Dia de Beleza

Como era sábado, decidir acordar mais tarde. Estava tendo um sonho perfeito, quando Tereza entrou dentro do quarto, as 8 horas da manhã. 

 

— Acorda, Mayli! Hoje é o grande dia— disse.

 —Deixe-me dormir, eu estou morrendo de sono!— coloquei o travesseiro na cabeça.

Ela ligou o rádio bem alto e começou a cantar aquela música insuportável. 

 

— Levanta, amiga! Temos cabeleireiro, manicure e pedicure. 

Shanice acordou irritada, entrou no cômodo e perguntou: 

— Que barulho é esse? Estou morrendo de sono! 

—Meninas sabem que dia é hoje? 

—Eu não estou nem ai, Tereza. Saia do meu quarto, por favor!— falei. 

— Marquei um dia de beleza para nós, temos hora marcada— chegou perto de mim—, Levanta logo ou vou ficar aqui gritando o dia todo. 

Sentei-me na cama sem forças, ela puxou-me e acabei cai no chão. 

— A gente não tinha combinado de acorda mais tarde hoje— exclamei. 

— May, temos compromisso antes da festa. Preciso ficar gostosa de qualquer jeito!— disse Tere.

— Você e suas loucuras

revirei os olhos. 

— A empregada já preparou o café da manhã! Estou lá em baixo esperando vocês duas. 

— Vou tomar um banho, daqui a pouco eu desço— proferir.

 Vestir uma roupa confortável e desci. 

— Bom dia, Lúcia!— disse assim que cheguei à cozinha.

 — Bom dia, senhorita Mayli. 

 

— Me chama de May, por favor! 

— Tereza esta demorando tanto!— falou Shanice. 

— Lúcia, você pode avisa-la que nós vamos nos atrasar? 

Tereza ouviu tudo e desceu as escadas e disse: 

— Você não deve da intimidade aos empregados, Mayli. 

— Pare com isso, Tereza. Não gosto de tratar as pessoas com indiferença— falei chateada. 

— Odeio esse seu jeito de defensora dos oprimidos— olhou severamente. 

— Parem!— Shanice balançou os braços. — Já estou pronta! Vocês duas podem parar de brigar agora? 

— Não estamos brigando, Shan! Só estou colocando um pouco de juízo na cabecinha da Mayli. 

— Devo agradecer por tratar me como crianças? Estou crescida e sei me cuidar muito bem! 

O telefone tocou:

 > Alô? Mayli, minha filha. Sou eu seu pai. 

 

> Bom dia! Como o senhor e a mamãe estão? 

> Estamos morrendo de saudades, meu amor! O carro chegou no dia previsto? 

> Sim! Ele foi entregue ontem. Diz a minha mãe que mais tarde eu ligo, quero falar com ela. 

> Tereza e Shanice como estão? 

> Mal nenhum alcança essas duas, pai.

 Neste momento, elas tomaram o telefone da minha mão e ficaram conversando com ele.       

— Meninas vou lá em cima pegar minha bolsa— falei. 

— Aproveita e traz a nossa, May. Não podemos nos atrasar. 

— Diga ao meu pai que o amo muito, mais tarde eu torno a ligar. 

— Está bem! Vou dar o seu recado, mas...Anda logo— falou apressada. 

— Você está muito desesperada, Tereza. Sossega o faixo.

 — Vou tentar sua chata! 

 

Depois que desci, fomos até o carro. 

 

— Posso dirigir, Mayli. Por favor! 

— Pode sim, Shanice! Toma a chave— entreguei a ela. 

— Vamos logo, meninas. 

Demorou cerca de 30 minutos até chegarmos lá. O lugar era bem bonito e organizado. Fomos a recepção. 

— Bom dia! Temos hora marcada— disse Tereza.

— Bom dia! Deixa eu só conferir os nomes de vocês— falou vendo a ficha de horários—, Ok! Podem ir sentar e aguardar só um pouco, pois, já serão atendidas. 

Os profissionais nos chamaram e fomos lavar os cabelos. Logo depois a manicure e pedicure chegaram. 

— Mayli, o seu cabelo está muito grande! Por que não corta um pouco?— perguntou. 

— Não, Tereza! Só vou retira as pontas quebradas e ressecadas— respondi enquanto acariciava as madeixas. 

— Eu vou querer um corte repicado, aquele que chamam a atenção dos homens. Não quero ficar com cara de santa! 

— Meu Deus! Ninguém precisa saber do seu desespero garota— falei com vergonha. 

— E você, Shanice? Vai querer algum corte específico?— falou mudando de assunto. 

— Sim! Quero cortar um pouco, deixar no meio das costas.

—Ah... Vai ficar lindo! 

— Não quero muito longo, nem muito curto, entendeu?— falou  à cabeleireira. 

— Claro que sim!— respondeu. 

Passamos a manhã inteira no estabelecimento, saímos três horas da tarde. Fomos direto ao restaurante almoçar. O garçom veio até nós, fizemos os nossos pedidos e ele foi embora buscá-los. 

— Seu cabelo ficou incrível, Tereza— falei. 

— Eu também amei o corte e a cor vermelha!—disse Shanice. 

— Obrigada, meninas! 

— Nós ficamos incríveis, vamos arrasar corações naquela festa— falou a doida animada. 

Terminamos de almoçar e fomos embora. Chegando a casa, fui descansar um pouco, estava morta. 

— May! Não esqueça que a maquiadora chega daqui a 1 hora. 

— Quando ela chegar você me acorda, Shanice?

— Acordo sim, amiga! 

          ∆•••••No quiosque•••••∆ 

 

O pai do Deivid aproximou-se dele e disse:

 — Filho! O Gael ligou mais cedo, perguntando se você vai à festa dele hoje a noite. 

 

— Não quero ir, pai! Tenho muito trabalho a fazer. 

— Mas, Deivid! Ele é o seu melhor amigo— o olhou desconfiado. — O que está acontecendo? 

— Conheci uma garota na universidade, é minha colega de classe. Eu estou me apaixonando por ela e o Gael também. 

— Isso não é motivo para não ir à festa? 

— Mayli vai está lá! 

— Idai?— disse. — Deivid, você e o Gael são amigos de infância! Não deixe uma garota qualquer destruir a vossa amizade. 

— As amigas dela irão, pai. Elas não gostam de mim. 

— Como você sabe? 

— Um dos garçom foi servi-las na praia e ouviu a Tereza falando que não sou homem para Mayli. Porque sou pobre e ela é a garota mais rica da universidade. Por isso resolvi me afastar dela. 

— Esquecer essa garota, Deivid. Ela vai trazer problemas— alertou. 

— Estou tentando tirá-la da cabeça, contudo, não consigo— disse frustrado. 

— Tenta ficar com alguma garota legal, meu filho. Você logo irá esquecê-la. 

— Vou seguir o seu conselho! 

— Eu só desejo o melhor a você, filho. Vou lhe dar folga essa noite. Vai à festa do Gael e divirta-se. Vê se esquece essa garota de uma vez por todas. 

— Está bom! Farei isso.

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