TALITA.
No dia seguinte, acordei com uma forte luz irradiando sobre meu quarto e ofuscando meus olhos. Não precisei abrir os olhos para saber quem era. Melhor não queria levantar tão cedo, os fins de semana era os meus únicos dias de descanso.
__Anda Bela adormecida. Bruno falou com um tom brincalhão. __Vou mandar a Nega te dar uma lambida para te despertar. Você não cansa de me surpreender Sabía? Uma cachorra? Nem consegue dar conta do trabalho e sua rotína estressante.
___Humm, Por isso mesmo me deixa dormir.Puxei o lençol me cobrindo novamente.
__Vamos Talita, estive pensando que tal irmos fazer um piquenique? Aproveitamos e levamos a biblía para meditar na palavra de Deus. A nega também pode ir junto e o seu sobrinho. Otímo como sempre Bruno conseguiu minha total atenção. Sentei na cama descabelada e o encarei.
__Gostei da ideia. Pode aproveitar e me ajudar a corrigir algumas provas que estão faltando. Ele faz uma careta de reprovação.
__A Intenção aqui mocinha era relaxar e não trabalhar em dobro. As provas você corrige depois está bem? Agora vou para cozinha terminar de ajudar sua mãe a preparar nossos lanches. Se aproxima de mim depositando um beijo na minha cabeça. Cruzo os braços emburrada.
Levanto da cama pegando a roupa, quando a Fanny entra invadindo meu quarto como um furacão, ela puxa a calça e camisa xadrez da minhas mãos me assustando.
__ De forma alguma você vai em um encontro com aquele belo homem de olhos claros vestida com esses trapos. A olho indignada.
__Minhas roupas não são trapos. São confortáveis. Justifico.
__Tão confortaveis, quanto a um pano de saco. Porque cabê três de você nessa camisa, aonde arrumou?
___Eu comprei em um brechó. Estavam baratas. Ela ficou me olhando e depois riu.
__São baratas porque são ultrapassadas e ninguém querem usar essas roupas novamente. Quero dizer quase ninguém.
___Não vai me dizer que não é uma graça? Combinam com o pano de mesa que Bruno vai estender no chão. Ela expira colocando as mãos na cintura.
__Talita Entendo que não gosta de se expor. Vou lhe dizer uma coisa, se gosta do Bruno. Um esforcinho para chamar sua atenção não é demais. Querendo ou não os homens sâo visuais e nós temos que usar esse sentido ao nosso favor.
___Mas.... Tento argumentar.
___Esquece, hoje vou ficar encarregada de arrumar um look para você. Sei que não vou encontrar grande coisa, porém deve ter uma peça melhor que esse conjunto rídiculo. Começa a fuçar no meu guarda-roupa e sentei na cama esperando.
No final fanny escolheu um vestido vermelho meu de bolinhas e comprimentou com um chapeú dela e sua bolsa e acessoŕios. Também insistiu para deixar os cabelos soltos, no final acabei concordando, entretanto quando chegou com a paleta de maquiagem sai correndo. Definitivamente não iria deixar ela me maquear, Bruno iria acabar estranhando toda essa arrumação.
___Passa um gross então, é de sabor morango 24 horas se acaso resolverem. Encosta os labíos na sua mão demonstrando um beijo. Arqueou uma sombracelia sugestiva e faço uma careta de nojo.
___Não vai acontecer. Pego o gloss da sua mão passando.
__Agora treina no dorço da sua mão.. Pega minha mão feixando e a levanta encostando nos meus labíos. Agora feche os olhos e imagina o beijo do Bruno. Sorri travessa . Puxo minha mão negando.
__Não faça essas coisas, já disse.
Depois de estar pronta,chegamos na cozinha, Bruno se encontrava em uma conversa amistosa com meu pai. Eles realmente se davam bem, tinha certeza que o Senhor Ramon apoiaria nossa relação sem se impor. Sempre foi cheio elogios para cima do Bruno.
__Aqui está sua Amada ops amiga.. Fanny anuncia e quero me esconder de baixo da mesa. Bruno desvia os olhos na minha direção sorrindo, porém o seu sorriso se desfaz e sua expressão se torna totalmente diferente do que tinha visto desde então. Meu coração começa dar indicios de que vai começar a palpitar novamente.
___Você está linda. Se levantou e caminhou na minha direção me envolvendo em um abraço carinhoso. O qual retribui com um sorriso de orelha a orelha. Bruno tomou distancia para observar meu rosto como se quisesse memorizar cada detalhe. __Meu Deus! Tem como ficar ainda mais apaixonado por você? Suspirei o olhando sem graça.
