Capítulo 12°—O Desejo Aflora

A cada botão que ele abria, eu suspirava e ríamos achando engraçado.

— Isso aqui vai até amanhã, garota!— ele disse divertido.

Eu fiquei séria. Ele desculpou-se:

— Desculpe-me, Juliette, sei que não gosta que eu a chame assim.

Eu tinha a impressão que ele me via como uma menina, uma filha, sei lá!

Finalmente, quando todos os botões cederam, minhas costas estavam nuas. Ele passou os dedos suavemente contornando a minha coluna vertebral e disse baixinho ao meu ouvido:

— Pronto querida, está livre, vá vestir algo mais confortável para dormir.

Eu franzi a testa sem entender, mas obedeci. Fui até o closet e lá encontrei minhas roupas todas bem arrumadas. “As criadas deviam ser muito competentes”, eu pensava.

A camisola branca que eu tinha escolhido junto com a minha mãe estava lá, bem dobrada, fácil de ser encontrada. Eu a vesti e me olhei no grande espelho que cobria uma parede de canto.

— Ficou linda! Maravilhosa!

Eu saí dali
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