Alejandro narrandoEu observo Sarita saindo e indo para fora dojantar.— O que você acha Alejandro? – Cecilia perguntame fazendo encarar ela.— Desculpa, seria sobre o que? – eu perguntopara ela.— O feriado dos mortos – ela fala – a gentepoderia fazer uma viagem, tem festas ótimas no norte.— Podemos pensar – eu respondo – preciso vercomo vai está minha campanha e aliás Yolanda, não curte muitas festas.— Ela parecia empolgada – Cecilia fala encarandoYolanda.Eu tomo o resto da minha champanhe e logo o garçom passa meoferecendo outra e eu pego duas taças e entrego uma para Yolanda, que disfarçacom aquela taça.— Você disse que não bebia – Cecilia fala.— Eu não bebo – ela responde e eu a encaro.— É apenas para as fotos – eu respondo paraCecilia e ela me encara.— Cecilia, vamos dar uma volta? – Juan pergunta –tem algumas pessoas que eu quero te apresentar.— Claro – ela responde.Cecilia estava desconfiada e eu encaro Yolanda querend
Yolanda narrandoDepois de muito implorar para ele parar, ele tinha saído de cimade mim e saiu do quarto também, eu me levanto sentindo um pouco de dor pelo meucorpo, olho para as minhas pernas que estão vermelhas por causa da força queele usou para me bater com aquela cinta, eu tomo um banho gelado e saio doquarto vendo que está tudo apagado, eu acredito que ele tenha ido dormir emoutro quarto, eu vejo que seu carro ainda está no lado de fora, eu vou até acozinha e abro o freezer procurando por gelo e encontro, pego uma sacola e mesento na cadeira, colocando o gelo encima dos hematomas, eu estou no escuro,tinha evitado ligar as luzes para não chamar atenção dele, mas não demoroumuito para eu sentir os seus passos e ele entrar pela cozinha, ele me encara eeu encaro ele.— Por que está no escuro? – ele pergunta ligandoas luzes.— Eu não queria te acordar.— Não estava dormindo, estava trabalhando no escritório.Até porque eu durmo no mesmo quarto que você – ele r
Yolanda narrandoEu desço a escada e escuto Alejandro discutindo com seu pai e sua mãeestá ao lado, ele não parecia nada bem, estava furioso, em quase dois meses aquicom ele, eu conseguia perceber quando ele estava bem, bravo ou nervoso e agoraele estava tudo, mas não bem.— Você tem que se preocupar com seu casamento –a mãe dele fala quando me ver descer a escada – vocês estão quase se casando.— Esse governador filho da puta, como pode fazeruma coisa dessa.— Ele sabe que você vai ganhar, quer ganhartempo, achar alguém a sua altura para colocar no lugar dele – o pai dele fala.— Ele não vai achar – Alejandro fala – ele querprolongar por quase um ano as eleições novamente, para ele demorar a sair dogoverno, isso é golpe.Eu me sento no sofá ao lado deles e ele continua esbravejando suaraiva, seu pai tentava acalmar ele, mas de nada adiantava, Alejandro estácuspindo fogo para todos os lados. Aos poucos eu vou entendendo a situação , oatual governador criou u
Alejandro narrandoAntes de sair com o carro, eu a encaro limpando ás lagrimas dela eenterrando as flores que ela tinha colhido, eu passo a mão pelo rosto e respirofundo. Quando chego no gabinete encontro Juan sentado na minha sala.— Demorou – ele fala.— Você acredita que meu pai quer que eu tenha umfilho com Yolanda?— Ele me ligou , está preocupado com essahistória do governador.— Sim, adiar as eleições para daqui algunsmeses, isso é loucura.— Você vai assumir em um ano.— O que eu assumiria em alguns meses – eu falo.— Fica tranquilo, quem eles vão colocar paraconcorrer com você? Seu pai está pensando no futuro de todos.— Um filho com Yolanda?— O que você tem contra ela? – ele me pergunta –eu não entendo, a garota é linda, simpática, faz tudo que você manda e você amaltrata dessa forma.— Eu nunca quis me casar com ela.— E você já perguntou se ela queria se casar comvocê? – ele pergunta – muda o disco Alejandro e comece tr
