*Patrícia realmente não é só uma bailarina, nem é uma mafiosa... mas se quiser saber mais dessa história, leia meu outro livro TINHA QUE SER ASSIM que conta sobre Patrícia, Vinicius e muitos segredos.
Horas antes…Eu estava pintando os painéis de madeira do porão, estranhei quando Anne não chegou para me ajudar como havíamos combinado, a gente precisava passar um tempo juntas e conversar sobre tudo o que estava acontecendo com ela e comigo, comecei a telefonar e só caía na caixa postal. Preocupada fui direto no app de mapa, eu e Anne tinhamos liberado nossa localização em tempo integral uma para a outra, era uma questão de segurança, assim sempre saberíamos onde a outra está. Mas quando abri o aplicativo, o celular dela apareceu offline, ultima localização: o teatro. Então preocupada, liguei para Leo para ver se de repente ela estava só sem bateria.- Oi Leo, Anne está com você?- Eu disse com voz preocupada.- Não, eu estou um pouco preocupado na verdade Lana, ja são mais de dez horas da noite, ela disse que ia só resolver alguma coisa no shopping e então viria buscar Will na minha casa, mas não apareceu até agora.- ele confessou.- Aconteceu alguma coisa entre vocês, Leo? Desculp
A casa do Iago era enorme, quando finalmente desci as escadas ele me aguardava ali e me mostrou a direção da sala de jantar, felizmente ele não tocou em mim, eu não queria sentir o toque dele depois da última vez que nos vimos antes do sequestro. Me lembrei daquela cena enquanto andávamos até a sala de jantar flashback on- É aqui- ele disse entrando em uma porta de um corredor estreito do teatro.- Uau, a sala de figurinos, mas... - tentei argumentar- É que eu gosto de ter um tempo com minha parceira antes de começar a dançar, é tipo um ritual para ter mais intimidade entre a gente no palco, sabe? – Ele disse enquanto eu observava algumas roupas nas várias araras espalhadas por aquela grande sala.- Por aqui, quero que veja uma coisa.- Estou indo.- Vi mais algumas roupas e fui na direção da voz dele, não havia nada de diferente naquele corredor, apenas era mais afastado da porta com uma parede estofada no fundo, na qual ele me prendeu chegando muito perto de mim até que eu ficasse
Dirigi até aquela casa, era mais afastada da cidade, cheguei apenas um minuto antes dos carros da agência do tal Roger. Assim que estacionei bem perto da porta eu avistei Anne parada na varanda, meu coração quase parou, sera que ela estava bem? Iago havia feito algum mal a ela? Corri na direção de ANne e a abracei, Anne apenas chorou nos meus braços e tudo o que eu queria era que ela se sentisse segura e protegida naquele momento. Eu apenas sussurrei:-Achei você.- Logo ouvimos os outros carros chegando e o som de um helicóptero subindo.- Leo Garcia?- Um homem se aproximou de nós- Sou o Roger. Parece que o sequestrador escapou. - E olhando para Anne perguntou- você está ferida, Anne?-Não, esta tudo bem, ele era apenas um rapaz confuso, creio que não vai mais incomodar.- Anne explicou um pouco mais calma.- Está bem então, aqui está meu cartão, se precisar entrem em contato. Vamos escoltá-los de volta à cidade.- Ele falou apontando para o carro, nós entramos no carro de Leo e fomos a
- Oi, sou eu... preciso da sua ajuda.- Era difícil para mim dizer aquelas palavras, ainda mais para ele, mas eu sabia que era a única pessoa com quem eu poderia contar nesse caso.-O que houve Lana?- Ele falou com preocupação genuína na voz.- Uma pessoa está me chantageando, ela sabe sobre o que houve anos atrás, eu não sei como ela descobriu.- Expliquei.- Quem é essa pessoa? - Ele perguntou nervoso.- Nicole Montez- Respondi.- Essa garota é problema, tão jovem e já fez mais coisas erradas do que eu, e você sabe, normalmente as pessoas me temem. Mas o que ela quer de você Lana? Não entendi essa parte.- Meu namorado, Lucas Montez.- Essa Nicole, sempre atrás dos garotos Montez… ela se casou com o primo do Lucas quando ele terminou com ela, depois o rapaz teve uma morte misteriosa…-Que horror, pai!- eu o interrompi.- Eu te disse, ela é perigosa, não acredite na imagem de boa moça que ela vende nas mídias sociais.- Ele explicou convicto.- Mas como você sabe tanto dela?- Perguntei
