveline visitou o filho, mas voltou para seu quarto, para esperar Vladimir chegar.Quando ele chegou, trazia um pacote com comida do restaurante do hotel Sumatra, onde ele e ela haviam jantado pela primeira vez.- Obrigada. Ela agradeceu.Agora os dois pareciam estar em paz.Ele deixou que ela comesse e voltou para o escritório, tinha uma reunião importante com investidores do setor imobiliário.Eveline entrou em contato com as lojas, que deveria ter ido no dia em que foi levada por Joshua e fez as compras pelo celular, pediu para q
Impaciente e muito irritado ele respondeu:- Não importa quem disse! Porque escondeu isso de mim! Porque não disse a verdade? Onde você estava? Porque não contou, quem te levou que você está protegendo?- Não estou protegendo ninguém, só é minha vida, não quero aparecer nos jornais, não posso escolher? Não mando na minha própria vida? E o que você tem a ver com isso? Ela disse exasperada, pelas acusações dele.- Não tenho nada a ver com sua vida? É isso que você pensa, não sou nada para você, não é?- Sou alguma coisa para você? Além de sua assistente que se vendeu para você por duzentos mil? Ela disse, se esforçando para não chorar.Vladimir a encarou incrédulo, era isso que ela pensava, ele já não sabia até que ponto, ela estava com ele por ele ou apenas pagando sua dívida, que ele não estava cobrando.Vladimir estava com a cabeça explodindo, ele se virou e saiu deixando a porta aberta sem dizer nada.Ele passou pelo corredor do hospital, quase sem respirar e só o fez quando saiu pe
Quando o avião pousou, Vladimir esperou que todos descem a intenção era despistar Talita.Ela desceu e nem se deu conta que ele havia ficado para trás, então ela o esperou no corredor, ele até se assustou em vê-la.- Onde você vai se hospedar? Ela perguntou.- Creio que não será no mesmo hotel que você, não temos os mesmos gostos.- Não reservei quarto, ia fazer isso quando chegasse aqui. Ela mentiu.- O que você quer Talita? Creio que seu noivo não vá gostar que você se hospede no mesmo hotel que eu.- O que tem demais? Tem medo de mim? Ela perguntou, orgulhosa.- Não seja boba. Ele disse seguindo deixando-a para trás.Depois de um longo caminho, com Talita falando em seu ouvido, enfim chegaram ao hotel.Vladimir particularmente não gostava do clima da capital, principalmente nesta época do ano que era quente e seco.Ele entrou no quarto tomou um banho e reanalisou sua apresentação, a princípio ele queria trazer Eveline com ele, mas depois do ocorrido e o fato dela mentir para ele o
Vladimir quase caiu com o peso do corpo dela, foi pego de surpresa.Procurou se equilibrar para tentar afasta-la, enquanto ela o beijava seu corpo teve reações que ele não sabia descrever.Ansioso ele a afastou com força a deixando cair sobre a cama.- Vamos o que te impede? Se vingue de Marcos! Você não gostaria de se vingar dele? Ela perguntou enquanto tentava desabotoar a própria blusa.- Pensei nisso por muito tempo, mas não era ficando com você. E se quer saber depois de um tempo eu percebi que vocês dois se merecem. Meu tempo é muito precioso para perder com gente como vocês!Vladimir disse isso olhando para ela, que estava toda despenteada e as roupas desgrenhadas.- Mentira! Você nunca me esqueceu! Sou o amor da sua vida desde o ensino médio!KKKKKK, Vladimir riu. –Não seja tola! Você ficou lá no passado, quando me trocou por uma fachada. Me deixe em paz, se case e seja feliz com Marcos, eu realmente desejo que vocês fiquem juntos para sempre.Vladimir saiu e trancou a porta.
Eveline sorriu com sarcasmo.- Nem se ele fosse o último homem da Terra.- Claro você agora tem muitos homens pode escolher, não é? Judite rebateu orgulhosa.- Olha o que você fala! Você não me conhece! Eveline disse passando por ela e indo em direção a porta.De frente para a porta e a mão na maçaneta, Eveline se virou olhando para Judite. – Mantenha segure seu marido e diga para ele me deixar em paz.Depois que disse essas palavras saiu, fechando a porta atrás de si e sem dar chance de Judite dizer o que quer que fosse.Eveline se aproximou do grupo de chineses e de seu “cliente”. – Desculpem a demora, havia muitas mulheres no banheiro.- Ah! Não sabemos que tanto vocês fazem no banheiro, sempre demoram, mas está tudo bem. Sergio disse de forma descontraída.Joshua observava a desenvoltura de Eveline em meio aqueles homens de negócios, inclusive era possível notar o respeito e interesse dos estrangeiros para com ela.Ele engoliu seu whisky de uma só vez, naquele momento ele parecia
Vladimir com passos largos foi em sua direção. – Você está bem? Ele perguntou, tocando o rosto dela com a mão, vendo-a com os olhos cheio de lágrimas.Eveline assentiu com a cabeça.Joshua correu, ele não podia ser reconhecido.Quando Vladimir se levantou disposto a acabar com o homem que a estava agredindo só viu suas costas sumir entre as arvores.- Entre vou atrás dele, você o conhece? Ele perguntou a ajudando se levantar.- Não! Não o conheço, que bom que você está aqui. Ela disse, não queria envolve-lo na confusão entre ela e Joshua.- Este homem pode ser o mesmo que te raptou, vou pedir as imagens das câmeras. Ele disse olhando em volta para localizar câmeras de vigilância.- Esqueça-o é apenas um oportunista. Ela disse.- Isso não pode ficar assim, você e eu deveríamos ir à polícia.- Não!- Não? Ele perguntou levantando a sobrancelha em espanto.- Sim, não é o que está pensando, imagine o escanda-lo, não quero me envolver nestas coisas.- Você está ouvindo o que está dizendo?