Kenna estava deitada na cama do hospital enquanto olhava para o teto, Adrian estava ao seu lado e Andrea voltou para o apartamento.— Pode me contar o que te levou a sentir tanta raiva ao ponto de você começar a sangrar? — perguntou Adrian, ele estava sério, mas mesmo assim a preocupação na sua voz era notável. — Eu... eu saí para passear um pouco pelo prédio e acabei indo parar no estacionamento subterrâneo. — diz Kenna. — fiquei encantada com tantos carros de luxo. Meu pai é louco por carros e de certa forma eu fico admirada quando os vejo também. — E o que aconteceu depois? — perguntou Adrian impaciente. — Eu me aproximei da Pagani Huayra. — diz Kenna envergonhada. — eu estava encantada... foi quando o segurança me parou e perguntou o que eu estava fazendo. Eu falei que estava apenas olhando e ele falou que precisava me revistar para saber se eu não estava levando nada.— Filho da puta. — diz Adrian com raiva. — ele fez mais alguma coisa?— Eu falei que não estava levando nada e
Kenna acordou lentamente. Os primeiros raios de sol atravessavam a fresta das cortinas, iluminando suavemente o quarto. Uma sensação estranha a envolvia, como se olhos invisíveis a observassem cuidadosamente. Ela piscou algumas vezes, tentando dissipar essa sensação inquietante.Conforme sua percepção se aguçava, um sorriso iluminou seu rosto adormecido. Adrian estava de pé ao lado da cama, contemplando-a com um olhar cheio de profunda admiração. Seus olhos azuis, tão intensos quanto o oceano, fixavam-se nela com ternura. Kenna sentiu o coração derreter ao encontrar seu olhar.— Adrian... — ela murmurou, sua voz abafada pelo sono ainda presente. — O que você está fazendo aí?Ele sorriu, seus lábios se curvando gentilmente. — Eu não podia deixar de admirar sua beleza celestial, meu amor. — respondeu ele. — Você parece um anjo dormindo.Kenna sentiu-se corar, sentindo-se grata por ter Adrian em sua vida. Ele sempre encontrava uma maneira de fazer com que ela se sentisse especial.— Voc
Kenna abriu a porta do pequeno quarto, revelando um espaço colorido e repleto de tintas de diversas tonalidades. Os frascos se destacavam nas prateleiras, convidando a mulher a criar e se expressar por meio da arte. Adrian observava com um sorriso, empolgado com a ideia de ter um quadro feito por sua esposa.— É aqui que ocorre toda a mágica. — disse Kenna, rindo levemente enquanto adentrava o quarto, seguida de perto por Adrian. Ela indicou uma mesa onde escovas, paletas e telas estavam dispostas. — Escolha uma tela e vamos começar. — sugeriu, animada.Adrian olhou ao redor, admirando as cores vibrantes que enchiam o pequeno espaço. Ele agarrou uma tela em branco e a segurou com entusiasmo. — Estou animado para ver o que você vai criar, meu amor. — disse, observando Kenna com carinho.Kenna sorriu docemente e pegou alguns tubos de tinta. Com cuidado, ela espremeu pequenas quantidades sobre a paleta, criando uma extensa gama de cores. Observou Adrian enquanto escolhia as cores que ir
Kenna estava aproveitando um raro momento de solidão em sua casa. Seu marido havia saído para uma reunião de última hora e ela tinha finalmente a chance de relaxar e desfrutar de algum tempo para si mesma. O apartamento estava calmo, exceto pelos sons suaves da música que ela escolheu para acompanhar seu momento de tranquilidade.Andrea havia saído para fazer algumas compras para o almoço, e afirmou para Kenna que estava de volta em alguns minutos. De repente, a campainha ecoou pelo apartamento. Kenna franziu a testa, será que Andrea já havia voltado? Pensou Kenna. Por que ela iria tocar a campainha? Kenna hesitou por um momento, sem saber se deveria atender a porta. Mas, curiosa, decidiu ir conferir quem estava do outro lado.Ao abrir a porta, Kenna ficou atônita ao ver Suzane parada em sua porta. A tensão se instalou imediatamente no ar. Suzane sempre gostou de Adrian e sempre deixou claro para Kenna que Adrian ainda seria dela. Kenna nunca havia conhecido Suzane muito bem, mas já