Yolanda narrandoEra bem cedo quando eu acordo, eu vou até a janela e vejo diversosrepórter na frente, uma movimentação maluca lá fora e tudo isso porque hoje erao dia do nosso casamento.— Hoje é o grande dia para a família Martinez, ocasamento do candidato a governador Alejandro Martinez com sua noiva Yolanda. Ocasamento do ano no México, é o assunto mais comentado em todos os lugares epor toda a população – eu desço as escadas observando a noticia que estavadando na televisão – Milhares de pessoas estão indo em direção a casa do atualcandidato, todos querendo ver um pouco do casamento pelos portões da casa,Alejandro virou o candidato mais querido pela população e promete ganhar aseleições.Alejandro está parado vendo a notícia ao lado do seu pai, nenhumdos dois sente a minha presença.— Pelo menos essa garota está me servindo paraalguma coisa – Alejandro fala e quando se vira dar de cara comigo.— Bom dia – eu respondo— Bom dia senhorita Yolanda – O pai
alejandro narrandoEu estou no escritório olhando para fora, vendo todos chegarem,era muita gente importante, todos os jornais e mídias estão falando dessecasamento, era expecativa e mais expectativa sobre ele e eu estou aqui tentandoarrumar uma forma de me livrar dela após eu assumir meu cargo de governo.— Seus convidados estão chegando – Minha mãefala entrando no escritório.— Eu já vou – eu respondo – Precisamos entrarjuntos, esqueceu?— Tem, uma coisa que está me incomodando.— O que?— Os hematomas no braço da sua futura esposa –ela fala e eu encaro.— Não sei do que está falando.— Deixa de ser cínico – ela fala se aproximando– você está agredidando Yolanda desde que ela chegou aqui.— Ela mesmo fez aquilo nela , você acredita demais que ela é boa moça.— Ela é! – ela afirma me encarando.— Não irei discutir com você antes do meucasamento.— Mas deveria me ouvir – ela fala e eu a encaro– eu já conversei com seu pai sobre iss
Yolanda narrandoAcho que nesses meses que eu estou aqui, não tinha me caído aficha como está me caindo agora, nem mesmo com as vezes que ele abusou ou meagrediu, foi tão dolorido como me ver vestida de noiva e andar em sua direção,fingir que estou feliz era a pior coisa do mundo.Eu tinha esperança que conseguisse fugir daqui sem ao menostentar, na minha cabeça eu era forte e capaz de dizer não a ele, de dizer quenão iria me casar ou de contar toda a verdade para os jornalistas, mas eu nãoera e eu cheguei a conclusão que eu era medrosa o suficiente para ser submissaa tudo isso, acreditar que a mãe dele era minha amiga, acreditar que após osim, eu seria feliz ao lado dele, só que a verdade e a realidade é outra, euestou sendo o fantoche nas mãos de todos.Após esse casamento eu seria obrigada a engravidar e carregar umfilho dele, porque até o sexo da criança tinha sido decidido e quem sabe atémesmo o nome, vai saber se poderia criar meu filho, ficar perto dele ou tomardeci
Yolanda narrandoDepois de algumas horas de viagem de avião, nos chegamos a umhotel, estava noite e não deu para ver muita coisa sobre o lugar que a genteestava, nos entramos dentro de uma casinha que tinha um quarto maravilhoso, elemesmo tinha trazido as malas e o tempo todo em silêncio.— Vamos descansar que amanhã o dia será cheio –ele fala.— Eu vou tomar um banho – eu respondo e eleassente.Eu pego a minha mala levando para o closet que tinha ali, quandoabro não tinha tantas opções confortáveis para dormir, eu não tinha feito aminha mala, porque nem as minhas roupas eu conseguia escolher, eram camisolas ecamisolas , transparentes e decotadas. Eu pego qualquer uma e tomo um banhovestindo ela, eu não sei se ele queria ter a noite de nupicias, ele está tãocalado que era estranho saber qual era sua intenção.Quando eu volto para o quarto, ele está no lado de fora tomandouma taça de vinho.— Onde estamos? – eu pergunto— Maldivas – ele responde ainda encaran