De pé em frente à porta de sua casa, Marisa procurava a chave dentro de sua bolsa, enquanto Cristhian segurava em uma única mão as sacolas de compras que ela havia feito com Jodie. — Tem certeza que guardou a chave ai, dentro da bolsa? Cristhian sorri e olha para Marisa relembrando como ela era distraída com algumas coisas. — Sim. Guardei dentro desse bolsinho, mas o zíper não quer abrir. — Marisa fala e faz um esforço para abrir o bolso na parte exterior de sua bolsa — Ai, pronto! Aqui está. Marisa mostra a chave para Cristhian, que sorri e fala:— Destruiu o bolso, mas conseguiu a chave. — Engraçadinho. — divertida Marisa mostra a língua — Algumas vezes precisamos abrir mão de algumas coisas para conseguir outras. Marisa fala e em seguida abre a porta. Enquanto coloca as sacolas em cima do sofá, Cristhian diz:— Nisso você tem razão. Perdi algo há anos atrás e veja, hoje tenho muito mais do que mereço. — Cristhian fala carinhoso e em seguida Marisa entrelaça os braços em volta
— Isso nunca vai acontecer. Encontraremos uma maneira de achar o Max, mas você jamais se entregará aquele sujeito, eu não permitirei. — Cristhian fala— Não temos opção, Cristhian. Será que não entende que é da vida do meu filho que estamos falando? — Marisa fala angustiada— Nosso filho. Porque desde que te conheci considero Max como se fosse um filho. Marisa o fita por algum tempo e se fosse outra ocasião com toda certeza se sentiria lisonjeada por saber que seu futuro esposo ama tanto seu filho quanto ela. Óbvio que Marisa já havia percebido o carinho e a proximidade entre Max e Cristhian, mas nunca imaginou que esse entrosamento tivesse chegado tão longe a ponto de Cristhian considerar Max como um filho legítimo. — Cristhian, compreenda a situação, Dragón está fora de si e é capaz de fazer qualquer monstruosidade contra Max. E se isso acontecer, eu não vou suportar. — Marisa fala já aos prantos e ao tentar se levantar da cadeira sente uma forte vertigem que a faz cambalear Cris
Cristhian e Marisa saem do banheiro e voltam para a sala da diretora. Eles agradecem a ela pela ajuda e pela compreensão. Eles dizem que precisam ir embora e resolver algumas coisas. A diretora diz que entende e que deseja boa sorte para eles. Ela diz que vai avisá-los se tiver alguma novidade sobre o Max.Eles saem da escola e entram no carro de Cristhian. Frédéric dirige até a casa de John, o amigo policial de Cristhian. Mas, durante o percurso Cristhian conta tudo o que está acontecendo e Frédéric diz esta disposto a ajudar em tudo o que for necessário para encontrar Max. Já a frente da casa de John, Cristhian toca a campainha e espera. John abre a porta e os recebe com um sorriso.— Aguarde aqui Frédéric e qualquer novidade nos avise imediatamente. — Cristhian fala sério — Sim, senhor. — Frédéric se afasta — Cristhian, Marisa, que bom ver vocês. Entrem, por favor. — John fala convidando-os— Obrigado, John. Nós precisamos falar com você. É urgente. — Cristhian fala sério— Clar
— Obrigado, John. Você é um verdadeiro amigo e eu tinha certeza que não nos abandonaria nesse momento tão difícil. — Cristhian fala e abraça John com gratidão — Vou chamar Frédéric agora mesmo e explicar a situação. Ele vai aceitar, tenho certeza.— Espero que sim. Mas, cuidado, Cristhian. Dragón é um homem perigoso e não vai desistir fácil de seus planos. Ele pode estar nos observando neste momento. — John fala e olha através com cautela— Não se preocupe. Temos seguranças nos escoltando de longe. Depois dos atentados que sofri fiquei um pouco mais cauteloso com minha segurança e de minha família. Meu único erro foi não ter desconfiado que o maldito Dragón poderia usar o próprio filho para nós afetar. Mas as horas desse maldito estão contadas e logo ele vai cair. — Cristhian fala confiante seguindo até a porta para chamar por Frédéric, mas recua ao ouvir a voz de John— Mesmo assim, não baixe a guarda. Ele pode ter outros aliados além da mãe de Marisa e possivelmente Adam. — John fal
