Por Choi Ha-na Eu ando em passos apressados pelo restaurante, uma raridade vê-lo tão vazio hoje. O local fica a apenas dez minutos do meu shopping e é bastante frequentado pela alta sociedade. Dou uma breve olhada em volta até encontrar a mulher sentada no canto mais reservado.Minha respiração está um pouco acelerada, mas eu me forço a manter uma postura firme enquanto caminho em direção a ela. Kim Chae Mi-nah, a mãe do meu namorado.Os olhos dela se encontram com os meus, e mesmo sem hostilidade em sua expressão, há algo em seu olhar que me deixa inquieta. Cumprimento-a rapidamente e me sento sem esperar que ela ofereça um convite.— A senhorita deve estar estranhando esse encontro. — Chae Mi-nah me dá um sorriso contido. Sua voz é suave, mas carrega um peso que não consigo ignorar. — Sei que é uma mulher ocupada, agradeço por ter vindo. Gostaria de comer algo?— Não, estou bem. — Minha voz soa um pouco mais tensa do que gostaria. — Confesso que estou surpresa. O que a senhora dese
Por Choi Ha-na Chego ao shopping e estaciono ao lado do carro dele. Fecho a porta com força, o som ecoa como um aviso. Vou direto ao elevador, em passos firmes com a minha paciência no limite. Assim que as portas se abrem no andar da administração, sou recebida por olhares surpresos. Cochichos começam. Alguns se entreolham, outros fingem continuar o trabalho, mas sei que estão prestando atenção em cada movimento meu. Ignoro todos e sigo determinada até o escritório dele. Jae-Min está conversando com um funcionário, explicando algo que, sinceramente, não me interessa. Quando nossos olhares se cruzam, ele imediatamente percebe que algo está errado. — Senhorita Choi, está tudo bem? — Jae-Min tenta me parar. — Onde ele está? — corto sem rodeios, minha voz sai afiada como uma lâmina. Jae-Min engole em seco e aponta com a cabeça para a sala ao lado. — Não deixe ninguém entrar. Isso é entre mim e esse idiota. Entendido? Ele apenas balança a cabeça, sem alternativa. A porta
Por Choi Ha-na O som da senha sendo digitada na porta me faz sorrir. A mesa está posta, e o cheiro do perfume dele logo invade o ambiente. Viro-me a tempo de ver Jin-Hoo tirando os sapatos e deixando a maleta no sofá antes de caminhar até mim. Seu olhar carrega um cansaço evidente. — Se atrasou um pouquinho mais hoje. — Passo as mãos suavemente pelo rosto dele, sentindo seus braços me envolverem. — Preciso de uma massagem. — Ele murmura no meu ouvido, com voz ouca e carregada de exaustão. Sorrio. Jin-Hoo adora quando faço massagem em seus ombros e costas, e eu sei o quanto nossos trabalhos podem ser estressantes. Fico na ponta dos pés para lhe dar um selinho firme. — Pode deixar comigo. Ah, e fiz o jantar. Jin-Hoo se afasta ligeiramente, analisando-me com uma expressão de puro espanto. Da última vez que tentei cozinhar, transformei a cozinha em um verdadeiro campo de batalha — e ele sabe disso. Admito que não sou tão boa quanto ele na cozinha, só sei preparar pratos rápid
Por Kim Jin-Hoo Ha-na não me respondeu a mensagem pelo resto do dia. Isso significa que ela está furiosa comigo. Sei que nosso combinado foi não falar sobre os encontros e quando seriam, mas o que eu podia fazer? Eu não sabia que ela estaria naquele restaurante. Minha vontade foi correr até ela no mesmo instante, mas quando vi seu pai ali, percebi que não podíamos dar bobeira. O olhar mortal que ele me lançou ainda me incomoda. Por que ele tem tanta resistência comigo? Sei que ele e meu pai têm suas diferenças, mas será que é só isso? Pela primeira vez, quero ser aprovado pelo pai da mulher que amo. Só não sei como fazer isso. Preciso pensar em uma forma de me aproximar dele. Dirigindo até o apartamento, minha mente continua cheia de pensamentos. Já faz um tempo que venho procurando algumas casas para nós dois. Quero pedi-la em casamento, mas o medo de uma recusa me impede. Ha-na é a única pessoa que consegue me deixar inseguro. Ao estacionar ao lado do carro dela, sigo di
