Mundo de ficçãoIniciar sessão
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10. Um encontro
O caminho que Selene havia seguido, com sucesso, a levou a uma saída nos fundos do palácio. Pelos ruídos que vinham da sala próxima, da qual ela estava separada apenas por uma parede, ela sabia que era a cozinha, e lá estavam os guardas e trabalhadores do reino, jantando, assim como o rei, o príncipe e o convidado. Ela se apressou, mas foi tão cuidadosa que qualquer um que a visse diria que ela estava levitando.Com os pés fora do castelo, ela deu uma última olhada para se certificar de que ninguém a tinha visto ou a veria e correu o mais rápido que pôde, afastando-se o máximo possível do prédio.Selene chegou à margem do lago, estava curiosa para vê-lo de perto, caminhou ao redor dele até chegar à ponte de madeira, olhou de um lado para o outro para ter certeza de que estava sozinha. Sua única companhia era um ganso que, por acaso, passava por baixo da ponte e grasnou, chamando sua atenção. Com cuidado, ela levantou o vestido e caminhou sobre a madeira até o centro, ergueu o olhar p
11. Sentimentos abrasadores
O corpo de Selene se retesou como a corda de um violino, seu coração batia forte dentro do peito, como se fosse explodir para fora do corpo, era a sensação mais estranha que ela já havia experimentado, um mal-estar que ela não conseguia explicar, pois sentia seu coração batendo como um tambor.Por que ela era tão azarada, por que Frederick tinha que chegar exatamente naquele momento? O destino parecia estar conspirando contra ele, era isso que acontecia. Tinha que ser isso, não havia outra explicação. O universo a odiava tanto que a estava deixando no meio dessa situação terrível.Selene tentou tirar as mãos da cintura de Henry, mas ele não deixou, o que fez o sangue de Frederick ferver dentro dela e congelar dentro de Selene.— Solte minha noiva, Henry, e saia daqui — ele ordenou com uma voz gélida, sem olhar para Selene.Frederick temia que, ao fazer isso, não fosse capaz de se conter, especialmente quando visse o rosto de Henry, ele o estava desafiando silenciosamente, provocando e
12. Desejo culposo
Um pensamento proibido a atravessou como uma flecha, um desejo nasceu dentro dela para saber como seria esse beijo, mas nos lábios de Henry. Ela sacudiu a cabeça para afastar o pensamento insano e foi para o banheiro, lavar o rosto com um pouco de água, que as criadas sempre deixavam pronta para ela.Que loucura ela estava pensando? Um beijo não poderia deixá-la tão mal, poderia? Ela não era assim, não era uma mulher que fantasiava, não era uma santa, mas também não era sem-vergonha. No entanto..., o beijo de Frederick despertou nela coisas que ela jamais poderia imaginar que sentiria.Selene bateu violentamente na água, molhando a saia de seu vestido, mas não se preocupou com pequenas coisas, tudo o que ela queria era esquecer o que havia acontecido naquela noite, isso era o melhor. Ninguém saberia do beijo entre ela e o rei.Frederick não era diferente de sua noiva. As sensações e lembranças do que ele acabara de fazer com Selene não paravam de atormentá-lo. Em que momento ele perde
13. Choque
"Senhora Selene. Abra imediatamente!"O corpo de Selene se retesou como uma corda de violino ao ouvir a exigência na voz de Frederico, seus olhos se arregalaram de surpresa e o medo percorreu seu corpo, ciente de que, se o rei encontrasse Henrique em seus aposentos, ela poderia ser acusada de infidelidade. Ela poderia ser deserdada como noiva, e não que isso não fosse bom, seria ótimo! No entanto, ela estava correndo o risco de ser condenada a pagar pelo crime de....— Senhorita Selene — Frederick chamou novamente, dessa vez acompanhado de várias batidas na madeira da porta.Selene saiu de seu estupor e olhou para Henry, para a janela e para o banheiro.— Nenhuma das opções é possível, Selene. Eu não vou me esconder — disse ela em um tom baixo.— Você não tem escolha, se me ama como diz que ama. Faça esse sacrifício por mim, eu levarei o rei para longe do meu quarto, saia sem que ninguém o veja, Henry, por favor — ela ordenou, empurrando o homem para dentro do banheiro e fechando a po
