O mar estava agitado a noite, ondas muito altas acertavam o navio que levava o rei de Vakker Abrahamsen. A tripulação estava calma apesar de tudo, não era a primeira tempestade que eles tinham pegado em alto mar. Mas nenhum deles poderia imaginar que existiria um arquipélago de pedras escondido no meio daquela confusão de ondas salgadas e chuva forte acompanhada de raios e trovões. Criados e criadas corriam de um lado para ao outro fazendo de tudo para expulsar aquela água. O rei Erik tinha que chegar até o casamento de seu primo quando amanhecesse mas tudo estava dando errado.
Quando o navio se chocou de frente as pedras várias pessoas foram lançadas junto com o impacto, sendo seguido de uma onda enorme contra as pedras pontudas, o navio ganhou vários furos em seu casco e rapidamente se prendeu nelas os impedindo de fugir daquela encurralada, ondas e mais ondas atingiram o navio varrendo os que estavam ali sem se importar se eram pessoas nobres ou até mesmo o rei Erik.
No desespero de todos querendo apenas sobreviver o único sensato e estável mesmo com medo e pânico naquele momento era o rei e seu companheiro fiel e guarda pessoal Brayan, a única criada ainda não varrida pelas ondas Erik puxou para si a abraçando enquanto Brayan gritava com os homens que sobraram. Mas isso tudo de tentar permanecer no barco iria ser em vão, Erik sabia disso e então gritou a ordem para que todos deixassem o barco pulando no mar, ele mesmo logo em seguida fez isso sem soltar a criada simplesmente a levando consigo junto ao encontro da água gelada. Bravamente ele não a soltou nenhum instante e tudo que fez foi prendê-la a si mesmo quando afundaram no mar agitado até quando ele perdeu a consciência.
Erik ao acordar apenas tossiu deixando a água sair de seus pulmões para depois buscar ar, o sol forte quase o cegou quando abriu seus olhos, os fechou novamente, ali ao lado dele em prantos a criada que ele salvará sorria aliviada.
- Majestade!
Ele se senta abrindo devagar os olhos de novo para se acostumar com a claridade e ela se curvou na areia, rapidamente ele segura seu braço em sinal de que não deveria fazer aquilo.
- O senhor salvou minha vida! Eu te devo isso!
- Não não é... Qual seu nome?
- Idália
- Idália! Não me agradeça, esse é meu dever como rei, colocar meus súditos acima de tudo!
Ele observou em volta o local em que estavam, constatou que ali era uma ilha não registrada nos mapas afinal não existia neles qualquer local seguro de terra próximo a onde naufragaram. Quando Erik viu ao longe seu amigo e mais dois de seus homens se acalmou por saber que não estavam sozinhos e que haviam sobreviventes.
- Majestade – Brayan diz parando de correr assim que chegaram até ele.
Erik aflito pelo o que aconteceu na noite passada esfregou seu rosto, não pensando nos bens materiais perdidos ou no casamento do primo, mas nas vidas que foram perdidas.
- Quantos sobreviventes? – Os três homens se olharam sem dar uma resposta, mas Brayan decide afirmar aquilo apontando para cada um ali – três, quatro, cinco. Cinco sobreviventes! Se tiver mais alguém não fazemos idéia
O rei suspirou triste com aquilo, haviam quase de cem pessoas naquele barco incluindo alguns nobres, soldados e muitos criados.
- Majestade – Frederico o chamou para ver o que tinha em mãos
Uma espécie de lança feita com um pedaço de madeira, cipó e pedra lascada.
- Existem nativos agressivos nesse lugar, precisamos sair deste campo de visão aberto se queremos ter alguma chance
- Como sabe que são agressivos?!
- Achamos um dos criados morto na beira da praia no nosso caminho até aqui foi uma lança dessa!
Clóvis ajudou a jovem Idália a se levantar primeiro e depois o rei se levantou observando a floresta densa atrás deles.
- Estamos sem armamento algum então não podemos contra selvagens nativos
- Isso é preocupante
- Podem ter animais selvagens também aqui! Pensaram nisso?! – Idália diz amedrontada com a idéia
Clóvis e Frederico se encaram sem saber como reagir a Idália, nenhum deles sabia como agir a presença da mulher. Brayan apenas segurou os ombros curtos da garota dizendo que iria ficar tudo bem para acalma- lá e conseguindo que ela ficasse pelo menos sem imaginar aquele tipo de coisa novamente.
