Os paramédicos correram para o local do acidente e avaliaram a situação. Kenna ainda estava inconsciente, o que aumentava a preocupação de todos. Com cuidado e rapidez, os paramédicos colocaram Kenna em uma maca e a levaram para a ambulância. Suzane, que estava consciente, foi socorrida e levada para outra ambulância onde iria receber todos os cuidados possíveis.Na ambulância, os paramédicos trabalhavam incansavelmente para estabilizar Kenna. A sirene ecoava pelas ruas enquanto a ambulância se dirigia rapidamente ao hospital.Enquanto isso, Adrian estava em seu escritório, completamente alheio ao acidente que sua esposa tinha sofrido. Ele estava concentrado em seu trabalho quando recebeu uma ligação urgente de um número desconhecido. Instintivamente, ele atendeu.— Alô? Quem está falando? — perguntou Adrian, com uma mistura de ansiedade e confusão em sua voz.— Adrian Miller, aqui é o Johnson, sou paramédico. Houve um acidente de carro envolvendo sua esposa. Nós a levamos para o hos
Algumas horas depois...Adrian estava sentado na sala de espera com todos os seus familiares, sua mente cheia de preocupação e inquietude enquanto esperava por notícias sobre Kenna. A cada segundo que passava, sua ansiedade aumentava. Ele sabia que a situação era grave e o destino de sua esposa e do bebê que carregava dependiam de um desfecho favorável.Ele, após sair do quarto de Suzane, entregou a gravação para o policial. Eles disseram que Suzane iria ficar no hospital até se recuperar de alguns ferimentos e após estar recuperada, iria ser levada para prestar depoimento e depois iria ficar presa até o dia do julgamento. De repente, Adrian vê o médico responsável por Kenna se aproximar dele. Seu rosto grave revelava a seriedade da situação.— Sinto muito dizer isso a todos vocês, mas devido ao impacto do acidente, Kenna sofreu lesões internas graves. Ficamos monitorar ela e cuidando para que não fosse necessário tomar medidas drásticas, porém, o caso dela piorou— explicou o médico
Adrian hesitou ao entrar no quarto do hospital. Sentia-se inquieto e o coração acelerado, enquanto seus olhos observavam cada detalhe ao seu redor. As batidas dos monitores, o cheiro de antisséptico no ar e as pessoas ansiosas que passavam rapidamente pelos corredores formavam um ambiente desolado. Ele se aproximou de Kenna, que estava deitada na cama, imóvel, conectada a inúmeros aparelhos, seu rosto pálido e marcado por machucados.Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ele segurava a mão fria e delicada de Kenna. Olhou para o rosto sereno dela, tentando encontrar sinais de vida no lugar onde antes havia vibração e brilho. Adrian sentiu uma fissura em seu coração ao lembrar-se de como tudo havia acontecido.— Kenna... — Adrian começou a falar, sua voz tremendo. — Eu sei que você pode me ouvir. Eu preciso que acorde, Kenna. Nossa filha nasceu, ela é linda. Você precisa conhecê-la.Ele segurou a emoção que ameaçava transbordar de seu peito, tentando manter a compostura. Ele olhav
Adrian estava exausto após passar horas na ala neonatal, saindo finalmente de lá com sua sogra, Samanta, após verem a pequena Victoria. A bebê ainda estava internada, mas Adrian se sentia aliviado em poder vê-la e estar ao seu lado durante aqueles momentos difíceis.Enquanto caminhavam pelo corredor do hospital em direção à recepção, Adrian e Samanta conversavam sobre a bebê. Ela elogiava a força de Victoria e agradecia a Deus por tê-la trazido sã e salva ao mundo. Adrian já começava a sentir um amor incondicional por sua filha, mesmo que ela ainda fosse tão novinha. — Adrian, estou confiante de que nossa pequena Victoria vai superar todas as dificuldades e logo terá alta. Ela parece bem mais forte e está se alimentando muito bem. — disse Samanta, com um sorriso esperançoso no rosto. — Ela tem a força dos genes da família.Adrian sorriu, agradecido por ter o apoio da sogra. — Você tem razão. Vamos acreditar que tudo dará certo. Ela é uma guerreira. Espero que logo ela possa ter alta
