MELISSA Franzo as sobrancelhas em confusão. – O que você quer dizer? – Pergunto, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas quando ele se aproxima de mim e agarra meu braço, me puxando para seu peito. – Você quer descobrir? – Murmura em meu ouvido e eu tremo com a proximidade de seus lábios, sentindo meu coração bater rápido demais. Sinto seus olhos queimando na lateral da minha cabeça enquanto engulo o nó na garganta, meu corpo ficando quente. – E... eu não sei o que você quer dizer. – Digo, me afastando dele e caminhando de volta para o tatame onde Carlo estava torcendo por dois caras que estavam lutando. Não posso cair na armadilha dele. Não posso. Cruzo as mãos sobre o peito enquanto fico ali, observando os dois homens antes de decidir que era sangrento demais para eu aguentar. – Ei, acho que já vou indo agora. – Murmuro para Carlo e ele olha para mim como se eu fosse louca. – Você ainda não viu a melhor parte, seu noivo é o próximo! – Carlo diz, e assim que virei a ca
MELISSA– Melissa? Você está viva? – Ouço uma voz suave e distante, me acordando do meu sono. Estremeço com o brilho do sol no meu rosto enquanto meus olhos se abrem lentamente, eu estava extremamente confortável na cama e realmente não queria levantar.Alguém bate na minha porta e eu rapidamente me levanto com um gemido, abrindo-a e encontrando Madison segurando uma bandeja nas mãos com um grande sorriso no rosto.– Bom dia, senhorita, trouxe café da manhã para você! – Ela diz, e eu sorrio suavemente enquanto pego a bandeja e caminho cuidadosamente até a cama, tentando não deixar nada cair.– Obrigada, Madison. – Digo enquanto abro a caixa e encontro panquecas fumegantes de chocolate com calda e frutas frescas, além de um copo de suco de laranja ao lado.Quase babo ao ver a comida e rapidamente como as panquecas doces.– Uau, ele realmente se superou com esses presentes. – Diz enquanto olha ao redor da sala. Tudo ainda estava onde encontrei, intocado.– Você pode ficar, eu não quero
MELISSA Estou ficando louca. Acordei às 7 da manhã hoje e tenho me movimentado sem parar desde então. Madison teve que garantir que ninguém me incomodasse hoje para que tudo pudesse correr perfeitamente para o casamento. Eu tinha acabado de terminar uma massagem que foi o mais relaxada que estive o dia todo. – Vamos começar a arrumar o cabelo e a maquiagem em breve, mas primeiro vou pegar algumas frutas para você comer. – Uma das empregadas divaga, riscando coisas de uma lista. O casamento era às quatro e meia e já era quase uma e meia. Suspiro enquanto me reclino na cadeira, observando enquanto os materiais de maquiagem e cabelo estavam sendo arrumados. Eu estava vestida com um robe rosa e meu cabelo estava recém-lavado, preso em uma toalha fofa. – Está animada, senhorita? Hoje é o grande dia! – Uma das empregadas de quem me aproximei hoje, chamada Bianca, disse, com os olhos brilhando. Não tenho certeza se ela sabia da verdadeira realidade desse casamento que ela parecia adora
MELISSA – Ah, eu estava prestes a entrar. – Eu rio nervosamente, sem saber se devo confiar nele ou não, especialmente porque toda essa cerimônia estava cheia de pessoas da máfia russa e italiana. Ele estende a mão para mim com um grande sorriso, seus olhos brilhando sob a luz. – Claro, senhorita, meu nome é Peterson Ivanovich. Peço desculpas pela apresentação tardia. – Ele ri enquanto eu hesitantemente estendo minha mão para apertar a dele. – Você é russo? – pergunto depois de ouvir seu nome. – É claro que é muito decepcionante ver a linda filha do nosso líder russo se casar com aquele italiano canalha. – Ele suspira e eu franzo as sobrancelhas com sua escolha de palavras. – Certo... – eu digo, afastando minha mão da dele. – Ah, vamos lá, até eu posso dizer que isso foi tudo arranjado, está tudo bem, eu o odeio tanto quanto você. – Ele sussurra brincando, mas não acho que tenha sido uma piada. Como ele sabia que nosso casamento era arranjado? Não poderia ser tão óbvio assim.
