Capitulo 8

TALITA.

No dia seguinte, acordei com uma forte luz irradiando sobre meu quarto e ofuscando meus olhos. Não precisei abrir os olhos para saber quem era. Melhor não queria levantar tão cedo, os fins de semana era os meus únicos dias de descanso.

__Anda Bela adormecida. Bruno falou com um tom brincalhão. __Vou mandar a Nega te dar uma lambida para te despertar. Você não cansa de me surpreender Sabía? Uma cachorra? Nem consegue dar conta do trabalho e sua rotína estressante.

___Humm, Por isso mesmo me deixa dormir.Puxei o lençol me cobrindo novamente.

__Vamos Talita, estive pensando que tal irmos fazer um piquenique? Aproveitamos e levamos a biblía para meditar na palavra de Deus. A nega também pode ir junto e o seu sobrinho. Otímo como sempre Bruno conseguiu minha total atenção. Sentei na cama descabelada e o encarei.

__Gostei da ideia. Pode aproveitar e me ajudar a corrigir algumas provas que estão faltando. Ele faz uma careta de reprovação.

__A Intenção aqui mocinha era relaxar e não trabalhar em dobro. As provas você corrige depois está bem? Agora vou para cozinha terminar de ajudar sua mãe a preparar nossos lanches. Se aproxima de mim depositando um beijo na minha cabeça. Cruzo os braços emburrada.

Levanto da cama pegando a roupa, quando a Fanny entra invadindo meu quarto como um furacão, ela puxa a calça e camisa xadrez da minhas mãos me assustando.

__ De forma alguma você vai em um encontro com aquele belo homem de olhos claros vestida com esses trapos. A olho indignada.

__Minhas roupas não são trapos. São confortáveis. Justifico.

__Tão confortaveis, quanto a um pano de saco. Porque cabê três de você nessa camisa, aonde arrumou?

___Eu comprei em um brechó. Estavam baratas. Ela ficou me olhando e depois riu.

__São baratas porque são ultrapassadas e ninguém querem usar essas roupas novamente. Quero dizer quase ninguém.

___Não vai me dizer que não é uma graça? Combinam com o pano de mesa que Bruno vai estender no chão. Ela expira colocando as mãos na cintura.

__Talita Entendo que não gosta de se expor. Vou lhe dizer uma coisa, se gosta do Bruno. Um esforcinho para chamar sua atenção não é demais. Querendo ou não os homens sâo visuais e nós temos que usar esse sentido ao nosso favor.

___Mas.... Tento argumentar.

___Esquece, hoje vou ficar encarregada de arrumar um look para você. Sei que não vou encontrar grande coisa, porém deve ter uma peça melhor que esse conjunto rídiculo. Começa a fuçar no meu guarda-roupa e sentei na cama esperando.

No final fanny escolheu um vestido vermelho meu de bolinhas e comprimentou com um chapeú dela e sua bolsa e acessoŕios. Também insistiu para deixar os cabelos soltos, no final acabei concordando, entretanto quando chegou com a paleta de maquiagem sai correndo. Definitivamente não iria deixar ela me maquear, Bruno iria acabar estranhando toda essa arrumação.

___Passa um gross então, é de sabor morango 24 horas se acaso resolverem. Encosta os labíos na sua mão demonstrando um beijo. Arqueou uma sombracelia sugestiva e faço uma careta de nojo.

___Não vai acontecer. Pego o gloss da sua mão passando.

__Agora treina no dorço da sua mão.. Pega minha mão feixando e a levanta encostando nos meus labíos. Agora feche os olhos e imagina o beijo do Bruno. Sorri travessa . Puxo minha mão negando.

__Não faça essas coisas, já disse.

Depois de estar pronta,chegamos na cozinha, Bruno se encontrava em uma conversa amistosa com meu pai. Eles realmente se davam bem, tinha certeza que o Senhor Ramon apoiaria nossa relação sem se impor. Sempre foi cheio elogios para cima do Bruno.

__Aqui está sua Amada ops amiga.. Fanny anuncia e quero me esconder de baixo da mesa. Bruno desvia os olhos na minha direção sorrindo, porém o seu sorriso se desfaz e sua expressão se torna totalmente diferente do que tinha visto desde então. Meu coração começa dar indicios de que vai começar a palpitar novamente.

___Você está linda. Se levantou e caminhou na minha direção  me envolvendo em um abraço carinhoso. O qual retribui com um sorriso de orelha a orelha. Bruno tomou distancia para observar meu rosto como se quisesse memorizar cada detalhe. __Meu Deus! Tem como ficar ainda mais apaixonado por você? Suspirei o olhando sem graça.

___Como são lindos, agora vão logo, porque estou começando a ficar enjoada com tanto amor na atmosfera.

___Tio Buno...aqui eta a Pipa. Vamo solta tio buno. Gui chegou puxando a camisa do Bruno o obrigando a se afastar e dar lhe a devida atenção. Guilherme tinha uma pipa do homem aranha que meu pai comprou a ele. E Bruno o Iria ensinar a soltar ou ao menos tentar.

___Vamos, Sim. E a Nega? Olhou ao redor.

__Vamos deixa-la em casa hoje. Outro dia a levamos para dar uma volta, Nega e Guilherme juntos não vai ser uma boa ideia. Balançou a cabeça sorrindo e ele concorda.

Peguei a cesta com os alimentos e Bruno segurou gui no colo com sua pipa, era impressão minha ou Bruno estava maís bonito que de costume. Ou era os famosos sinaís da paixão tomando conta do meu interior.

O lugar que iremos fazer o pequinique não era longe de casa, era do outro lado do quarteirão na pista de caminhada, tinha um jardim com uma pequena lagoa, alguns casaís frequentavam no final de semana, para namorarem ou irem se divertir com os filhos, havia um parquinho especialmente dedicado as crianças.

