- Negócios?- Perguntei retóricamente, na verdade repeti parte do que ele disse, como ele iria querer falar de negócios? Era inesperado, imaginei tudo, vinha tudo a minha mente menos que Hendrics aparecesse em meu apartamento para falar de negócios.Olhou-me com frieza, desprezo no olhar, diferente de quando chegou, largando um suspiro longo, forte, pesado ouso dizer que até mesmo profundo. - Sim, do que mais poderia falar com você? Não é a artista responsável pelo quadro que me presentearam? Perguntou vindo do corredor, ainda sem entender como poderia haver aquela mudança tão repentina, mas ainda assim afirmei. - sim, sou eu. - As palavras me faltavam nos lábios, a saliva a boca, em completa confusão mental, continuei afirmando enquanto ele me olhando com os olhos vagos, sem deixar qualquer sentimento que houvesse ser demonstrando olhando-me.- Perfeito, quanto ficou a mudança? Mas só pagarei ao ver a obra. - Avisou com um tom de voz tão normal, a chuva ainda caia ao lado de fora, as
Tudo mecha comigo em silêncio para o mundo exterior, ninguém poderia lidar com as minhas dores silenciosas, que atormenta-me de um jeito que não saberia falar.- Como foi?- Mais uma vez fumava um cigarro, em busca de algo para aquietar -me, Fernan sentado a frente da mesa observando-me a espera de informações.- Nada do que está pensando... - Lhe vi levantar da base da mesa agoniado. - É ela ou não é?- Assenti a sua pergunta, ele sorriu em zombaria.- Filha da puta, esse tempo todo estava viva, ela e ele são...- Sim, moram juntos, não deu pra ver mas câmeras. - Lamentou ao ouvir, quem já não sabia que ela o escolheu fosse em morte ou em vida, não havia motivos para surpresas, no fim não saberia nem mesmo dizer por que fui, só me deixou mais nervoso do que já estava.- Conversaram? Ela te explicou o que aconteceu? - Enfiando a mão esquerda entre os fios de cabelos neguei. - Não há o que conversar, explicar, Judhie fez a escolha dela, Fernan, o que acha que eu deveria fazer?- Ao menos
O dito popular que depois do alvoroço sempre vem a bonança parecia nunca ter feito tanto sentido, como aquela ventania no deserto, que levanta a poeira, enchendo os nossos olhos de areia, foi assim que me senti quando sai da apresentação correndo, deixando o mister Jhones ali sentado a espera.Perdi planta, perdi material que eram importantes, só não esperava que após a ventania que levantou toda a areia, no deserto se revelasse um oásis, havia água fresca para matar a sede, deixar o mister Jhones sentado foi como um acerto no tiro ao alvo, não que fizesse por minha vontade, jamais o faria na minha situação atual.Mas como tudo nos dias atuais é por fama, ali havia uma a se ganhar, todos os sonhadores e planejadores queriam a atenção dele, daquele homem nobre, importante, deixá-lo na mesa foi como um ato de loucura, e eu o deixei, me tornando o homem que fez MIster Jhones esperar.Só poderia ser o ato de um louco, não me arrependi por ser por uma questão especial, ajudar quem havia me
Os olhos dele não fugiram dos meus, a sua boca procurava a minha, mesmo quando lhe disse que não, as lágrimas desciam dos meus olhos, enquanto as suas mãos seguravam as minhas coxas, já havia tanto tempo que eu não o sentia que o meu corpo demorou a reconhece-lo, a minha cabeça não havia apenas Hendrics, tinha Olga que é minha irmã de sangue, também tem Khalil que se imaginasse o meu paradeiro junto ao seu irmão, poderia matar todos os meus familiares, Hendrics e até os meus filhos, por uma vingança doentia que só existe em sua cabeca.Quando o homem a minha frente apertou-me com mãos mais forte, eu senti que ele se rendia, a porta foi aberta, Rachel nos viu, com ela até que não havia problemas, algumas vezes lhe peguei com namorados aqui dentro. Hendrics gemeu em minha orelha logo em seguida, após a porta ser fechada - Satisfeito? Perguntei a ele que se vestia novamente, olhou-me de lado, com um semblante de quem não tinha satisfação, e negou pondo a língua pra fora da boca. - Você
