Yolanda narrandoAcho que nesses meses que eu estou aqui, não tinha me caído aficha como está me caindo agora, nem mesmo com as vezes que ele abusou ou meagrediu, foi tão dolorido como me ver vestida de noiva e andar em sua direção,fingir que estou feliz era a pior coisa do mundo.Eu tinha esperança que conseguisse fugir daqui sem ao menostentar, na minha cabeça eu era forte e capaz de dizer não a ele, de dizer quenão iria me casar ou de contar toda a verdade para os jornalistas, mas eu nãoera e eu cheguei a conclusão que eu era medrosa o suficiente para ser submissaa tudo isso, acreditar que a mãe dele era minha amiga, acreditar que após osim, eu seria feliz ao lado dele, só que a verdade e a realidade é outra, euestou sendo o fantoche nas mãos de todos.Após esse casamento eu seria obrigada a engravidar e carregar umfilho dele, porque até o sexo da criança tinha sido decidido e quem sabe atémesmo o nome, vai saber se poderia criar meu filho, ficar perto dele ou tomardeci
Yolanda narrandoDepois de algumas horas de viagem de avião, nos chegamos a umhotel, estava noite e não deu para ver muita coisa sobre o lugar que a genteestava, nos entramos dentro de uma casinha que tinha um quarto maravilhoso, elemesmo tinha trazido as malas e o tempo todo em silêncio.— Vamos descansar que amanhã o dia será cheio –ele fala.— Eu vou tomar um banho – eu respondo e eleassente.Eu pego a minha mala levando para o closet que tinha ali, quandoabro não tinha tantas opções confortáveis para dormir, eu não tinha feito aminha mala, porque nem as minhas roupas eu conseguia escolher, eram camisolas ecamisolas , transparentes e decotadas. Eu pego qualquer uma e tomo um banhovestindo ela, eu não sei se ele queria ter a noite de nupicias, ele está tãocalado que era estranho saber qual era sua intenção.Quando eu volto para o quarto, ele está no lado de fora tomandouma taça de vinho.— Onde estamos? – eu pergunto— Maldivas – ele responde ainda encaran
0Yolanda narrandoAlejandro está no telefone falando várias coisas e está bemnervoso aliás, anda de um lado para o outro dentro do quarto, eu vou para fora ecomeço andar para todos os lados naquela sacada , olhando para baixo, vejoalgumas pessoas dos quartos ao lado entrando e nadando nesse mar, elas erammais altas do que eu e a água fica na altura do pescoço deles, imagina em mimque sou baixa, na fazenda tinha rios mas nossos pais não deixava a genteentrar, eu sempre fui medrosa, Virginia sempre foi aventureira e não ligava ementrar ou não.Eu me deito naquela rede e me viro de barriga para baixo, olhandoos peixinhos que estão nadando, eles sempre estão em cardumes e eles eramlindos.— Eu não posso acreditar em uma coisa dessa –Alejandro fala nervoso no celular, eu me viro olhando para ele que está naporta do quarto me encarando – Aquele filho da puta pensar em entrar comocandidato, isso é um golpe. – Ele balança a cabeça – As eleições já era paraestá acontecendo e a
Virginia narrando— Olha esse lugar – Kaio fala e eu encaro ele.— Esse lugar é lindo de mais – eu falo e ele meabraça.— Eu te amo – ele fala colocando a mão sobre meurosto.— Eu também, a melhor coisa da minha vida foiter vindo com você.— Eu não suportaria te ver casada com aquelehomem.— Nem eu – eu respondoA gente estava em Portugual na cidade de Braga, sentamos em um barque tinha ali e pedimos algumas coisas para comer e beber, Kaio me encarava otempo todo com um sorriso no rosto e beijava a minha mão, eu estava muito felizem está com ele aqui, de ter largado tudo para ficar com ele.— As noticias no Mexico são as melhores – a repórterfala e me faz olhar a televisão – Ontem o casamento do atual candidato agovernador Alejandro com sua noiva Yolanda – eu vejo os dois, ela vestida denoiva ao lado dele acenando para todos.— Sua irmã – Kaio fala— Ele casou com ela – eu respondo olhando— E seus pais deixaram?— Meu deus, eu dev
