Laura estava furiosa: — Beatriz, como elas podem espalhar esse tipo de coisa, dizendo que você é uma assassina?Beatriz sorriu com os olhos brilhantes e zombou: — Querida, elas só têm uma boca a mais.Laura riu: — Beatriz, se tivessem uma boca a mais, não seriam humanas.— Exato, não são humanas.Beatriz nunca quis ser o tipo de pessoa que empurra os outros para o abismo.Fofocas são fofocas, mas é preciso ter cuidado com o que se fofoca.Beatriz conversou um pouco mais com Laura, mas como não estava se sentindo bem, desligou o telefone.Enquanto Beatriz falava com Laura, Rodrigo foi para a cozinha.Beatriz ouviu sons de cozinha e, curiosa, foi ver o que estava acontecendo.Rodrigo estava usando um roupão preto, segurando uma faca com suas mãos de dedos longos.Ele estava cozinhando.O mais importante: havia um suporte na bancada com um celular mostrando um vídeo tutorial.— O que você está fazendo? — Beatriz perguntou, confusa.Rodrigo, impassível, respondeu calmamente: — Aprendendo a
Lucas mantinha uma expressão frio. Olhou para o relógio e disse, em tom de desculpas, para Rodrigo e os outros: — Preciso ir buscar a Camila, então vou indo.Ele realmente veio apenas para entregar o pen drive.Depois que Lucas saiu, Beatriz pegou o pen drive da mesa, intrigada: — Quem é esse tal de Correia?Rodrigo respondeu pensativo: — Meu arqui-inimigo, um lunático. Já ouviu falar do clã Correia da Cidade A?Enquanto isso, Lucas entrou no carro com o rosto fechado, um brilho sombrio passando rapidamente por seus olhos.A única maneira de evitar que Rodrigo suspeitasse de sua colaboração com Chris era fingir que Chris havia lhe vendido um vídeo de repente.— Vá para o local de gravação do Minha Voz. — Lucas ordenou.Se ele disse que ia buscar Camila, então iria. Para enganar alguém de verdade, é preciso manter a farsa do começo ao fim.Rodrigo e Beatriz voltaram para o quarto, inseriram o pen drive no computador e abriram o vídeo.Beatriz ficou em silêncio depois de assistir, po
Os dois desligaram o telefone.Beatriz estava aproveitando muito a massagem de Rodrigo. Ela fechou os olhos e soltou um gemido de prazer.O olhar de Rodrigo escureceu. Ele se inclinou, fitando os olhos dela.O rosto lindo dela já havia recuperado um pouco de cor. — Bia, que tal pagar adiantado pela massagem?Beatriz quase riu.Rodrigo ergueu uma sobrancelha, olhando-a intensamente. — Do que está rindo? O pagamento pelo trabalho é uma coisa honrosa, sabia?Estavam perto demais, suas respirações se misturando.Rodrigo foi o primeiro a se render, endireitando-se.Se continuasse, quem sofreria seria ele mesmo.Beatriz provocou, passando o dedo pelo queixo dele.Rodrigo ficou em silêncio.No Gramado,Vera, depois de ligar para Aaron, telefonou para Thiago.Ela falou, parecendo perdida e desamparada: — Mano, minha barriga está doendo. E se acontecer algo com o bebê?Thiago, que estava passeando no shopping com uma mulher bonita nos braços, assustou-se ao ouvir Vera. — Que bebê? Onde você
Thiago perguntou: — Você quer se casar com Rodrigo? Ou só quer que o clã Santos reconheça essa criança?A última opção ainda tinha uma chance de dar certo, a primeira seria bem difícil.— Eu amo ele. — Vera respondeu com um olhar confuso: — Mano, o que você tá querendo dizer?Thiago era um cara experiente, já tinha visto todo tipo de mulher bonita.Algumas diziam que o amavam, mas se ele não tivesse grana, provavelmente não amariam um cara festeiro como ele.Vera era a filha mimada dos Pereira, não faltava dinheiro para ela.Mas se ela quisesse conseguir o amor do Rodrigo, na real, seria bem complicado.Thiago não queria falar isso e magoar ela.Ele continuou: — Se você escolher ter o bebê em segredo, essa criança vai ficar sem pai, você vai criar sozinha. A gente do clã Pereira tem condições, eu vou pedir pro meu pai conversar com seus pais.Thiago já estava mais calmo agora: — Ou você quer que o clã Santos reconheça a criança, mas o Rodrigo provavelmente não vai casar com você.Era m
