Kyle..Eu amanheci o dia tentando me convencer que pela primeira vez eu iria fracassar em algo, que não existia nada que eu pudesse fazer pra mudar aquela realidade.Eu me arrumei e fiz o meu café de forma automática, eu não iria dar aula pra Celine, mas o fato de eu saber que ela não estaria ao alcance das minhas mãos e nem dos meus olhos me deixou um pouco deprimido.Era inacreditável que algo que estava caminhando tão bem, foi pro ralo em míseros dias.Quando eu cheguei na universidade, apesar de não estar muito sociável, eu me obriguei a sorrir e a ser simpático, afinal se a intenção era eu voltar a vida de antes, eu precisava esquecer da vida que eu tentei viver, não deu certo, acabou, já era, então dali em diante eu iria ter compromisso apenas comigo mesmo.Enquanto as alunas invadiam o meu espaço, a Monique se manteve distante e retraída, não que eu estivesse sentindo falta do apego e da falta de noção dela, mas porque me fez lembrar que eu estava adiando as desculpas que eu
Celine..Eu não estava de fato doente, mas eu fiz exatamente o que minha mãe me mandou, eu preparei um chá, depois fui deitar e não sei ao certo em que momento eu peguei no sono, mas quando acordei já haviam se passado muitas horas.Eu olhei o horário e faltava poucos minutos pras 05:00 da manhã, ou seja, eu tinha pulado todas as refeições e em breve teria que ir pra universidade.— Desse jeito eu vou acabar ficando doente de verdade, como posso ter dormido tanto?Falei já saindo da cama.Eu caminhei até o banheiro, fiz toda a minha higiene pessoal, depois fui pra cozinha preparar uma vitamina, ovos e torradas.Eu sentei na mesa e pensei na minha vida enquanto comia, eu sabia que existiam muitas coisas fora do lugar e que eu acabei agindo de forma imatura, inventando desculpas pra não lidar com as consequências dos meus próprios atos e escolhas.A Karen tinha razão quando disse que aquela era só a primeira decepção que eu passaria, era o meu primeiro relacionamento e eu ainda conhec
Kyle..Eu sempre ouvi falar que homem tinha o costume de pensar apenas com a cabeça de baixo, mas naquele momento a minha cabeça de cima decidiu funcionar.No meio do caminho de volta pra casa, eu parei em um sinal, totalmente perdido em pensamentos, até que eu lembrei do gênio ruim da Celine, e esquecer daquele detalhe foi um grande erro.— Porra, porra, porra! Ela vai matar a Monique quando souber o que ela fez.O sinal abriu e não existia nenhum retorno, então eu peguei o meu celular e tentei ligar pro Éder, pra que ele não falasse nada pra Celine até eu voltar pra universidade, mas ele não atendeu.— Aquele velho tarado só pode estar comendo a secretária, que inferno.Quando finalmente eu cheguei em um retorno, a porra do carro de trás bateu no meu com tanta força que o meu carro subiu no canteiro.— Isso só pode ser brincadeira, isso não pode estar acontecendo, não, não, não, agora não.Eu saí do carro e fui ver o estrago, e um idiota saiu do carro de trás já me xingando.— Voc
Celine ..Eu fui direto pro refeitório da universidade, sentindo todo o meu controle indo embora.— Celine? Algum problema gata?— Agora não estou podendo falar Luke. Quando eu cheguei no refeitório eu olhei pra todas as mesas e não a vi, então o sinal da universidade tocou, avisando que estava na hora da aula.— Ótimo, assim fica mais fácil encontrá-la. Eu caminhei até a sala da Monique, que era em um corredor paralelo ao da minha sala, e assim que cheguei na porta, eu vi o professor aguardando os alunos sentarem e no meio da sala estava aquela vagabunda. Eu tentei passar informações pra minha mente de que o melhor era manter a calma, mas a minha vontade era de ir até lá e arrastá-la pelos cabelos. Os alunos ficaram olhando pra mim, e eu fui obrigada a reagir logo, antes que eles me achassem uma louca.— Com licença professor, mas o reitor está chamando a Monique na sala dele.— Agora? Na hora da aula?— Sim, agora mesmo.Eu olhei pra ela e o olhar dela era de desconfiança. —
