Júlia:

Alguns dias antes de te conhecer....

Quando chego em casa toda  feliz a noite, conto  as novidades para  minha família que não acharam grande coisa, minha mãe fala que não queria esse vida para  mim, ela disse que a vida dela toda ela fez faxina e que sempre teve um sonho, em me  ver  trabalhando nenhum emprego melhor que o dela, eu me senti triste e chateada com suas palavras, mas não falei que eu também queria outro emprego de reacionista ou secretaria,  apenas falo que  vou receber um ótimo salário  com muitas vantagens, que vai  dar para  pagar  minha faculdade de direito que sempre sonhei, mesmo assim eles não se animaram, talvez um pouco quando mostrei o papel da faculdade, todos olharam, mas mesmo assim não ficaram muito felizes.

Saio da minha casa com muita vergonha de não ser a garota bonita que eles merecem como filha, fui  na casa da minha vizinha, ela sempre tinha conselho ótimo, um deles era nunca transa com um homem bonito, eu sorria sempre que ela fala sua história de amor com um homem bonito e cafajeste, mas eu não tinha com que me preocupar, quem iria querer uma coisa esquisita como eu.

Assim que chego na casa de minha amiga Cristina ela estava bebendo cerveja sozinha com alguns salgadinhos e fica muitofeliz em me ver, Cristina me dar uma cerveja enquanto me pergunta.

— Porque você está com está carinha? Vamos beber para esquecer os problemas (ela fala já com uma voz mole)

— Eu arrumei um trabalho na Miller Corporation, (ela bater palmas) como faxineira e minha família ficou muito decepcionada comigo (falo tomando minha cerveja) 

— Não vejo problema algum com isso, desde que seja um trabalho honesto, todo trabalho é bom ainda mais nesta empresa internacional. (Ela bebendo tranquilamente) 

— Sim, foi o que falei para eles, eles pensam que é fácil um cargo importante, para conseguir entrar tem que ter faculdade, mas  o importante é que vou começar minha faculdade dos sonhos ( falo feliz) minha amiga corre me abraçar e nós começamos a pular de alegria, minha amiga as vezes parece mais infantil de minha irmãzinha, Cristina ele tem 25 anos, ela é linda, loira com olhos verdes,  seu cabelo é  maravilhoso, um lindo corpo cheio de curvas, as vezes morro de inveja dela, mas eu sei que ela já passou pouca e boas, seu irmão era um traficante perigoso e seu namorado um delegado, isso não acabou bem para ninguém, o namorado prendeu o irmão que morreu na cadeia,  morto por uma facção inimiga, ela ficou sem irmão e sem namorado, isso acabou com ela minha amiga, que  ficou muito depressiva preciso tomar até remédios, agora ela mora sozinha,  está  bem mesmo sem namorado, ela fala homens não presta, agora ela trabalha em uma casa noturna, um dos lugares mais badalados de São Paulo eu moro de vontade de conhecer.

— Se aparecer um extra no final de semana onde você trabalha, por favor me chame preciso de dinheiro. (falo fazendo cara de cachorro sem dono)

— Não sei não, acho você muito doce para trabalhar naquele lugar, tem muitos homens bebendo que fica mexendo, tentando passar a mão, você é uma gatona ingênua por ser perigoso (ela fala me olhando)

— Por favor Cris, eu prometo ficar do seu lado e não deixar nenhum um babaca me intimidar (falo fazendo beicinho) ela começa a gargalhada bastante e depois me diz.

— Com essa carinha como posso dizer não. 

Ficamos até tarde bebendo e falando da nossa vida  como era segunda feira Cris não trabalhava era  seu dia de folga, já  eu iria começar no trabalho na terça feira,  acabei bebendo de mais indo dormir tarde e agora estou aqui no meu primeiro dia de trabalho com uma ressaca danada, minha cabeça parece que vai explodi, eu não sou acostumada a beber tanto, na verdade sou bem fraca para bebidas, eu tomei um pouco só de cerveja e estou aqui morrendo imaginar se fosse algo mais forte. 

O trabalho foi mais fácil que pensei, era para limpar as repetições, banheiro recolher lixos que na maioria das vezes eram papéis,  nós éramos em sete pessoas, meu chefe dividia o trabalho igualmente então ninguém ficava sobrecarregado, mas tinha os pessoas que trabalham na diretoria o no depoimento pessoal em outros escritórios, que fazia questão de nos tratar como o próprio lixo,  porque se acha superior,, eu não me importo afinal eu estou para poder realizar meu sonho, pagar minha faculdade e me tornar uma advogada de sucesso, mas fora isso era suave, meu chefe era cheio de regras, mas ele era um cara legal, trabalhar  aqui estar sendo  muito legal eu tinha feito amizades, com o rapaz que trabalhava comigo, tinha uma garota da recepção que ficamos amigas, as vezes minha amiga Cristina dizia que eu não via maldade em ninguém, não era verdade eu via a maldade das pessoas só não me importava com os comentários maldoso ou ofensivo delas, sabia onde era meu lugar tinha uma regra que nós os faxineiros não podiam almoçar no mesmo lugar que os de cargos grandes como diretores, secretárias, gestores e até os estagiários eram considerados melhores que nós, eu sempre ficava na minha, com  cabeça baixo fazia tudo que me pedia eu preciso do dinheiro não vou me importar com pessoas me intimidando, era impressionante como aquela mulher do marketing me odiava eu não tinha feito nada para ela e mesmo assim ela estava sempre me humilhando, eu fugia do sétimo andar onde ela trabalhava, todos meus colegas sabiam e trocavam de tarefas comigo, meu amigo João ele sempre fazia minhas tarefas quando cair no sétimo andar, estava sendo muito divertido trabalhar nesta empresa, eu ouvia as meninas fala muito do dono da empresa, que ele  é muito bonito e gostoso,  solteiro sem namorada, o homem dos sonhos de todas as mulheres, eu estava doida para conhecer ele também para ver se era isso tudo, mesmo que fosse só para admira de longe porque eu jamais ficaria na mesma sala que um pessoa dessa, um homem bonito rico jamais iria se quer falar comigo, mas olha não arranca pedaço.