Ao acordar bem cedo, Beatriz recebeu uma notícia horrível.Por causa da sua menstruação irregular e das cólicas, Rodrigo queria levá-la ao hospital!— Não vou, não gosto de tomar remédio.Beatriz fez birra, abraçando o travesseiro sentada no sofá.Ela usava uma camisola de seda cor da pele, que realçava sua cintura bonita e curvas.Ela se recusava a trocar de roupa.Rodrigo nunca tinha visto alguém fazer tanta birra para ir ao médico: — Depois de tomar, você come um doce.— Não quero. — Beatriz respondeu, e completou: — Tomar remédio e depois comer doce, você acha que eu sou criança de 3 anos pra cair nessa?— Não gosto de amargar antes de adoçar.Decisão final.Rodrigo encarou Beatriz com seus olhos negros como tinta.Ele normalmente fazia todas as vontades dela, mas dessa vez estava mostrando uma autoridade sem precedentes sobre ir ao hospital.Rodrigo não cedeu nem um pouco, esticou os braços e a carregou para trocar de roupa.Beatriz não colaborou, mas ele deu um jeito. Colocou a r
Mas ela não tocou no assunto na hora.Laura comeu uma uva, fez uma careta e deu de ombros: — Meus pais tão me ameaçando pra voltar pra cidade A e ter filho. Eles só querem saber da grana do clã Santos.Enquanto falava, Laura não aguentou e caiu no choro, abraçada com Beatriz.Por que ela tinha que ter pais assim?Beatriz não esperava por essa. Ela abraçou Laura de volta, consolando-a: — Nem liga pro que eles falam. Fica aqui mesmo.— Eu não quero voltar, mas tô mal com tudo isso.Laura sempre soube que seus pais eram loucos por dinheiro.Daquele tipo que vê grana e fica cego.— Vamos trocar de roupa. Vou te levar pra dar um rolê. Bota uma roupa confortável, tá?Na real, Beatriz ainda estava menstruada e se sentindo meio mal, mas dava para aguentar. Só não podia fazer nada muito agitado.Laura nem fazia ideia de como Beatriz estava se sentindo.As duas colocaram umas roupas mais confortáveis e saíram.Beatriz levou Laura pro fliperama.Laura nunca tinha ido num fliperama antes.A música
Tamboré.Na calada da noite.O quarto principal, porém, estava iluminado.Lucas conteve o impulso de chutar alguém para fora da cama, franzindo a testa e dizendo friamente: — Saia de cima de mim.— Não vou.Camila, aproveitando que Lucas havia adormecido, tirou sua camisola e subiu em cima dele.— Deixe-me tentar. Se não der certo, podemos ir ao médico. Tenho certeza que você vai se curar.Os dois não cediam, discutindo.Lucas sentia uma dor latejante na cabeça. Ele era um homem normal, não era realmente impotente.Com alguém esfregando e cutucando.Ele podia se controlar, mas não podia controlar suas reações físicas.Vendo que estava prestes a ficar duro, Lucas a levantou e a virou na cama.Seu olhar pousou no rosto de Camila.Com a voz mais pesada, ele disse: — O médico já disse que não dá. Por que você insiste em me humilhar assim?As pupilas de Camila se contraíram.Ela ficou em silêncio por um momento.Então falou: — Eu só quero tentar. Não posso nem isso?Lucas, vendo que não adi
[Camila, aquela tal de Beatriz que você perguntou antes está na delegacia de novo. Dessa vez, ela é suspeita de assassinar uma mulher chamada Íris.]Ao ver essa mensagem, Camila abriu levemente seus lábios vermelhos em surpresa, rindo até tremer.Sara, pega de surpresa pelo riso repentino de Camila, perguntou confusa: — Do que você está rindo de repente?Camila imediatamente conteve o riso, sua expressão ficando fria: — Eu rio porque algumas pessoas são tão desprezíveis que merecem o que lhes acontece.Com voz suave, ela continuou: — Sara, você acha que os internautas gostam de fofocas sobre esposas rejeitadas de famílias ricas?— Provavelmente sim, eu adoro esse tipo de fofoca.Camila assentiu: — Vamos fornecer fofocas gratuitas sobre uma esposa rejeitada de família rica para a mídia.Sara franziu a testa: — Quem?— Beatriz.— Ela tem o Rodrigo, por que você ainda precisa brigar com ela? Você é esposa do Lucas agora.O conselho de Sara era sensato. Ela realmente não entendia por que C