Marisa enxuga as lágrimas que insistiam cair em seu rosto, enquanto tentava assimilar tudo o que estava acontecendo. Pois bem diante de seus olhos estava Cristhian, seu futuro esposo, abraçado há uma mulher que Marisa sequer conhecia. Seus pensamentos voavam naquele exato momento e flashs de tudo o que passou, incluindo todas as juras de amor que Cristhian lhe fez passavam diante de seus olhos. Ela queria acreditar que para tudo aquilo havia uma explicação, mas infelizmente a situação era difícil demais para Marisa tentar compreender e principalmente, ouvir o que Cristhian tinha a dizer. Pois, provavelmente, seria mais uma grande mentira.Dragón sempre foi um monstro, mas nunca escondeu ou fingiu ser quem não era. Mas, Cristhian, sempre demonstrou ser um homem honesto, íntegro, fiel e principalmente apaixonado. Mas, agora, tudo havia ido por água abaixo e para Marisa, nada era o que parecia ser. — Por que fez isso comigo, por quê?Marisa só tem forças para fazer essa pergunta e em se
Ainda no ponto de ônibus em frente ao shopping— Por que você me escondeu isso, Marisa? — Cristhian questiona — Porque, como sempre, coloco aqueles que amo na frente de tudo e tento protege-los o máximo que posso. Mas, pelo visto, esse é o meu maior defeito. — Marisa fala e cruza os braços Cristhian tenta se aproximar, mas Marisa da passos para trás e se afasta ainda mais.— Eu sempre te ofereci todo o meu amor e a única coisa que sempre te pedi em troca foi a sua honestidade. E justamente com um assunto sério como esse você decide me esconder as coisas, mesmo eu te questionando várias vezes de onde aquele homem te conhecia. — Cristhian fala visivelmente chateado Marisa desvia seu olhar e assustada fala:— Eu sei que errei, mas foi na tentativa de proteger tanto você quanto o Max. Dragón é um homem vingativo e muito perigoso, tenho muito medo do que ele possa vir a fazer contra vocês. — Pensa mesmo que tenho medo daquele sujeito? — com dois dedos Cristhian ergue o rosto de Marisa
De pé em frente à porta de sua casa, Marisa procurava a chave dentro de sua bolsa, enquanto Cristhian segurava em uma única mão as sacolas de compras que ela havia feito com Jodie. — Tem certeza que guardou a chave ai, dentro da bolsa? Cristhian sorri e olha para Marisa relembrando como ela era distraída com algumas coisas. — Sim. Guardei dentro desse bolsinho, mas o zíper não quer abrir. — Marisa fala e faz um esforço para abrir o bolso na parte exterior de sua bolsa — Ai, pronto! Aqui está. Marisa mostra a chave para Cristhian, que sorri e fala:— Destruiu o bolso, mas conseguiu a chave. — Engraçadinho. — divertida Marisa mostra a língua — Algumas vezes precisamos abrir mão de algumas coisas para conseguir outras. Marisa fala e em seguida abre a porta. Enquanto coloca as sacolas em cima do sofá, Cristhian diz:— Nisso você tem razão. Perdi algo há anos atrás e veja, hoje tenho muito mais do que mereço. — Cristhian fala carinhoso e em seguida Marisa entrelaça os braços em volta
— Isso nunca vai acontecer. Encontraremos uma maneira de achar o Max, mas você jamais se entregará aquele sujeito, eu não permitirei. — Cristhian fala— Não temos opção, Cristhian. Será que não entende que é da vida do meu filho que estamos falando? — Marisa fala angustiada— Nosso filho. Porque desde que te conheci considero Max como se fosse um filho. Marisa o fita por algum tempo e se fosse outra ocasião com toda certeza se sentiria lisonjeada por saber que seu futuro esposo ama tanto seu filho quanto ela. Óbvio que Marisa já havia percebido o carinho e a proximidade entre Max e Cristhian, mas nunca imaginou que esse entrosamento tivesse chegado tão longe a ponto de Cristhian considerar Max como um filho legítimo. — Cristhian, compreenda a situação, Dragón está fora de si e é capaz de fazer qualquer monstruosidade contra Max. E se isso acontecer, eu não vou suportar. — Marisa fala já aos prantos e ao tentar se levantar da cadeira sente uma forte vertigem que a faz cambalear Cris