Qualquer um saberia que traição amorosa era um jogo perigoso, ao menos as descobertas, mas quantas não foram descobertas, tiveram os seus fins em sigilo? Felicidade no meu casamento nunca foi o objetivo, cada um já estava tendo o que foi acordado, nunca olhei para Olga com mesma intenções como olho para a sua irmã, o meu segundo encontro com Judhie destampou um cadeirão de desejos, que estava guardado entre lençóis e cobertores que ninguém desconfiaria.Quis eu acreditar que sim, que continuaria em segredo, cheguei ao escritório a passos lentos, andando sorrateiramente devagar, eu a queria por mais tempo, por mais e mais tempo, uma semana inteira talvez. - Ei. - Mal havia entrando quando Fernan sentado na cadeira lendo papéis chamou desta forma, apenas balançou a cabeça, rindo fraco. - O que é?Umedeceu os lábios inferiores rindo de mim. - nada, só queria ver a sua cara. - Falou deixando os papéis em suas mãos em cima da mesa, inclinou-se por completo na cadeira. - O que tem a minha
As palavras esmoeceram em meus lábios, eu queria ter qualquer desculpa para chama-la numa conversa qualquer, até chegar ao ponto desejado, me olhando de pé descalça num chão um pouco íngreme amarronzado, tudo que eu ainda visuliava era os seus pés.Oras, me senti sem jeito diante de uma mulher não fazia o meu feitio, sempre fui um homem seguro do que queria, não seria diferente com aquela mulher, mesmo que eu não quisesse nada além de saber o quanto ela sabe de nós.Já havia um bom tempo em silêncio, as palavras erravam a pronúncia antes mesmo de chegar a minha garganta. - O Senhor veio aqui para me pedir algo, é algo recado da San, ela está bem?A mulher perguntou tendo mais atitude que eu, o que não era comum, apenas assenti num confirmar com a cabeça. - Querem me ver ou algo do tipo? - Ela perguntou uma segunda vez. - Fiz algo de errado, o senhor não está ajudando ficando calado, eu não peguei nada na loja, nunca...- Acho melhor que venha ao nosso encontro, desta maneira não temos
Não foi fácil convencer Rachel a ir para um hotel. - Só irei ter condições de lhe pagar quando receber o pagamento, não tenho dinheiro para a uma noite.Falou duas ou três vezes, a garota havia chorado o bastante ao ponto que apagou em seu ombro, a baba escorria pela pele da mãe. Chegamos a um hotel mediano, não era muito caro, nem muito barato, mas perto do centro, não tão perto, ela precisava descansar os braços, o amor pela filha era nítido.- Obrigado senhor, não sei como agradecer. - Falou indo em direção ao elevador, a sua bolsa meio que caia, junto ao peso da garota em seu ombro. Na tentativa de ajudá-la, tentei arrastar a garota do seu colo. - Não, não precisa, ela vai acordar.Avisou a segurando com mais firmeza, então segurei a sua bolsa. Chegamos ao quarto, abri a porta, elas entraram e dali mesmo decidir retornar, por um simples gesto de pegar em sua mão, aquele homem havia surtado, imagino o que faria se soubesse que a levei ao quarto.Ela entrou, e não demorou a fechar a
Após a minha conversa com Kaled eu ainda me sinto confusa, apesar de mais calma, ainda era ruim para mim a situação que Hendrics havia me proposto, mas era única, pegar ou largar, nunca ter a chance de ver os meus filhos outra vez.E se fosse no fundo, assumir o que sou, uma pessoa capaz de atropelar os outros, ainda por cima a outra, quem mais saia machucada em toda está história é Olga, a minha irmã.Tomamos café na galeria, eu e Kaled pela segunda vez, enquanto Rachel com uma carga de gratidão e desculpas, limpava a sua camisa, ainda não sabia ao certo o que havia acontecido, e como poderia Kaled e Rachel está no mesmo lugar, o que havia passado despercebido aos meus olhos?A pequena Jasmine comia devagar, não pude deixar de observa-la, eu tive dois meninos, mas ser mãe de menina devia ser interessante. Algo que eu não experimentaria na vida, sendo uma amante e sem ventre, piorava, sendo realmente o cúmulo imaginar ser mãe de uma menina na minha situação.Kaled desajeitado de uma m