Yolanda narrandoQuando chegamos no novo hotel, eu respiro fundo, arrumamos asnossas coisas, eu coloco uma outra roupa e Alejandro está com a televisãoligada.— Pietro, primo do atual do candidato Alejandro,também vai se candidatar ao governo do México – a repórter fala e eu saio dobanheiro, prestando atenção no que ela disse. Ele desliga a televisão.— Um primo seu vai se candidatar? – eu perguntopara ele.— Sim – ele responde – traição daquele filho daputa – ele fala nervoso e eu o encaro. – Mas isso não vai ficar assim.Agora eu entendo por que ele está tão tranquilo comigo, tinha outraspessoas para ele se preocupar. Eu troco de roupa e vamos jantar.Os dias foram passando e nossa lua de mel foi acabando, era apenasquatro dias, tivemos momentos muito planejados, visitamos vilas, orfanatos, nosencontramos com chefs de estados , tudo menos uma lua de mel e eu agradeço issomentalmente.Alejandro está cumprindo muito bem o que ele disse, que não encostariamais um
Yolanda narrandoEu estava do seu lado enquanto ele discursava, só tinha apoiadoresdele, eu olhava para todos sorrindo o tempo todo, observava aquelas pessoas enenhuma era da classe de Alejandro ou de sua família, eram pessoas simples, quevestiam roupas simples, com suas famílias completas, acreditando nas promessasde Alejandro. Ver essas pessoas aqui e observar elas pela primeira vez, me fezver o quanto ele era forte com suas palavras, o quanto ele passava confiançaaquelas pessoas.— Juan – eu falo dando um passo para trás eficando ao seu lado.— Sim – ele responde— De onde são essas pessoas? São dos vilarejos?— Sim – ele responde— Estão todos aqui por vontade própria?— Sim – ele me olha – porque?— Você tem certeza disso? – eu questiono— Tenho, porque estaria mentindo? – ele perguntaEntão eu saio de cima do palco, trazendo o olhar de Cecilia e Paolapara mim, eu não olho para trás para ver se Alejandro sentiu que eu sai dopalco, mas vou
meu instagram @palomakemm me segue lá!!Alejandro narrandoEu olho para Yolanda vendo-a conversar com uma moça grávida novilarejo, ela juntou tudo que poderia de enxoval para criança para entregaraquela mulher e todos os itens de alimentação, higiene, brinquedos para oresto, ela fez isso em apenas um dia com ajuda da minha mãe, de Cecilia, apoiodo meu pai e Juan, e eu? Eu besto tinha que acompanhar, sorrir e dizer quetinha sido uma ação minha e dela juntos.— Muito obrigada – aquela moça grávida fala –vocês são muito generosos e com certeza você terá o nosso voto.— Obrigado – eu respondo – que Deus abençoe avida de vocês.— Sua esposa é um anjo – a mulher fala –obrigada dona Yolanda.— Pode me chamar apenas de Yolanda – ela fala.Eu encaro Yolanda que me encara, eu respiro fundo e continuo comtoda essa presepada que ela tinha arrumado, essa seria a primeira e a últimavez que Yolanda iria fazer algo dessa forma, eu não deixaria mais ela se meterem meus assun
YOLANDA narrandoEle me encara com raiva em seu olhar, ele se afasta de mim,passando a mão pelo seu rosto.— Eu não sou a mulher que você queria ao seulado, eu não sou a minha irmã – ele me encara – eu não sou sua secretária e nemdesejo ser parecida com nenhuma das duas.— Sua voz está me irritando – ele fala.— Tudo em mim, irrita você, não é mesmo? Eurespirar ao seu lado te irrita. Te irrita eu ser comportada, usar roupascomportadas, te irrita não ser provocante 24h do dia, não provocar seus amigos.— Eu vou dormir fora – ele fala.— Você foge, foge da verdade – ele me encara –Eu fui criada Alejandro para servir todos os homens, deitar na cama abrir a perna,engravidar, criar os filhos, sorrir, arrumar uma casa, tocar piano, falarvárias línguas, ser a esposa perfeita, anfitriã perfeita, saber me comportar emtodos os momentos que eu tivesse que passar ao lado do meu marido eprincipalmente agradar ele com minhas atitudes.— Você não me agrada.— Po