14. ARMADILHAS OCULTAS

Raven

Não consegui evitar ficar surpresa.

Estávamos tão intimamente próximos que meu coração batia feito louco e eu tinha medo de que ele escutasse.

Os toques úmidos da língua dele me percorriam com erotismo, e fechei os olhos sem conseguir evitar, gemendo, quando a ponta suave contornou o canto da minha boca e começou a deslizar pelo meu lábio inferior.

Seus caninos afiados me roçavam de forma perigosa e sombria.

Abri os lábios, desejando mais contato.

Tinha dado poucos beijos na vida e só no meu ex companheiro, mas nada tão excitante e ambíguo como isso, que nem sequer era um beijo de verdade.

Todo o corpo enorme e intimidador dele me prendia contra a árvore, e senti algo duro e quente se roçando constantemente contra minha coxa.

Quando achei que aquela língua deliciosa fosse me invadir por completo, a voz rouca e obscura do Alfa soou no meu ouvido.

— Hoje, às 7 da noite, te espero aqui.

E antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se afastou com passadas largas e me deixo
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