___Como são lindos, agora vão logo, porque estou começando a ficar enjoada com tanto amor na atmosfera.
___Tio Buno...aqui eta a Pipa. Vamo solta tio buno. Gui chegou puxando a camisa do Bruno o obrigando a se afastar e dar lhe a devida atenção. Guilherme tinha uma pipa do homem aranha que meu pai comprou a ele. E Bruno o Iria ensinar a soltar ou ao menos tentar.
___Vamos, Sim. E a Nega? Olhou ao redor.
__Vamos deixa-la em casa hoje. Outro dia a levamos para dar uma volta, Nega e Guilherme juntos não vai ser uma boa ideia. Balançou a cabeça sorrindo e ele concorda.
Peguei a cesta com os alimentos e Bruno segurou gui no colo com sua pipa, era impressão minha ou Bruno estava maís bonito que de costume. Ou era os famosos sinaís da paixão tomando conta do meu interior.
O lugar que iremos fazer o pequinique não era longe de casa, era do outro lado do quarteirão na pista de caminhada, tinha um jardim com uma pequena lagoa, alguns casaís frequentavam no final de semana, para namorarem ou irem se divertir com os filhos, havia um parquinho especialmente dedicado as crianças.
Não demorou e estavamos no local, não havía muita gente porque ainda era cedo, apenas algumas pessoas fazendo caminhada nada além disso. Bruno colocou Guilherme no chão , tirei a toalha da cesta e o entreguei, Bruno estendeu no chão colocando os pesos na quatro pontas da toalha. Em seguida nos sentamos um de frente para o outro, Bruno pegou Gui no colo o colocando sentado entre suas pernas , peguei minha bolsa e retirei a biblia.
__Quando vamo solta pia tio buno. Resmungou guilherme.
__Depois Gui,agora vamos ler a biblia e depois comer lanche está bem? Ele acenou concordando.
__Vamos dar as mãos e orar buscando entendimento nessa meditação. Informei..Bruno estendeu suas mãos e segurei firme, As mãozinhas de Gui foram colocadas entre a nossa forçando nossa união.
Senhor Jesus. Bruno e eu entramos agora diante da sua presença, pedimos que o senhor venha nos dar sabedoria e entendimento para compreender sua palavra e colocarmos em pratíca a direção que estão escritas nesse livro sagrado.
Não apenas isso, que o senhor venha guiar nossos passos e nos ajudar a tomar a melhor escolha diantes das situaçoes adversas. Que nossa vontade coencidem mas se não acontecer, que venha nos dar forças para compreender que a sua tem que prevalecer. Amém. Bruno encerrou e abri os olhos sabendo sobre o que estava se referindo.
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Depois de meditarmos na palavra, fomos desfrutar do nosso lanche , coloquei nossas vasilhas uma do lado da outra e abrimos juntos ,conversando de varíos assuntos aleatoríos, Bruno como sempre conseguia me fazer Rir com seu jeito extrovertido e brincalhão , ficamos jogando milho para o alto e pegando com a boca, claro que como sempre estava perdendo drasticamente.
__Tio buno quato e Dinda dois... Guilherme contava nos dedos quantas vezes acertamos. Ele era bem maís esperto que as crianças da sua idade , também ensinei ele a contar os números e a ler, o único problema do gui era na forma de se expressar, ele parecia demorar um pouco a maís que as outras crianças para falar corretamente. Contudo, achava que era uma maneira dele de chamar a atenção.
__Tio buno oito e Dinda zero. Disse coloquei a mãos na cintura incredúla.
__Guilherme como Assim zero? Ele deu de ombros.
__Tio buno vai me ensinar solta pipa.. Deculpa dinda. Bruno soltou uma Risada se deitando para trás .
___Não posso negar que o Garoto é esperto. Se inclina recuperando o folêgo com seu sorriso maroto. Bufei fingindo estar irritada. Bruno se levantou e foi ensinar Guilherme a soltar pipa ele a ergueu, depois deu o retroz na mão do guilherme o conduzindo com as mãos, definitivamente Bruno seria um otímo pai. Não era atoa que guilherme gostava dele, se bem que Guilherme se apega muito facil com todo mundo, é uma criança encantadora.
Tudo corria perfeitamente bem, quando o vento aumentou consideravelmente, fazendo com que a linha da pipa arrebenta-se, resultado, a pipa foi parar em cima da arvore.
__Eu quelo minha pipa de volta Dinda.. Guilherme veio na minha direção pisando duro e me abraçou. Com os olhos cheios de lagrimas. Lancei um olhar de e agora? para o Bruno.
___ Espera, vou buscar uma escada e vamos dar um jeito. Bruno sumiu do meu campo de visão. Tomei espaço e limpei suas lagrímas.