Kyle..Passamos o resto do caminho em silêncio, eu tive medo de falar algo e ela novamente jogar na minha cara o que eu tinha feito.Assim que chegamos em casa ela tentou abrir a porta pra sair e não conseguiu.— Destrava a porta que eu quero descer.Eu a ignorei e abri o portão automático da minha garagem.— Eu não quero entrar na sua casa Kyle, destrava a porra do carro.Eu entrei na garagem, e só destravei a porta do carro depois da garagem fechar.— Você é ridículo.Ela saiu e bateu a porta do carro com força e foi caminhando até a porta, mas a mesma estava trancada.Eu saí do carro e ela me olhou furiosa.— Eu não estou brincando kyle, me deixa sair agora.Eu caminhei em direção a ela em silêncio, e ela tentou se afastar, mas eu a segurei pela cintura e colei o corpo dela no meu.— Você vai fazer o quê se eu não deixar?Ela ficou me encarando, imóvel, sentindo apenas a minha respiração no rosto dela.— Você pode bater os pés, gritar, e falar absurdos ao meu respeito, mas você s
Celine..O silêncio dentro do carro me fez pensar em várias coisas, uma delas era como eu sempre acabava sendo contornada pelo Kyle.Qualquer pessoa diria que era burrice alimentar situações que tinha tudo pra me magoar, e eu continuava ali, podendo fugir, mas optando por deixar ele no controle da situação.Quando chegamos na casa dele, eu queria descer do carro e finalmente me livrar daquela vontade toda de beijá-lo e ter as mãos dele novamente em mim, mas ele ignorou mais uma vez todos os meus pedidos.Quando entramos na garagem dele, e eu vi que ele não iria me deixar sair, eu percebi as reais intenções dele.Ter o rosto dele tão perto do meu e dizendo que só iria me deixar sair depois de eu gritar de prazer, fez literalmente a minha calcinha encharcar.Não era como se eu tivesse mesmo presa no lugar, na verdade eu estava presa no homem que ele era, e por mais que eu tentasse impor uma vontade mentirosa de ir embora, todo o meu corpo clamava pra ser fodida por ele.Sentir a língu
Kyle..Quando ela me olhou, depois de ter me dado uma visão privilegiada do paraíso, a ficha caiu.Ela saiu de cima de mim como se estivesse fugindo, e quando eu a questionei, ela disse que eu já havia conseguido o que eu queria.Naquele mesmo momento eu lembrei que havia gozado dentro dela, e aquilo era algo que eu não poderia ignorar, afinal quando eu havia conversar com os pais dela, foi deixado claro pra mim que eu não poderia engravidá-la, eles haviam confiado em mim e eu jamais poderia atrapalhar o futuro da Celine com um filho.Eu levantei e fui atrás dela no banheiro, e falei que ela precisava tomar a pílula do dia seguinte, eu notei o olhar dela de decepção, o que me deixou totalmente confuso. Ela queria ser mãe? Tão nova? Com um futuro inteiro pela frente?Eu optei por não perguntar aquilo a ela, aquele assunto ainda era algo que eu não pretendia conversar tão cedo.Ela concordou com a cabeça, mas logo em seguida envenenou a situação ao ponto de me colocar mais uma vez em
Aquilo realmente estava me deixando nervoso e fora de mim, foi preciso eu ler todo um artigo e me segurar no fato de que as chances eram poucas, mas ainda sim não anulava o fato de ser possível. Depois de muito quebrar a minha cabeça, eu simplesmente aceitei a derrota e fui me vestir pra ir buscar as coisas da Celine na universidade.Eu passeio todo o caminho literalmente pensando na porra da minha vida, e me xinguei mentalmente por todas as vezes que eu tive oportunidade de guardar o meu pau e não guardei. Eu só tinha 27 anos e não estava pronto pra ser pai, muito menos de dois filhos.Quando eu cheguei na universidade, os alunos estavam fora de suas salas e exatamente todos olharam pra mim, mas eu não vi a Monique, até as alunas que costumavam ficar no meu pé, ficaram distantes, eu entrei na sala da Celine, ignorei os olhares das pessoas, e depois saí de lá o mais rápido que pude. Eu deixei o meu carro no estacionamento e sai com o carro da Celine, pois pra mim não havia problema