Não demorou e estavamos no local, não havía muita gente porque ainda era cedo, apenas algumas pessoas fazendo caminhada nada além disso. Bruno colocou Guilherme no chão , tirei a toalha da cesta e o entreguei, Bruno estendeu no chão colocando os pesos na quatro pontas da toalha. Em seguida nos sentamos um de frente para o outro, Bruno pegou Gui no colo o colocando sentado entre suas pernas , peguei minha bolsa e retirei a biblia.

__Quando vamo solta pia tio buno. Resmungou guilherme.

__Depois Gui,agora vamos ler a biblia e depois comer lanche está bem? Ele acenou concordando.

__Vamos dar as mãos e orar buscando entendimento nessa meditação. Informei..Bruno estendeu suas mãos e segurei firme, As mãozinhas de Gui foram colocadas entre a nossa forçando nossa união.

Senhor Jesus. Bruno e eu entramos agora diante da sua presença, pedimos que o senhor venha nos dar sabedoria e entendimento para compreender sua palavra e colocarmos em pratíca a direção que estão escritas nesse livro sagrado.

Não apenas isso, que o senhor venha guiar nossos passos e nos ajudar a tomar a melhor escolha diantes das situaçoes adversas. Que nossa vontade coencidem mas se não acontecer, que venha nos dar forças para compreender que a sua tem que prevalecer. Amém. Bruno encerrou e abri os olhos sabendo sobre o que estava se referindo.

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Depois de meditarmos na palavra, fomos desfrutar do nosso lanche , coloquei nossas vasilhas uma do lado da outra e abrimos juntos ,conversando de varíos assuntos aleatoríos, Bruno como sempre conseguia me fazer Rir com seu jeito extrovertido e brincalhão , ficamos jogando milho para o alto e pegando com a boca, claro que como sempre estava perdendo drasticamente.

__Tio buno quato e Dinda dois... Guilherme contava nos dedos quantas vezes acertamos. Ele era bem maís esperto que as crianças da sua idade , também ensinei ele a contar os números e a ler, o único problema do gui era na forma de se expressar, ele parecia demorar um pouco a maís que as outras crianças para falar corretamente. Contudo, achava que era uma maneira dele de chamar a atenção.

__Tio buno oito e Dinda zero. Disse coloquei a mãos na cintura incredúla.

__Guilherme como Assim zero? Ele deu de ombros.

__Tio buno vai me ensinar solta pipa.. Deculpa dinda. Bruno soltou uma Risada se deitando para trás .

___Não posso negar que o Garoto é esperto. Se inclina recuperando o folêgo com seu sorriso maroto. Bufei fingindo estar irritada. Bruno se levantou e foi ensinar Guilherme a soltar pipa ele a ergueu, depois deu o retroz na mão do guilherme o conduzindo com as mãos, definitivamente Bruno seria um otímo pai. Não era atoa que guilherme gostava dele, se bem que Guilherme se apega muito facil com todo mundo, é uma criança encantadora.

Tudo corria perfeitamente bem, quando o vento aumentou consideravelmente, fazendo com que a linha da pipa arrebenta-se, resultado, a pipa foi parar em cima da arvore.

__Eu quelo minha pipa de volta Dinda.. Guilherme veio na minha direção pisando duro e me abraçou. Com os olhos cheios de lagrimas. Lancei um olhar de e agora? para o Bruno.

___ Espera, vou buscar uma escada e vamos dar um jeito. Bruno sumiu do meu campo de visão. Tomei espaço e limpei suas lagrímas.

___Calma Gui, Bruno vai pegar sua pipa está bem?Agora para de chorar. Ele fungou passando o braço no nariz segurando o choro. Fiquei sentada tentando distraí-lo aguardando o Bruno voltar.

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__ Está conseguindo alcançar? Perguntei em alta voz olhando para cima com Guilherme no colo, Bruno se encontrava no topo de uma escada de madeira, com um cabo de vassoura tentando alcançar a bendita pipa.

__Só Mais um pouco. Resmungou se esticando. Meu coração estava na boca com medo dele cair daquela altura.

__Se não alcança deixa para lá, compramos outra. Desce logo daí Bruno. Minha voz estremeceu. Ele parou o que estava fazendo.

Olhou para baixo e sorrio.

__Está com medo que eu caia?

__O quê? Disse nervosa. __Sim, sou sua amiga é claro que vou me preocupar. Tentei demonstrar o maís convicente possivel. Ele não disse nada,apenas voltou sua atenção para a pipa. E Uma ventanea imensa passou por mim fazendo meu chapeú voar para longe.

__Dinda seu chapeú. Guilherme gritou. Eu coloquei ele sentado na grama.

___Fica quietinho aqui. Que vou buscar, estou de olho em você. Aponto para meus olhos e para os seus. Sai correndo atrás do chapéu que tinha vida própria e foi parar na pista de caminhada, forcei minhas pernas para alcançá-lo , Ótimo finalmente estou me exercitando contra minha vontade. O vento começou a diminuir então avistei ele pousar no chão, coloquei as mãos no joelho recuperando o fôlego, e fui andando em passos rápidos para poder pegá-lo. Quando finalmente cheguei e me curvei esticando a mão de encontro ao o chapéu, uma mão foi mais ágil o pegando primeiro. Ergui os olhos por trás do cílios lentamente, e foi como se tudo ao redor torna-se em câmera lenta. Levantei o rosto finalmente avistei a pessoa por trás daquela mão mascúlina, ergueu o canto do lábios em um sorriso discreto.

__Procurando algo Professora? Rodopiou o chapéú nas pontas dos dedos se exibindo.

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