Adrian abriu a porta da ala neonatal, adentrando o ambiente cheio de incubadoras e equipamentos que auxiliavam no cuidado dos recém-nascidos prematuros. Seu olhar foi diretamente para sua filha. Seu coração apertou no peito. Ao seu lado, James observava a cena com olhos cheios de emoção. Ele sabia o quão difícil aquela situação era para Adrian e sua família. Apesar de tanta preocupação, ele não podia deixar de notar a beleza daquela pequena criança. — Sabe, Adrian. — começou James, trazendo o olhar de Adrian de volta para ele. — Victoria é realmente pequena e frágil, mas também é absolutamente bonita. Sua força e a determinação é admirável. Adrian sorriu tristemente, concordando com James. Era difícil ver sua filha em tal estado, mas saber que ela tinha pessoas ao seu lado que reconheciam sua beleza e coragem trazia um pouco de conforto para seu coração.— Obrigado, James. — disse Adrian com sinceridade. — Significa muito para mim que você esteja aqui, apoiando e reconhecendo o qua
Dia do julgamento.Adrian tentava se manter firme no tribunal enquanto o julgamento de Suzane se desenrolava diante de seus olhos. A acusada parecia impassível, como se não estivesse se importando com o que estava acontecendo. Mas Adrian estava lá para garantir que ela fosse responsabilizada pelas suas ações. A tensão no tribunal era palpável. As testemunhas se sucediam no banco, dando seu testemunho sobre os eventos daquele fatídico dia. Os detalhes horríveis do sequestro e do acidente ainda ecoavam na mente de Adrian. Ainda era difícil de acreditar que sua esposa, Kenna, estava em coma devido às ações de Suzane.Enquanto Adrian lutava para se concentrar nas palavras dos advogados, seu telefone vibrava em seu bolso. Com um olhar nervoso, ele verificou a chamada. Era Samanta, sua sogra.— Alô? — sussurrou, tentando não distrair a atenção de ninguém no tribunal.— Adrian, eu tenho notícias. Kenna... Kenna acordou do coma. — A voz trêmula da sua sogra mal conseguia esconder a emoção co
Adrian olhou para Kenna com amor e compaixão, compreendendo o desejo desesperado dela. Ele saiu em busca de uma enfermeira, enquanto o coração de Kenna batia forte em seu peito.Pouco tempo depois, uma enfermeira retornou ao quarto empurrando a incubadora. Lá dentro, estava Victoria, com seus olhinhos cerrados e emaranhados de cabelos escuros.A enfermeira tomava todos os cuidados possíveis.Kenna pediu que Adrian ajudasse ela a se sentar, e assim ele fez, as lágrimas fluindo livremente e desciam pela bochecha de Kenna. Ela olhou para sua filha tão frágil naquela incubadora, vendo o quanto era pequena suas mãos e pés, e não conseguiu conter um choro de gratidão e dor pelo que havia perdido.— Minha doce Victoria. — Kenna sussurrou, sua voz tomada pela emoção. — Eu sinto tanto por não ter estado aqui para você nos seus primeiros dias de vida, mas prometo compensar esse tempo perdido.Adrian abraçou Kenna com ternura, sua própria voz embargada pelas lágrimas que escorriam por seu rosto.
Uma semana depois...O médico neonatologista entrou no quarto e procurou por Kenna e Adrian. Ao avistá-los, ele andou até o casal.Era quase meio-dia. Kenna havia tido alta há uma semana e se recusou a sair do hospital, ela apenas ia até o apartamento e voltava rapidamente, ela só sairia de lá com sua filha. O médico responsável por cuidar da pequena Victoria iria vir falar como a bebê estava, e se ela estivesse bem, poderia até ter alta médica e ir para casa.— Bom dia. Tenho ótimas notícias para vocês.Os dois olharam para o médico com expectativa, segurando as mãos um do outro.— A bebê está bem. A pequena Victoria ganhou peso e está se desenvolvendo muito rápido. A pequena guerreira está liberada para ir para casa.Kenna não conseguiu conter as lágrimas de alívio e alegria, e Adrian soltou um suspiro profundo, abraçando a esposa com força.— Tenho algumas recomendações. — diz o doutor. — manter consultas regulares, cuidados especiais, acompanhamento nutricional, estimulação adequa