Erik tirou as roupas pesadas e molhadas que usava ficando apenas com a blusa fina, a calça e os sapatos que secariam mais rapidamente com o sol. Idália deixar Brayan rapidamente arrancou da mão dele aquelas roupas fazendo aquilo ela mesma como se fosse um crime que ela o deixasse tirar suas roupas sozinho, afinal ele era o rei e tinha que ser cuidado.
Enquanto Clóvis e Frederico discutiam sobre o que fazer Brayan se senta ao lado do seu amigo.
- Diga Erik, o que devemos fazer? Você é o nosso líder
Ele observou o rosto de cada um e sento de novo na areia aproveitando a pedra de encosto para se deitar, ele estava cansado e seu corpo implorava por horas de sono de verdade.
- Vamos descansar! Clóvis, Frederico, Brayan e Idália, apenas vamos descansar! Ninguém sobrevive exausto, ainda está bem cedo pela posição do sol então podemos descansar até a tarde!
Os três obedeceram numa boa e se acomodaram nas pedras, Brayan riu e deixando todas as formalidades de lado para puxar o seu rei e erguê-lo do chão para que ficasse de pé.
- Vamos andando galera, ah menos que todos queiram virar camarão! O sal da água e o sol forte vão gostar nossas peles – Ao ouvir as palavras de Brayan Erik apenas suspirou desanimado
- Quanto tempo acha que vão demorar para achar esse lugar?
- Não tem como saber, apenas vamos entrar naquela floresta e tentar não morrer! Sabe por que?! Porque você, Erik, é o rei!
- Cadê o respeito Brayan?!
- Vossa majestade por favor vamos logo atrás de água boa para beber, nos refrescar e poder descansar bem
- Certo certo, vocês dois estão responsáveis por cuidar da Idália ou quem sabe o contrário – Erik disse para Clóvis e Frederico enquanto pegava suas roupas da pedra.
A caminhada pela floresta é longa, a sede e a fome que atormenva eles não mais que o fato de parecerem perdidos os acompanhava.Quem poderia imaginar que quando eles Finalmente achassem uma fonte de água doce gelada eles fossem se deparar com aquela fera de olhos azuis claros como o céu e pelo negro como a noite. A pantera se aproximou devagar deles, os três guardas ficaram em volta do rei e Clóvis puxou a pequena Idália para trás dele, Brayan punha em mãos a ponta da lança que acharam próximo ao corpo na beira da praia, avançou junto ao animal disposto a mata-lo já que ameaçava a vida do seu rei e amigo e dos outros.Escondida entre as folhas a pessoa de capa grossa prepara a flexão no arco e mira, com precisão a flexa voa direto entrando na perna do homem que lutava quase que corpo a corpo com o animal.A pantera se afasta alguns passos rugindo para eles mostrando os dentes enormes e branquinhos. Erik puxou Brayan que gemeu de dor arrancando a flecha sem ponta, a
Bella saiu emburrada, com raiva da tamanha estupidez daqueles recém náufragos, mas não poderia fazer nada se eles quisessem tentar se virar por si próprios. Lancelot caminhava ao lado dela de volta para a cabana onde seu tio a esperava como todos os dias em que o sol se põe.Mas então ela parou e olha para ele tomando aquela decisão repentina.- Me espere aquiA pantera se deitou no chão onde a trilha que eles caminham todos os dias para conseguir água nas épocas não chuvosas já havia se formado de tanto pisarem no último mês. A garota tirou a bolsa das costas e separou a caça do dia das frutas, ela guardou na sua mochila junto as garrafas cheias de água."O que eu deveria colocar para eles?" Ela se pergunta olhando tudo que tinha. O pão que seu tio preparou estava ótimo ainda, ela não comera nada dele já que mais cedo durante a caminhada da manhã na praia para pescar ela tinha achado uma caixa lacrada cheia de doces diferentes dentro de
Todos comeram bem o que foi deixado para eles pela garota estranha mas fascinante na opinião do rei Erik, porém esse sentimento de que tudo ficaria bem iria sumir logo logo. A tribo nativa e muito agressiva que vive no outro lado da ilha estava a procura de animais ou qualquer coisa viva para oferecer de sacrifício e festejar pelo nascimento do filho do líder deles. Idália passou a noite preocupada com Brayan e sua perna, Clóvis já estava bem, mesmo machucado estava melhor que o colega pelo menos.Frederico que ficou de vigia correu até onde eles estavam dizendo para correrem rápido porque os nativos estavam perto e vindo naquela direção.Clóvis e Frederico ajudaram Brayan a se levantar, Idália e Erik se levantam prestes a correr com os outros quando eles foram vistos e logo cercados. Clóvis e Frederico pararam esperando por eles, os nativos não os viram, viram apenas Erik e Idália. Vendo aquela situação o rei se virou para o amigo que impedido de andar por causa da feri