Os paramédicos correram para o local do acidente e avaliaram a situação. Kenna ainda estava inconsciente, o que aumentava a preocupação de todos. Com cuidado e rapidez, os paramédicos colocaram Kenna em uma maca e a levaram para a ambulância. Suzane, que estava consciente, foi socorrida e levada para outra ambulância onde iria receber todos os cuidados possíveis.Na ambulância, os paramédicos trabalhavam incansavelmente para estabilizar Kenna. A sirene ecoava pelas ruas enquanto a ambulância se dirigia rapidamente ao hospital.Enquanto isso, Adrian estava em seu escritório, completamente alheio ao acidente que sua esposa tinha sofrido. Ele estava concentrado em seu trabalho quando recebeu uma ligação urgente de um número desconhecido. Instintivamente, ele atendeu.— Alô? Quem está falando? — perguntou Adrian, com uma mistura de ansiedade e confusão em sua voz.— Adrian Miller, aqui é o Johnson, sou paramédico. Houve um acidente de carro envolvendo sua esposa. Nós a levamos para o hos
Algumas horas depois...Adrian estava sentado na sala de espera com todos os seus familiares, sua mente cheia de preocupação e inquietude enquanto esperava por notícias sobre Kenna. A cada segundo que passava, sua ansiedade aumentava. Ele sabia que a situação era grave e o destino de sua esposa e do bebê que carregava dependiam de um desfecho favorável.Ele, após sair do quarto de Suzane, entregou a gravação para o policial. Eles disseram que Suzane iria ficar no hospital até se recuperar de alguns ferimentos e após estar recuperada, iria ser levada para prestar depoimento e depois iria ficar presa até o dia do julgamento. De repente, Adrian vê o médico responsável por Kenna se aproximar dele. Seu rosto grave revelava a seriedade da situação.— Sinto muito dizer isso a todos vocês, mas devido ao impacto do acidente, Kenna sofreu lesões internas graves. Ficamos monitorar ela e cuidando para que não fosse necessário tomar medidas drásticas, porém, o caso dela piorou— explicou o médico
Adrian hesitou ao entrar no quarto do hospital. Sentia-se inquieto e o coração acelerado, enquanto seus olhos observavam cada detalhe ao seu redor. As batidas dos monitores, o cheiro de antisséptico no ar e as pessoas ansiosas que passavam rapidamente pelos corredores formavam um ambiente desolado. Ele se aproximou de Kenna, que estava deitada na cama, imóvel, conectada a inúmeros aparelhos, seu rosto pálido e marcado por machucados.Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ele segurava a mão fria e delicada de Kenna. Olhou para o rosto sereno dela, tentando encontrar sinais de vida no lugar onde antes havia vibração e brilho. Adrian sentiu uma fissura em seu coração ao lembrar-se de como tudo havia acontecido.— Kenna... — Adrian começou a falar, sua voz tremendo. — Eu sei que você pode me ouvir. Eu preciso que acorde, Kenna. Nossa filha nasceu, ela é linda. Você precisa conhecê-la.Ele segurou a emoção que ameaçava transbordar de seu peito, tentando manter a compostura. Ele olhav
Adrian estava exausto após passar horas na ala neonatal, saindo finalmente de lá com sua sogra, Samanta, após verem a pequena Victoria. A bebê ainda estava internada, mas Adrian se sentia aliviado em poder vê-la e estar ao seu lado durante aqueles momentos difíceis.Enquanto caminhavam pelo corredor do hospital em direção à recepção, Adrian e Samanta conversavam sobre a bebê. Ela elogiava a força de Victoria e agradecia a Deus por tê-la trazido sã e salva ao mundo. Adrian já começava a sentir um amor incondicional por sua filha, mesmo que ela ainda fosse tão novinha. — Adrian, estou confiante de que nossa pequena Victoria vai superar todas as dificuldades e logo terá alta. Ela parece bem mais forte e está se alimentando muito bem. — disse Samanta, com um sorriso esperançoso no rosto. — Ela tem a força dos genes da família.Adrian sorriu, agradecido por ter o apoio da sogra. — Você tem razão. Vamos acreditar que tudo dará certo. Ela é uma guerreira. Espero que logo ela possa ter alta