Cristhian e Marisa saem do banheiro e voltam para a sala da diretora. Eles agradecem a ela pela ajuda e pela compreensão. Eles dizem que precisam ir embora e resolver algumas coisas. A diretora diz que entende e que deseja boa sorte para eles. Ela diz que vai avisá-los se tiver alguma novidade sobre o Max.Eles saem da escola e entram no carro de Cristhian. Frédéric dirige até a casa de John, o amigo policial de Cristhian. Mas, durante o percurso Cristhian conta tudo o que está acontecendo e Frédéric diz esta disposto a ajudar em tudo o que for necessário para encontrar Max. Já a frente da casa de John, Cristhian toca a campainha e espera. John abre a porta e os recebe com um sorriso.— Aguarde aqui Frédéric e qualquer novidade nos avise imediatamente. — Cristhian fala sério — Sim, senhor. — Frédéric se afasta — Cristhian, Marisa, que bom ver vocês. Entrem, por favor. — John fala convidando-os— Obrigado, John. Nós precisamos falar com você. É urgente. — Cristhian fala sério— Clar
— Obrigado, John. Você é um verdadeiro amigo e eu tinha certeza que não nos abandonaria nesse momento tão difícil. — Cristhian fala e abraça John com gratidão — Vou chamar Frédéric agora mesmo e explicar a situação. Ele vai aceitar, tenho certeza.— Espero que sim. Mas, cuidado, Cristhian. Dragón é um homem perigoso e não vai desistir fácil de seus planos. Ele pode estar nos observando neste momento. — John fala e olha através com cautela— Não se preocupe. Temos seguranças nos escoltando de longe. Depois dos atentados que sofri fiquei um pouco mais cauteloso com minha segurança e de minha família. Meu único erro foi não ter desconfiado que o maldito Dragón poderia usar o próprio filho para nós afetar. Mas as horas desse maldito estão contadas e logo ele vai cair. — Cristhian fala confiante seguindo até a porta para chamar por Frédéric, mas recua ao ouvir a voz de John— Mesmo assim, não baixe a guarda. Ele pode ter outros aliados além da mãe de Marisa e possivelmente Adam. — John fal
Ainda na casa de John— Temos que encontrar esse pen drive antes que Dragón o faça. Ele deve ter informações muito importantes para ele estar tão obcecado assim. — John fala e olha para Marisa — Você se lembra de algum detalhe do assalto? Quem te roubou? Onde foi? Quando foi? — John pergunta e Marisa tenta se recordar— Foi logo depois que eu cheguei em Minnesota, há uns dez anos atrás. Eu estava chegando ao trabalho, quando um homem me abordou na rua e me arrancou a bolsa. Ele era alto, magro, loiro, tinha uma tatuagem no pescoço. Eu não sei o que estava escrito, mas era algo em inglês. Ele saiu correndo e eu gritei por socorro, mas ninguém me ajudou. Eu fiquei desesperada, mas não tinha como ir atrás dele. Eu não sabia o que fazer. — Marisa fala e chora— Você fez um boletim de ocorrência? — John pergunta e Marisa nega com a cabeça— Não, eu não fiz. Eu tinha medo que Dragón me encontrasse e que a polícia me prendesse por estar ilegalmente no país. Eu só queria me esconder e protege
Ainda no telefone John fala com o irmão do taxista...— Meus pêsames, senhor. Sinto muito pela sua perda. — John fala e tenta consolar o homem do outro lado da linha— Obrigado, mas isso não vai trazer o meu irmão de volta. Ele era um bom homem, um bom motorista e um ser humano incrível. Ele não merecia morrer assim. Ele não merecia morrer por causa de um maldito pen drive. — O homem fala e solta um suspiro— Como assim? Do que você está falando? — John fala e se interessa— Você não sabe? O meu irmão foi assassinado por um traficante chamado Dragón. Ele estava atrás do pen drive que o meu irmão encontrou na bolsa da passageira que ele levou no táxi. A mulher foi assaltada e ele foi atrás do ladrão conseguindo recuperar a bolsa. Tentou encontrar a dona para devolver, mas infelizmente não deu tempo. Ao vasculhar a bolsa à procura de um documento de identificação ele acabou encontrando esse maldito objeto que nos causou tanto sofrimento. Meu irmão pensou que o pen drive não tivesse impo