NARRADORA— O que você está fazendo aqui? — a voz rude de Anastasia o deteve quando ele chegou a uma pequena caverna de gelo.A magia do inverno de Mortimer ainda permanecia nessas estruturas, e no futuro beneficiaria as Centurias sem companheiros, durante seus dolorosos períodos de cio.— O Rei me mandou mover o príncipe para outro lugar. As coisas não estão indo bem e precisamos estar prontos para fugir. Onde ele está? — a voz de Vincent respondeu, embora soasse distorcida e estranha.— Minha Alfa Centuria não me deu nenhuma ordem. Sinto muito, sei que você é amigo do Rei, mas não posso entregar o filhote — Anastasia ficou diante dele com firmeza.Era uma mulher mais alta que a média, corpulenta, com curvas marcantes e atlética.Impressionava com sua armadura vermelha de couro das Centurias, contrastando com seu cabelo selvagem da mesma cor.— Então você vai desobedecer às ordens do seu Rei? Não importa se sua Alfa é a Rainha, um macho sempre tem a última palavra, e a fêmea só deve
NARRADORANo meio da batalha feroz, entre o fogo e o muro de flores devoradoras, um enorme lobo negro pulou a cerca com um embrulho preso na boca."¡NÃÃÃO, MERDA, NÃÃÃO! ARTEMIS, REAGE, ACORDA! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! NÃO PODE! CEDRICK! CEDRICK, MERDA! ATIRE EM MIM! ME PARE!"Vincent gritava em seu mar de consciência. Do lado de fora, via todos lutando até a morte, enquanto ele, mais uma vez, traía Cedrick e levava seu precioso filhote para aquela desgraçada.Estava em agonia, mas tentava resistir com tudo que tinha — em vão.Os olhos amarelos de seu lobo se cruzaram por um instante com os rubis atormentados e cheios de medo de Eamon, e embora Cedrick e Raven “reagissem”, não foram rápidos o suficiente.Silvana saiu de um esconderijo e avançou depressa, com um sorriso sinistro nos lábios. Seu longo vestido preto arrastava pela grama verde e sua farta cabeleira escura dançava ao vento.Era uma mulher linda, mas enlouquecida, egocêntrica e obcecada."Enfim, enfim!", rugia de alegria p
NARRADORA— Onde ele está? Me entreguem e eu não farei mal ao filho de vocês, caso contrário…Uma videira saiu debaixo de uma de suas longas unhas e se enrolou no pescoço de “Aidan”, que arregalou os olhos azuis de medo, levando as mãozinhas à garganta.— Não faça isso, não machuque ele, por favor! — Eamon rosnou, mostrando os caninos, e Raven gritou, dando um passo à frente com os olhos cheios de lágrimas.Tudo para que Silvana baixasse a guarda e sentisse que estava no controle da situação.Raven nunca na vida tinha fingido tanto! Embora, no fundo, estivesse realmente preocupada com como aquela loucura terminaria.— Vamos te entregar Mortimer, se é isso que você quer… se deseja tanto assim, então ele está aqui…— ¡Aqui?! ¡Onde?! — os olhos de Silvana se iluminaram de imediato, até olhar em direção à floresta escura, procurando seu esconderijo. Ela sabia que ele estava por perto, sentia isso, tinha certeza…!PUFFTSSangue jorrou de sua boca com força, e ela olhou horrorizada para bai
NARRADORACom seu último suspiro, ela recitou por dentro sua maldiçã0, ativando a semente no coração do Beta… e morreu, encarando Vincent com uma expressão sinistra que anunciava pura maldade e escuridão.Vincent levou a mão ao peito quando uma dor surda o invadiu.— Vincent! — Cedrick teve que segurá-lo, pois suas pernas vacilaram.— Estou bem, só… acho que agora estou finalmente livre do feitiço dela. Sinto que estou recuperando o controle por completo — disse a Cedrick, tentando se recompor.Tudo parecia estar bem agora, e a pressão sobre ele desapareceu.— Cedrick...Raven o chamou, e Cedrick viu o corpo de Silvana se transformar em cinzas escuras, que se despedaçavam e subiam ao céu com o vento. Atrás deles, o mesmo acontecia com as flores maldit4s.Elas morriam e apodreciam, deixando uma mancha negra na terra, que depois teria que ser purificada com magia de fogo.“Obrigado.”A magia de Mortimer também desaparecia, como um fantasma subindo em direção à lua.“Obrigado por me dar