Acordamos com minha mãe me chamando da janela.-Filha, precisamos conversar.- ela disse de uma forma preocupada.-Tudo bem mãe. - eu fui em direção a ela pulando para dentro do sótão.- pode falar.-Aqui não, tomem o café da manhã e então se você puder me acompanhar na feira.- ela disse.-Feira! É verdade, é sábado! Que tal eu tomar café lá? Podemos sair já, antes de Will acordar.- me virei para Leo que também já havia entrado no sótão mas estava com cara de muito cansado- Você pode deitar lá no quarto do Will, Leo, ficar com ele e descansar um pouquinho mais.<
Entrei no helicóptero e fui para onde os homens do meu pai me levaram, todos me tratavam com muito respeito, eu podia notar que para eles o meu pai era como um grande pai, alguém que os acolheu, ensinou e deu oportunidades, ainda que de um jeito bem questionável, as oportunidades no caso, eram no mundo do crime, mas ainda assim era mais do que todos eles haviam encontrado antes de conhecê-lo.Se meu pai gostava muito de alguém, ainda o obrigava a estudar, a ter uma profissão, e se por acaso a pessoa viesse a se casar e construir uma família, tinha a opção de deixar essa vida de crime e se acertar em um emprego comum com um dos contatos do meu pai, mas a maioria não queria deixá-lo, não que ele fosse o tempo todo amável, mas ele era uma pessoa de muito carisma, seus homens o admiravam e algumas mulheres também quiseram ser parte de sua organização, ele de início resistia a essa ideia, não porque fosse preconceituoso, mas por minha causa, ele me via em cada jovem que queria entrar nessa
Cheguei no hotel e encontrei Clara que me puxou para a sala de reuniões.- Leo, ela cedeu à chantagem, agora não sei se conto para o Lucas, o que a Nicole tem contra ela deve ser muito sério, Lana não parece ser daquelas mocinhas que tem medo de uma vilã.- Clara andava de um lado para o outro enquanto falava.- Lembra que ela disse que ia falar com alguém? Ela estava muito calma para quem estava presates a ir embora, eu acho que na verdade ela só esta ganhando tempo, não vamos interferiri por enquanto, tá bom? Só fazer a nossa parte, você vai ajudar a terminar a reforma e eu vou cuidar do Lucas, tudo bem?- Eu disse com calma segurando ela pelos ombros para que parasse de andar, ela me olhou assustada.- Meu Deus, a reforma, eu havia esquecido completamente, vou para lá supervisionar.- Ela praticamente saiu correndo com a parafusadeira na mão (a caixa de ferramentas dela estava ali na sala junto com outras coisas da reforma).Clara era assim, acelerada. Vi a cena da porta da sala de re
- Pai, Mãe...eu queria conversar com vocês. - Eu disse quando retornei à casa após me despedir de Leo no carro.- Sim Anne, vamos nos sentar ali perto do parquinho de areia, assim Will pode brincar enquanto conversamos. O que houve, filha?- Meu pai perguntou preocupado.- Eu estive pensando, a colonia de férias do Will ja acabou e agora as aulas vão começar, ele poderia começar nessa escolinha aqui perto de vocês, eu pesquisei sobre ela e tem muito mais espaço do que na esolinha lá no certo da cidade.- Isso é verdade, aqui também é bem mais seguro do que um portão que dá diretamente na rua principal- Meu pai disse. - Então você gostaria de nos pedir para ajudar com isso?- Na verdade eu gostaria de pedir para ficarmos aqui com vocês, se sua proposta ainda estiver valendo.- Falei sem graça.- Mas é claro, minha filha! - Meu pai deu um sorriso de orelha a orelha. - Vamos já nessa escola matricular o Will.- Hoje é sábado, querido.- Minha mãe riu- Mas na segunda ja deixamos tudo certo,