MELISSA Rapidamente me obrigo a voltar aos meus sentidos quando percebo que ele já estava subindo as escadas e caminhando em direção ao corredor onde ficava o quarto. Meu passo acelera, quase uma corrida para alcançá-lo, mas suas pernas longas não estavam sendo úteis hoje.Estou prestes a pular na frente da porta, mas falho quando ele alcança a maçaneta antes de mim, abrindo-a rapidamente. Meus olhos se arregalam e ele olha para o quarto em silêncio, ainda parado na porta.Ótimo.– O que é isso? – Ele diz, virando-se para mim. Olho em volta, apontando um dedo para mim mesmo como se houvesse outra pessoa com quem ele pudesse estar falando magicamente.Não poderia ser tão ruim, certo? Eles disseram que só fariam rosas...Eu me movo para perto dele para espiar pela porta e quase engasgo com o ar. Havia rosas vermelhas por todo lugar, velas acesas, música suave tocando e lingerie preta rendada estendida na cama com uma cesta de preservativos na mesa de cabeceira.Olho em silêncio, contem
RICHARD Saio do quarto, batendo a porta enquanto caminho rapidamente pelos corredores, abotoando minha camisa. Passo a mão pelo cabelo em frustração, sem me preocupar em abotoar completamente a camisa social.Não sei que porra ela estava fazendo comigo, mas não era bom. Eu não conseguia nem me forçar a transar com ela. Toda vez que eu olhava nos olhos de cachorrinho dela, eu via alguém que merecia mais. Ela merecia amor, e eu não era quem poderia dar isso a ela.Eu sabia que ela ficaria brava comigo, mas eu queria isso. Eu tinha que parar de dar a ela qualquer esperança de que algo aconteceria entre nós. Eu odiava admitir, mas ela já tinha um efeito sobre mim e eu tinha que me distrair antes que piorasse.Eu bato a porta, o quarto estava escuro como sempre. Meus olhos pousaram em seu corpo patético ainda deitado no chão.– Eu te dei tempo para decidir se você quer sua vida ou não, responda agora antes que eu atire uma bala por cada vez que você tocou nela. – Eu digo, virando um copo
MELISSA Meu estômago embrulha quando os quatro homens grandes se afastam e Richard entra. Só a presença dele já deixava a tensão na sala alta, como se todos estivessem com medo de fazer algo errado. Ele tira seus óculos escuros caros, andando até a mesa em que estávamos e sentando-se bem ao meu lado. Eu podia sentir seus olhos queimando em mim, e não de um jeito bom. Eu o olho e sinto minha boca ficar seca com o olhar raivoso que ele tinha. Finjo que não noto sua raiva e rapidamente pego o menu de volta da funcionária, fingindo que estava lendo. De qualquer forma, ela merecia por ter sido tão rude comigo e com Peterson. – O Sr. Salvatore eu... que visita inesperada. – A mulher diz, tropeçando nas palavras enquanto abaixa a cabeça. Ela não se incomodou nem um pouco quando eu peguei o menu, na verdade, quase parecia que seus olhos se transformariam em corações a qualquer momento. – Pegue o pedido da minha esposa. – Ele diz e eu ainda podia sentir seu olhar em mim. Olho para ele e
MELISSA – O que há com você? Porque sempre dirige tão rápido? – pergunto, aterrorizada com a velocidade obviamente ilegal em que ele estava. Viro a cabeça quando ele não responde, observando seus olhos frios focados na estrada à sua frente, sua mandíbula cerrada. Engulo o nó na garganta, percebendo o quão bravo ele parecia. O que ele ia fazer comigo? Não pensei que isso o deixaria tão bravo. Memórias do meu pai me batendo passam pela minha cabeça depois que eu cometia um erro e sinto meu rosto ficar pálido. Ele faria o mesmo? – Você pode, por favor, ir mais devagar? – Eu sussurro, fechando os olhos com medo. – O que diabos você estava pensando ao sair com outro homem e se vestir desse jeito? – Ele grita, apertando o punho no volante. – Peterson não é assim, ele é só um ami... – Você é burra? Ele não quer ser seu amigo, quão ingênua você pode ser? – Ele cospe e eu o encaro, furiosa por ele achar que Sebastian era assim. – Somos apenas amigos, e mesmo que fosse algo ma