Pov

Ava avançava pelas ruas estreitas da pequena vila turística, seus passos arrastados pela exaustão que a consumia após uma noite inteira de caminhada.

O frio cortante do amanhecer parecia penetrar em seus ossos, envolvendo-a em um abraço gelado que contrastava com a imagem pitoresca das casas de pedra que se erguiam ao seu redor, lembrando as paisagens da Grécia, porém mais sombrias, mais frias.

As primeiras luzes do dia começavam a despontar no horizonte, tingindo o céu de tons suaves, mas Ava mal tinha tempo para apreciar a beleza do momento.

Seus olhos cansados varriam os becos escuros em busca da casa que, aquele medico lhes deixou para ser seu refúgio temporário. Uma sensação de desamparo a invadia, enquanto o medo a acompanhava a cada passo, como uma sombra implacável.

Não posso parar agora. Ainda não. Se ficar aqui, exposta, vão me encontrar e levar-me outra vez para aquela casa. E para lá eu não volto nunca.

A casa que procurava deveria estar abandonada, mas ainda não con