Ainda na casa de John— Temos que encontrar esse pen drive antes que Dragón o faça. Ele deve ter informações muito importantes para ele estar tão obcecado assim. — John fala e olha para Marisa — Você se lembra de algum detalhe do assalto? Quem te roubou? Onde foi? Quando foi? — John pergunta e Marisa tenta se recordar— Foi logo depois que eu cheguei em Minnesota, há uns dez anos atrás. Eu estava chegando ao trabalho, quando um homem me abordou na rua e me arrancou a bolsa. Ele era alto, magro, loiro, tinha uma tatuagem no pescoço. Eu não sei o que estava escrito, mas era algo em inglês. Ele saiu correndo e eu gritei por socorro, mas ninguém me ajudou. Eu fiquei desesperada, mas não tinha como ir atrás dele. Eu não sabia o que fazer. — Marisa fala e chora— Você fez um boletim de ocorrência? — John pergunta e Marisa nega com a cabeça— Não, eu não fiz. Eu tinha medo que Dragón me encontrasse e que a polícia me prendesse por estar ilegalmente no país. Eu só queria me esconder e protege
Ainda no telefone John fala com o irmão do taxista...— Meus pêsames, senhor. Sinto muito pela sua perda. — John fala e tenta consolar o homem do outro lado da linha— Obrigado, mas isso não vai trazer o meu irmão de volta. Ele era um bom homem, um bom motorista e um ser humano incrível. Ele não merecia morrer assim. Ele não merecia morrer por causa de um maldito pen drive. — O homem fala e solta um suspiro— Como assim? Do que você está falando? — John fala e se interessa— Você não sabe? O meu irmão foi assassinado por um traficante chamado Dragón. Ele estava atrás do pen drive que o meu irmão encontrou na bolsa da passageira que ele levou no táxi. A mulher foi assaltada e ele foi atrás do ladrão conseguindo recuperar a bolsa. Tentou encontrar a dona para devolver, mas infelizmente não deu tempo. Ao vasculhar a bolsa à procura de um documento de identificação ele acabou encontrando esse maldito objeto que nos causou tanto sofrimento. Meu irmão pensou que o pen drive não tivesse impo
Cristhian e Marisa terminam de conversar com Rickson, e contam tudo o que está acontecendo e principalmente o real motivo que o trouxeram até ali.— Sinto muito por tudo o que estão passando. Esse Dragón é um demônio e precisa ser detido o quanto antes. — Rickson fala e em seguida entrega um copo com água para Marisa, que havia sentido uma nova tortura— Obrigada! Eu também sinto muito por todo o mal que Dragón fez contra sua família. Seu irmão realmente não merecia pagar por um erro que não cometeu. Ele era um bom homem e tudo o que fez foi unicamente para me ajudar. — Marisa fala triste e Rickson tenta tranquiliza-la— Não tem motivos para se sentir culpada pelo que aconteceu. Nós não temos culpa pela maldade que existe dentro da alma das outras pessoas. Vejo que é uma boa pessoa e apenas mais uma vítima daquele sujeito. — Rickson conclui e em seguida recebe o copo vazio das mãos de Marisa — Agradeço por suas palavras e foi um prazer lhe conhecer mesmo sendo em uma situação tão del
Enquanto isso no cativeiro de Max— Me solta! Por que está fazendo isso, maldito, por quê? — Max grita e ao mesmo tempo chacoalha seu corpo preso à cadeira por cordas na tentativa de se desprender e escapar desse maldito pesadelo que em poucas horas se transformou a casa que tanto amava — Tudo isso que está acontecendo é por culpa da tua mãe, garoto. Se ela não fosse tão estúpida e ingrata, hoje estaria vivendo como uma rainha em Cuba. Mas, não, ela preferiu fugir como uma ratazana e se esconder em uma pocilga como essa. — Dragón fala e observa com atenção cada detalhe da casa onde Marisa viveu desde que chegou em Minnesota e que agora servia como o cativeiro do próprio filho. Isso mesmo. Enquanto Marisa e Cristhian estavam perdidos em busca do paradeiro de Max, ele estava o tempo todo na antiga casa onde nasceu, cresceu e foi criado. Onde viveu os melhores momentos de sua vida e que agora não passava de uma maldita prisão. Dragón era um ser tão sombrio que conseguia destruir e arru