___Calma Gui, Bruno vai pegar sua pipa está bem?Agora para de chorar. Ele fungou passando o braço no nariz segurando o choro. Fiquei sentada tentando distraí-lo aguardando o Bruno voltar.
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__ Está conseguindo alcançar? Perguntei em alta voz olhando para cima com Guilherme no colo, Bruno se encontrava no topo de uma escada de madeira, com um cabo de vassoura tentando alcançar a bendita pipa.
__Só Mais um pouco. Resmungou se esticando. Meu coração estava na boca com medo dele cair daquela altura.
__Se não alcança deixa para lá, compramos outra. Desce logo daí Bruno. Minha voz estremeceu. Ele parou o que estava fazendo.
Olhou para baixo e sorrio.
__Está com medo que eu caia?
__O quê? Disse nervosa. __Sim, sou sua amiga é claro que vou me preocupar. Tentei demonstrar o maís convicente possivel. Ele não disse nada,apenas voltou sua atenção para a pipa. E Uma ventanea imensa passou por mim fazendo meu chapeú voar para longe.
__Dinda seu chapeú. Guilherme gritou. Eu coloquei ele sentado na grama.
___Fica quietinho aqui. Que vou buscar, estou de olho em você. Aponto para meus olhos e para os seus. Sai correndo atrás do chapéu que tinha vida própria e foi parar na pista de caminhada, forcei minhas pernas para alcançá-lo , Ótimo finalmente estou me exercitando contra minha vontade. O vento começou a diminuir então avistei ele pousar no chão, coloquei as mãos no joelho recuperando o fôlego, e fui andando em passos rápidos para poder pegá-lo. Quando finalmente cheguei e me curvei esticando a mão de encontro ao o chapéu, uma mão foi mais ágil o pegando primeiro. Ergui os olhos por trás do cílios lentamente, e foi como se tudo ao redor torna-se em câmera lenta. Levantei o rosto finalmente avistei a pessoa por trás daquela mão mascúlina, ergueu o canto do lábios em um sorriso discreto.
__Procurando algo Professora? Rodopiou o chapéú nas pontas dos dedos se exibindo.
RICARDO SANCHEZ.Ricardo.Acordei no outro dia com uma tremenda ressaca, quando me virei dei de topo com um corpo desconhecido coberto deitado ao meu lado , levei um susto quase caindo da cama.O que aprontei ontem a noite? Levantei da cama de fininho pegando meus sapatos e a gravata para não acordar a beldade negra na minha cama. De uma coisa tinha certeza, tinha bom gosto.Passei pelo corredor do meu apartamento e ordenei alguns dos empregados a lhe tratarem bem, só que não tanto. Também não quero iludir a pobre moça.Fui para a garagem e peguei um dos meus carros importados. O celular começou a tocar incansavelmente no bolso do paletó. Era o nome do Carlos atendi.__ Fala? A menos que a empresa tenha pegado fogo, não devia estar me ligando.___O que aconteceu? Porque est
TALITA.Fui de encontro ao Bruno e percebi que sua expressão não era das melhores, também deixei ele horas plantado por culpa do Ricardo, foi uma grande surpresa vê-lo aqui, as vezes que passei por aqui nunca o vi caminhar. Porém, não é da minha conta o que ele faz da vida. Reconheço que a forma como me tratou me deixou constrangida , foi como se tivesse dado em cima de mim na cara dura. Com certeza estava zoando com minha cara. Sei que não posso julgá-lo , mas um homem como Ricardo só ficaria com uma mulher como a mim, apenas para se divertir..__ Tio Bruno, o tio Ricardo disse que vai fazer outra pipa não se preocupe. Guilherme deu tapinhas em seu braço como se o confortasse.___O que aquele homem fazia por aqui? Cruzou os braços.__ Ele estava fazendo caminhada. Respondo.__ Talita caminho à anos e nunca o vi por essas bandas , aí tem coisa. Uma ruga se formou entre suas sobrancelhas.
RICARDO SANCHEZ.Havia algo de muito estranho acontecendo comigo não poderia negar, Ricardo Sanchez chegar ao ponto de seguir alguém em um dia de trabalho, é algo que não faria nem nos meus piores pesadelos. Mas lá estava a professorinha mexendo com a minha sanidade e pior, ela nem tinha feito nada demais para isso, a não ser me confrontar. Estacionei o carro vestindo o paletó e segui para dentro da empresa.__Bom dia Senhor Sanchez. Luana me cumprimentou lançando um olhar curioso. Talvez pelo simples fato de estar descabelado e com a camisa amarrotada .___O que tem de bom? Você vai se demitir ? Talvez isso melhore meu Humor. Respondi de forma ríspida.Subi o elevador arrumando meu cabelo e ajeitando a gravata, ao se abrir continuei o caminho para meu escritório. Entrei batendo a porta, joguei a maleta na mesa e tirei meus sapatos que estavam me matando. Escutei batucarem na porta.