NARRADORARaven revirou os olhos, cobrindo seu pequeno filhote, que havia desmaiado de exaustão pelo uso excessivo de magia.Dalila, ao seu lado, dentro da pequena caverna, preparava poções de reconstituição para os feridos e também para Raven, que mal se aguentava de pé de tantas feridas, exausta e dolorida.Anastasia, muito mais inteira do que ela, não hesitou em tomar a frente.Saiu imediatamente para a praça interna do castelo, perto da porta principal, dando ordens pra todo lado, organizando feridos e prisioneiros.Suas Centúrias, felizmente, sofreram poucas baixas, e a maioria estava bem. Já eram tão poucas, que cada perda doía como se fossem cem.A Beta saiu para observar os restos de cadáveres e partes de corpos espalhadas como uma pintura sangrenta por toda parte, suspirando diante de tanta morte.— Zafira, queimem todos os corpos. Separem apenas os da nossa gente em piras individuais, para que suas famílias possam velá-los e depois decidam o que fazer. Eu mesma vou tirar as
NARRADORA— Você está completamente louco, seu macho selvagem! Guarda essa coisa, merd4! —Anastasia se virou de costas, incapaz de aguentar tanto descaramento, com as bochechas mais vermelhas que o próprio cabelo.Não precisava que ele ficasse duro pra perceber que era enorme! Tudo nele vinha em tamanho XL!— Eu sei que somos mates, mas eu não quero nenhum companheiro. Então, sinto muito… de verdade. Acho que o melhor pra nós dois é dissolver isso agora mesmo — disse tentando manter a calma e, com ela, a sanidade.— Eu vou te deixar livre pra encontrar outra parceira, eu…BAM!— Mas que diabos…! — exclamou surpresa quando ele a segurou pelo braço, a virou de frente e a prensou contra a parede, com o corpo nu esmagando o dela.— NÃO! Eu me recuso a aceitar qualquer rejeição idi0ta sua, não vou aceitar! VOCÊ É MINHA! — rugiu feroz e indomável bem no rosto dela, e Anastasia se sentiu sufocada.Seu corpo começava a reagir a toda aquela intensidade.Fazia anos demais desde que tinha sido
NARRADORA— Não, não… — era tudo o que Anastasia conseguia dizer, enquanto era apalpada, acariciada, chupada e mordida.Ela estava batendo uma punheta naquele lobo gigante e nu, que se esfregava e rosnava excitado contra ela, no corredor externo do castelo, onde qualquer um podia vê-los se passasse.Aquilo era uma loucura! Mas sua loba continuava empurrando-a a querer mais, seu corpo derretia com as feromônias de cedro, seu interior pulsava pedindo para ser preenchido e o calor em seu sangue consumia qualquer vestígio de razão.— Você diz que não quer, mas sua boceta tá gozando na minha coxa… está encharcada… mmm quero te lamber todinha, meter minha língua de lobo bem fundo… sshh, será que tem gosto de morango? Mmm… Anda, fêmea teimosa, não me faz cometer uma loucura aqui mesmo…Ele falava sujo, bruto, empurrando-a com palavras e corpo.E como pra provar que faltava pouco pra levantá-la pela saia e metê-la ali mesmo, desceu a mão, afastando a perna dela, e começou a masturbá-la por ci
NARRADORASeus lábios soltavam faíscas, úmidos de saliva, se movendo com força um sobre o outro, enquanto suas línguas se enroscavam e gemidos contidos escapavam deles.— Aah — a Beta gemeu de prazer quando o lábio inferior, carnudo, foi chupado e mordiscado.Hakon abriu os olhos só um pouco — predadores, carregados de luxúria, devorando-a com o olhar.Ele se deliciava com sua expressão excitada, de olhos fechados e cílios longos trêmulos.“Como ela ficaria durante o orgasmo?”“Como seria sentir a boceta dela gozando ao redor da minha rola?” — pensou, e seu pau tremeu em resposta, liberando ainda mais feromônias.Merd4, ela era tão linda que teria que se masturbar várias vezes — e bem forte — pra aguentar até a noite sem fazer uma loucura.— Essa noite, me espera no seu quarto… ou podemos ir pra floresta — murmurou rouco, ambos respirando ofegantes, a milímetros de distância.O desejo entre eles era tão denso que dava pra cortar com uma faca.Não havia mais opções. Ele não lhe deu esc