Erik pode ouvir com clareza o som dos tiros de dentro da fenda. Seriam o seus homens vindo ao seu resgate?! Não pode se segurar ficando dentro daquela fenda gelada, saiu correndo a tempo de ver seus homens chegando e a garota correndo para se esconder.- Bella?Ele a viu se agachando entre os arbustos e riu, conseguia ser medrosa também então. Como um animal quando ouve pela primeira vez o som de tirosEle pensou com razão.Os homens se aproximaram e sorriram vendo que encontraram seu rei.- majestade! – O comandante John se curvou para ele sendo imitado pelos outrosErik passa a mão no ombro do seu homem de confiança e sorri aliviado.- Achei que poderiam nunca chegar a nos encontrar nesse fim de mundoJohn ficou confuso ao ouvir o que ele disse e se levanta depois de olhar para os outros que e
A discussão dos dois foi feia de acordo com Brayan. Erik e ele conversavam sentados a beira da lagoa cercado dos outros homens que se preparavam para passar a noite.- Brayan, quero levar Bella comigo – Erik confessou- Já não tem mulheres demais brigando por você já não? – Brayan diz reprovando aquilo e Erik olhou para o amigo de cara fechada- Nunca disse que queria tomá-la como esposa!- Mas quis dizer, se não fosse para isso diria que iria tirar a garota desta ilha e não que queria levá-la consigo!- Eu sou o rei; não posso ter a mulher que eu quiser?- A Deixe aqui Erik, pode ter a mulher que quiser mas não é bom que seja aquela garota! – Brayan diz tentando ficar calmo olhando para o amigo- Por que?! – Erik que sempre esteve acostumado a ter tudo que queria estava convencido de que o amigo estava errado, o melhor para Bella era ir para a civilizaç
Quem poderia imaginar que Erik fosse conseguir o que tanto queria? Se aproximar de Bella foi mais difícil que ele pensava, mas não tinha como um homem encantador como ele não conquistar a inocente jovem da ilha.Ela era totalmente diferente de qualquer garota que ele já cortejara antes. Ela se vestia como um homem, completamente cheia de vida e não ligando para coisas que ele considerava fúteis como qual a próxima jóia que ela iria usar combinando com a maquiagem que, na verdade, ela também não usava. O que ajudou o jovem rei a se aproximar dela foi a curiosidade da jovem pelo mundo, foi algo fácil de se despertar nela enquanto conversava com os poucos que tinham coragem de se aproximar sendo que a moça andava sempre acompanhada pelo felino de olhos coloridos e tão ameaçadores quanto suas garras e dentes prontos para rasgar em pedaços qualquer um que se aproximasse demais.
Foi bom, na verdade mais do que bom para Erik finalmente estar de volta, tudo que ele queria agora era ver sua mãe a rainha Agda para contar-lhe sua fantástica experiência e apresentar a doce Bella que ele já tinha certeza de que sua mãe a adoraria. Mas então a surpresa gélica de todos no cais incluindo os guardas reais que estavam alguns apavorados, outros sem reação e alguns até mesmo sem acreditar no que viam fez todo o clima de felicidade sumir e enrijecer o rosto do rei.Brayan desceu do navio ajudando Idália quando um guarda chegou correndo e sem reparar neles passou a ordem.- O rei pede que todos os guardas que estejam apenas de patrulha irem imediatamente para o salão central do trono e-Ele nem sequer pode completar sua frase quando Brayan avançou na direção dele, porém Erik agarrou o homem primeiro o forçand
Para Erik tudo estava uma confusão e a raiva tomava conta dele porque sabia o que tinha causado tudo aquilo. Freya, sua mulher que tinha até mesmo matado seu pai para ser rainha mas ele não tinha provas e nem ninguém as tinha, mas Erik já tinha a desculpa perfeita para mandar Freya embora, ela era estéril. Foi só ele abaixar minimamente sua guarda e ela o acertou quase que em cheio pelas costas.- Minhas esposas, Simon, onde estão?! – Agora os dois estavam em particular no escritório- Suas esposas?! Desculpe Erik mas você não as tem mais. Kelda e Sindrig estão casadas com duques, Brunna cavou a própria cova e foi rebaixada a criada e Freya agora é-- Sua esposa – rangeu os dentes falando baixo – Não importa então, Simon! Apenas devolva meu trono que tudo acabará bem, fique c