Me olho no espelho enquanto termino de me arrumar. Pego as chaves do carro e saio do apartamento. O perfume de Ha-na ainda está no ar, impregnado nos móveis, na roupa de cama, em mim. Isso me deixa louco. Pela primeira vez, ela me disse que teria um encontro e logo com o neto do senhor Park. E até sugeriu que eu fosse buscá-la, caso me sentisse incomodado. Recusei, achando que conseguiria lidar com isso. Mas, quando a vi sair — toda linda, usando o perfume que eu mais gosto —, tentei ignorar, tentei ficar em casa de boa. Mas não consegui. Entro no meu e mando uma mensagem para Ha-na: "Estou indo também." Ela responde em segundos, acompanhada de um emoji risonho: "Meu amor, sabia que não ia aguentar. Pode vir, meu ciumento." Respiro fundo, sorrindo de leve. Quase desisto de ir. Mas o desejo de trazê-la para casa é mais forte. Dirijo até o restaurante onde nos encontramos por acaso daquela vez. O local é discreto, praticamente impenetrável para repórteres. Estaciono no mesm
Por Choi Ha-na Sinto os beijos percorrendo meu pescoço, deslizando pela clavícula até o ombro. Um arrepio percorre minha pele quando ele dá mordidinhas suaves, e o leve roçar da barba por fazer provoca cócegas deliciosas. Solto uma risadinha entrecortada pelo ar ainda ofegante. Nossos corpos, quentes e colados, brilham com uma fina camada de suor, vestígios do prazer que acabamos de compartilhar. Minhas mãos deslizam por suas costas largas e definidas, descendo lentamente até seus quadris. O calor de sua pele me embriaga, e, num impulso travesso, aperto sua bunda avantajada com vontade. Jin-Hoo solta um riso rouco antes de subir os beijos novamente até minha boca, sua língua invadindo a minha com fome e desejo. O gosto dele se mistura ao meu enquanto trocamos beijos intensos, molhados, sedentos. Chupo seus lábios, ouvindo o gemido grave que escapa dele, e um novo formigamento se espalha pelo meu ventre, reacendendo a chama que nunca parece se apagar entre nós. — Minha futura esposa
Por Choi Ha-naObservo meu vestido preto, que se ajusta perfeitamente ao meu corpo – nada vulgar, mas sim elegante e adequado para a ocasião. Deixo meus cabelos ondulados e a maquiagem também está suave e bonita, como gosto.Aplico o perfume que meu noivo adora e mordo os lábios.Hoje não nos vimos, nem dormimos juntos. Foi estranho. Eu já me acostumei a dormir com ele todas as noites e senti muito a falta dele.Faço um biquinho charmoso. Jin-Hoo terá que me recompensar por isso.Olho a hora no meu celular, pego minha bolsa e vou para o corredor. Coloco meus sapatos de salto alto e saio apressada do meu apartamento. Estou atrasada.Vou para o estacionamento e entro no meu carro. Dirijo rapidamente até a mansão do senhor Park.O trânsito não está tão difícil quanto esperava. A casa do senhor Park está toda iluminada com luzes douradas, e há um grande movimento de carros na estrada. Assim que passo pelos seguranças, estaciono no lugar indicado. Por incrível que pareça, é ao lado do carr
Por Choi Ha-naObservo o senhor Park apagar o cigarro enquanto nos encara. Seu olhar analisa cada detalhe, mas não há julgamento ali, apenas curiosidade. Ao meu lado, Jin-Hoo desliza a mão suavemente pelas minhas costas, um gesto de proteção e conforto. O calor de seu toque atravessa o tecido do meu vestido, e eu me pego retribuindo com um carinho discreto em seu braço, buscando a mesma segurança que ele me oferece.Depois que ele nos pegou em um momento íntimo no jardim, nos levou até sua sala, onde poderíamos conversar sem interrupções.Contamos a verdade, sem rodeios. Estamos juntos e nos amamos.— Eu não estou surpreso, já esperava por isso. — O senhor Park sorri, os olhos levemente divertidos. — Na verdade, torcia para que acontecesse. Acho que essa briguinha ridícula entre seus pais só vai terminar com a união de vocês dois.Jin-Hoo sorri, assentindo.— Sim, mas não será tão fácil. Algumas fotos já vazaram e, em uma delas, o rosto de Ha-na apareceu. Meu pai interveio e me chanta