A atração
— Não abrimos hoje – explicou Sabine — Na parte da manhã, adiantamos algumas coisas, arrumamos outras e depois do almoço todos se foram. Eu fiquei aqui cuidando das notas e preparando alguns docinhos.
— O cheiro está bom, se quiser posso voltar em outro momento, não quero dar trabalho.
— Imagina… Sente-se – Sabine era muito educada e não deixava transparecer a timidez, também controlava bem a emoção de estar ali apenas ela e ele – Vou fazer um cappuccino.
Daniel ocupou a cadeira da mesma mesa que Sabine estava usando e aproveitou para observar o lugar
Amizades— A Brenda Sullivan está aqui. Agora. E na nossa casa?!— Ela chegou tem uma hora – explicava Pérola pela segunda vez — E ela está hospedada na Casa Azul, sim.— Preciso ir vê-la!A felicidade de Martina não os contagiou durante o café da manhã.— Você não vai incomodar ninguém – a mãe logo cortou aquela empolgação — Ela é uma hóspede na casa que sua avó ofereceu para o Daniel e você não foi convidada para ir até lá.— Mãe, a Brenda é uma estrela! E o Daniel foi meu colega de classe e...<
Perigos Lívia, preciso falar com você. É urgente. Não estou em São Paulo e o assunto é muito sério. Me liga assim que ouvir essa mensagem.A voz enérgica e contundente de Daniel foi ouvida pelas três mulheres, que ocupavam a bela sala de estar na casa das Castanheiras.Daniel desligou a ligação e as fitou.— Boa tarde. Não queria interromper a reunião de vocês.— Imagina Daniel – respondeu Pérola de modo gentil cercada de papéis timbrados com o slogan da agência ao lado de Brenda que o
Surpresas Daniel não conseguia desviar o olhar do rosto dela, porém as palavras desapareceram por um instante, num estalar de dedos.E, um misto de culpa e ousadia queimaram no peito do escritor.Sabine não esperou a resposta, desceu do carro e deu alguns passos na areia fofa da praia. Olhando na direção do mar.Daniel ficou alguns passos atrás e disse sem chamá-la—Aconteceram dois beijos e o meu tempo aqui é tão incerto...— Então esqueça essa nossa conversa. – interrompeu Sabine escondendo a tristeza, mesmo mantendo a pose de mulher decidida — Eu sei exatamente o qu
RespostasDaniel, durante o caminho sentia-se inquieto, assim que entrou na casa tentou relaxar, mas a mente só pensava nas últimas coisas que vivera e ouvira nas últimas horas.E, como não conseguia parar de pensar achou por bem, caminhar, na praia das Castanheiras. Ali, sentado na areia branca e observando as ondas quebrarem, foi alinhando os seus pensamentos e em meio de tudo uma resposta para Sabine.Ao retornar para a casa, recebeu os recados do seu pai que já estava em casa com sua irmã e o Braga também já ido para o escritório. Além do recado de Brenda.Agora, um pouco mais tranquilo aproveitou a paz
Coisas do coraçãoPérola após ouvir a novidade, sorriu com carinho para a irmã.— Estou muito feliz e surpresa ao mesmo tempo. A minha irmãzinha com o Daniel que gosto muito. Mas, nos conte como foi que rolou tudo.Martina tinha um olhar debochado para Sabine, quase que duvidando que fosse mesmo verdade aquela história de namoro.— Espera. Você saiu ontem com o Rudi e chega aqui hoje contando que está namorando o Daniel. Que feitiçaria é essa?— Olha o jeito que fala com sua irmã – cortou Ingrid, de modo seco.— Martina, o Rudi e eu sempre fomos amigos. E, com o Daniel é diferente...
SensibilidadeDaniel, na manhã seguinte refletia sobre tudo que aconteceu nas últimas horas da sua vida. Degustando um café preto desde às seis da manhã, demorou para notar que o gosto já não era mais o mesmo.Ao olhar no relógio, já passava das dez da manhã e até aquele momento já tinha conversado com sua agente literária e com o seu pai.Achou graça quando ouviu Júnia do outro lado da linha super feliz com a novidade sobre o namoro.— Ai que dia feliz! Pode mandar a reposta na hora que quiser e escreva e ame muito, ou ame e escreva, você que sabe. – risos — Agora, preciso voltar para os meus lindos escritores que tirei o dia para perturbá-los.— Escrevo um e-mail confirmando as datas e até logo, Júnia.— Beijos, meu querido e v
O dia seguinte.— Obrigado por ter cuidado de mim.Foram as primeiras palavras depois do bom dia que Sabine escutou de Daniel, que tinha os olhos grudados na tela e cercado por três livros.— Não precisa me agradecer e esse café parece bom.— Acabei de fazer outro, acordei no meio da noite e tinha que escrever.— Na cozinha?— Não queria acordar você.Sabine mesmo com rosto lavado e os cabelos amarrados para cima, não sabia lidar muito bem com aquela situação, já que sua vontade era de beijá-lo e abraçá-lo. Quando para a sua surpresa, sentiu a presença dele bem per
AgridoceSabine abriu a porta e acendeu a luz dando passagem para Daniel entrar em sua casa. O olhar atento do escritor de certa forma mexia com ela.— Lembro-me quando era criança e a rua toda estava em reforma, sempre tive curiosidade em saber como era dentro, na época a gente chamava de sobrado de pedra, já que é toda revestida do lado de fora.A sala e a cozinha eram pequenas e ao mesmo tempo, mesclavam uma sintonia de cores e objetos, deixando o sobrado charmoso e organizado.— Muitos ainda chamam assim, esse aqui é o menor da rua, lá em cima só tem um quarto e um banheiro. É aqui o meu pequeno estúdio.Sabine logo mostrou