14. A despedida
Dois dias não pareciam nada para Selene, que sentia o passar das horas como uma guilhotina em seu pescoço; no entanto, ao contrário do que pensava sobre os preparativos para a viagem, ela não precisava se encarregar de nada. A rainha a chamou em seu quarto e, depois de uma longa conversa, na qual ela expôs tudo o que esperava da viagem, Selene se sentiu um pouco mais animada e menos preocupada.A rainha só esperava que seu nome fosse divulgado para todo o reino, que ela interagisse com os súditos da Coroa e dessa aquela demonstração de confiança que o povo esperava de seus soberanos. Selene estava preparada para isso, sem que ela soubesse, toda a sua vida estava voltada para esse momento.—Tentarei fazer o meu melhor, talvez as coisas não tenham começado bem — disse ela, fazendo uma pausa, agora Selene estava muito ciente do erro que havia cometido quando deu o broche a Henrique, no entanto, ela o havia feito por ignorância, porque sua mãe nunca havia explicado o significado daquela p
15. Apresse-se quando a situação ficar difícil
Frederick congelou por um momento, tentando processar o que estava acontecendo, até que o calor e a ansiedade de Regina o levaram a retribuir o beijo. Por alguns segundos, o rei perdeu a noção de onde estava e cedeu à tentação, estava entregue, até que a lembrança do beijo com Selene passou por sua mente novamente, fazendo com que ele afastasse Lady Regina com um único movimento mais brusco do que desejaria. A mulher gemeu por ter sido rejeitada, seu ego havia sido ferido, mas ela se conteve para não deixar transparecer seu descontentamento, pois isso só poderia funcionar contra ela.—Lady Regina... — Frederick sussurrou e não conseguiu olhar para ela por alguns segundos. —Perdoe-me, isso não deveria ter acontecido, foi desrespeitoso da minha parte — ele se desculpou, mesmo que ela tivesse sido a única a iniciar, ele retribuiu e, se não parasse, eles provavelmente continuariam se beijando e esse não era o comportamento apropriado de um homem com uma mulher que não é sua noiva ou espos
16. Início de um viagem juntos
Selene não tinha a menor ideia do que acontecia dentro do castelo, mas sua mente também não estava pensando nisso, pois a presença de Frederick ao seu lado, a apenas alguns centímetros de distância, a deixava rígida e com a respiração ofegante, mas o mais interessante era que o rei também não parecia muito diferente, exceto que sua mão esquerda coçava para tocar a mão direita de Selene, que repousava sobre a macia poltrona. O que estava acontecendo com Selene? Um beijo realmente poderia mudar tanto as coisas? Ele estava começando a acreditar que sim, e muito seriamente. A viagem seria longa e, apenas de pensar nisso, um calafrio percorreu o corpo de Selene. Como ela suportaria tanto tempo sozinha com seu noivo? As carruagens avançavam, levando o Rei e sua noiva em direção à vila de Astor, onde seriam oficialmente apresentados como o futuro casal real. Selene não podia evitar sentir uma mistura de emoções em seu interior: ansiedade, insegurança, mas também determinação. Apesar de tud
17. Astor conhece sua futura Rainha
A realidade atingiu Frederick em um segundo, fazendo com que ele se surpreendesse com suas ações e se afastasse de Selene, como se seu corpo estivesse queimando. Os olhos do rei não saíam dos lábios inchados e vermelhos de Selene, ele engoliu saliva com dificuldade e se não fosse pelos leves toques na porta, teria ficado a noite toda, observando-a dormir.O rei saiu do quarto depois de ouvir o chamado de um dos guardas, que se aproximou para informá-lo que ele poderia ir calmamente para o seu quarto, pois a revisão da pousada e a segurança já haviam sido feitas. Frederick sentiu suas bochechas corarem diante do guarda, temendo ser descoberto na travessura que havia feito."Ela é minha noiva", pensou mentalmente, tentando relaxar e se sentir menos envergonhado com suas ações. Ele caminhou apressado em direção ao quarto e entrou nele, sem perceber o quão pequeno era.Enquanto isso, Selene estava parada na cama acariciando seus lábios com os dedos. O que havia acontecido? O que a levou a