RICARDO SANCHEZ.Descerrei meus olhos recebendo uma forte luminosidade na minha face, percebi que estava deitado sobre uma cama, minha cabeça estava tentando processar as informações visuais um tanto borradas , tudo era muito confuso, primeiramente porque sentia como se tivesse uma tonelada de tijolos em cima do meu corpo , segundo minha cabeça estava prestes a explodir, forcei os olhos analisando meu redor e as imagens foram se formando gradativamente, paredes brancas, cama pequena e apertada , espera, esse não é meu quarto e sim um hospital publíco?__Como ele está doutor? A voz da minha mãe soou do outro lado da porta preocupada .__ O senhor Sanchez vai ficar bem, já fizemos uma lavagem estomacal, por sorte os medicamentos que tomou não eram tão fortes. Rolei os olhos e fitei a borracha amarela enfincada no meu bra
TALITA.Estava preste a sair com o Bruno do hospital, quando escutei a Sara me chamar, me virei na sua direção e percebi que transparecia uma certa preocupação em sua feição. Caminhei lentamente até ela e a primeira coisa que me veio na mente é que tinha acontecido alguma coisa de ruim.___ O que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? Inquiri preocupada.___Meu pai, exagerou na bebida como sempre, parece que misturou remédios e teve que fazer uma lavagem no estomago. Respondeu cruzando os braços, lançou um olhar indiscreto para o Bruno de cima abaixo analisando.___ Ele vai ficar bem? Chamei sua atenção tentando esconder meu nervosismo.___Sim, o médico disse que não foi nada grave, o professor Bruno é seu namorado? Me encara curiosa.___Ainda não, somos amigos. Bruno dá um sorri
RICARDO SANCHEZ.O que me resta agora é admitir, diante das minhas variáveis atitudes incoerentes, afirmo que Yuri tem razão estou pagando com a língua, sei que essa obsessão sobre inclui-la na minha vida, já esta passando dos limites, até por que desde o momento que essa professora entrou nela nada esta como antes, não sei se isso é muito bom ou péssimo..Não havia perdido em jogos a tempos, muito menos tinha tido aqueles pesadelos novamente as coisas estão piorando e estou perdendo o controle da situação, Carlos me ligou dizendo que hoje era o ultimo dia a qual poderia me encontrar com os empresários, e ao invés de estar desesperado? Estou aqui , usando meu incrível talento como ator, apenas para não vê-la sorrir para aquele metido a galã dos olhos azuis. Mesmo estando ciente da alta quantia em dinheiro que p
TALITA.Depois que Ricardo ultrapassou aquela porta fiquei ainda mais confusa, se despediu formalmente sem mostrar nenhuma expressão que explicaria seu mal-estar de agora pouco, nem parecia que estava quase morrendo a minutos atrás. Fui desviada dos meus pensamentos quando o sinal tocou, os alunos entraram animados conversando entre si , suspirei alegremente, teria um longo dia pela frente. Fui até a mesa com os livros.___Boa tarde, que tal aproveitarmos essa energia toda e começarmos a semana com tudo, não quero ninguém dormindo aqui. Alguns mudaram bruscamente o comportamento e outros Resmungaram. Mark entrou sentando na última cadeira, cobrindo o rosto com sua touca e dormindo como sempre.___Segunda ? Impossível professora. Um aluno responde sorrindo tirando minha atenção dele.Procuro me concentrar o máximo possível nas aulas e fingir que o que aconteceu com Ga
RICARDO SANCHEZ.Acordei no dia seguinte decidido a não deixar meu ciúmes me fazer desistir, talvez tenha sido um pouco imaturo ontem, então resolvi mudar a estratégia já que tinha assumido que estou começando a gostar dela, tenho que achar uma forma de demonstrar, foi então que uma ideia repentina pairou na minha cabeça, e a coloquei em pratica.Me troquei colocando minha camisa, a gravata e um sobretudo, o dia tinha amanhecido frio repentinamente. Desci as escadas e fui ao único lugar que realmente me sentia a vontade, era aonde vivia meus melhores momentos, meu escape da realidade . Esse lugar me faz lembrar do verdadeiro eu, se é que ele ainda existia. No fundo ainda tinha esperança que aquele garoto voltaria.Depois de escrever o poema em cada livro , sentei-me na mesa ainda hesitante, de acordo com horário ela estaria dormindo e nem atenderia , mes