Eu corro meus olhos ao redor daquela multidão de pessoas ali, após a conversa, Leonardo e eu paramos um pouco mais distante de todos eles, não passa das duas da manhã, e eu acabei de perder meu sono completamente.A mulher que engoliu dezenas de homens com poucas palavras, se aproxima de nós dois, e eu arrumo minha postura que estava curvada pelo cansaço. — Tudo bem? — Ela pergunta e eu afirmo com a cabeça, não sei bem para quem ela fez a pergunta — Muito tempo que não te vejo, Leonardo. — Estava na tranca, fiquei quase cinco meses lá. — O que me assusta é que ninguém ficou sabendo disso. — Ela afirma e eu olho para cima encarando Leonardo que dá um sorriso. — Isadora estava perto de se formar, quis dar uma força pra ela. — Espera! — Ela coloca a mão testa fechando os olhos, em seguida abre novamente — Tu ficou preso por quase cinco meses, só para ela te tirar de lá? — Leonardo afirma com a cabeça — É Isadora, é ele. Eu sorrio para ela, que ajeita o longo cabelo dourado sob o om
Pires 🥋Ela me encara como se quisesse perguntar alguma coisa enquanto conversa com Rayane do outro lado, e eu trocando uma ideia com uns mano poucos metros longe dela. Pego o celular mandando uma mensagem, sei que ela está desconfortável em está ali sozinha com ela. Pires: O que foi que tu tá com essa carinha aí? Mais dez minutos a gente tá indo pra casa dormindo. Isadora: Devo confiar nela? Ela parece ser tão pura, mas Mila também parecia ser... — sorrio com seu comentário. Pires: Você não só pode, como deve confiar nela. Rayane é pura demais, tem o coração bom assim como teu, po. Já passou por muita coisa também. Mas um dia, ela te conta isso direitinho. Isadora: Ufa, já estava pensando em desfazer uma amizade que mal fiz. Gostei dela, apesar de ter um marido bosta. Pires: Ele sempre foi assim. Mas isso já está perto de acabar. - amei você falando com ele daquele jeito, toda gostosa pisando nele, sem descer do salto. Isadora: Juro que por um momento de insanidade, eu jamais
Isadora 🥀Eu encaro Frida brincando com as duas filhas de Rayane na sala, enquanto estamos sentadas no sofá e Leonardo no quarto. Pela madrugada quando chegamos em casa, aqui na casa de Leonardo para ser mais exata, conversamos muito sobre Rayane. Ele me contou a história dela, não tudo, ele queria que eu soubesse por ela e cá estamos nós. — Elas parecem não dar trabalho. — comento — acho que puxou sua personalidade. — Ela sorri sem graça e olha para as filhas e em seguida para mim. — Elas não são minhas. — franzo as sobrancelha e a encaro — Quer dizer, de coração sim. Amo elas mais que qualquer coisa na vida, aprendi a amá-las, mas não são minhas filhas de sangue. — Como? — Pergunto confusa. — Ele tentou me engravidar quando eu ainda tinha dezesseis anos. — Ela explica — Não conseguiu, e com isso me obrigou a ir em um médico ver o que havia de errado. Até então não era nada, talvez alguns hormônios alterados impedindo a fecundação, nada que eu pudesse me preocupar. Ela encara
"Oito jovens estão desaparecidos desde o último dia 18, a polícia investiga o caso e não se sabe ao certo o que aconteceu. Especialistas afirmam que os jovens trocaram mensagens um pouco antes do sinal dos celulares serem cortado, na comunidade da rocinha. Segundo amigos e familiares, os jovens não inimizade com ninguém, além de serem bons rapazes. Aguardem novas notícias!"Bons rapazes...Essa era notícia que corria na tv desde que liguei. Meu corpo inteiro se arrepiou, obviamente, a polícia investigaria o sumiço deles, mas o que eu menos queria nesse momento, era que os celulares deles tivessem cortado o sinal logo aqui. — Não vai acontecer nada. — Leonardo fala comigo. Estamos sentados na sala da minha casa, esperando dar o horário de buscar Frida na escola. Vim para casa ontem assim que Rayane voltou para sua casa — Já disse Isadora, não vou deixar que as coisas que eu fiz e faço, respingue em você. Nunca. — Eu sei. — Falo tranquila — Temo por você. Eles vão armar uma guerra par
— Pega Frida, e depois vamos buscar sua vó. — Leonardo fala comigo quando desço do carro quase correndo. — E você? — Pergunto receosa. — Vou te esperar aqui, amor. — Permaneço para segurando a porta e ele me encara — Vai, coisa rápida. Afirmo com a cabeça e quase corro até a portaria da escola de Frida, o morro ainda está tranquila, mas sei que isso vai mudar logo logo, e eu não quero ter que assistir nenhuma cena de horror, e nem quero que Frida presencie isso. Passo pelo corredor, indo direto pra sala dela, alguns alunos já saíram e outros ainda esperam pelos pais. Aquela agonia no peito que nunca passa, até eu chegar com Frida no carro novamente, estou tão aérea que não consigo prestar atenção em nenhuma palavra que sai da boca dela. — Onde está sua vó? — Ele pergunta, assim que acomodo Frida no banco de trás e entro na frente. — Eu não sei. Ela não me avisou para onde iria quando saiu. — Passo a mão no rosto frustrada e nervosa — Não faço a mínima ideia de onde ela foi. — E
A gente sai do morro, sentido a saída do estado, Leonardo a todo tempo olhando pelo retrovisor do carro, como se alguém tivesse nos seguindo. Minhas mãos soam, e Frida está tranquilamente com o celular dele na mão assistindo desenho que ele mesmo baixou para ela. O céu escuro indicando que iria chover logo, o vento frio que tocava meu rosto e a ansiedade que me consumia por inteiro. Não sei o que aconteceria e não sei como seria daqui para frente. Ia ser sempre assim? Correndo das pessoas com medo novamente? Eu não queria isso de novo, não mesmo. — Eu disse Leonardo, eles são filhos de homens poderosos. Não irão descansar até me ter nas mãos. — Afirmo com a voz já embargada pelo choro. — A minha palavra não valeu de nada para você? — Não respondo por ora — Acha que estamos fazendo o que? Brincando de polícia e ladrão?— Não precisa ficar irritado comigo, eu só estou... Com medo. — Não estou irritado com você, amor. Mas confie em mim, nada vai te acontecer. — Ele coloca a mão sobre
Pires 🥋A euforia toma conta de mim, quando o disparo ecoa em meu ouvido e corpo dos três cai no chão, de olhos abertos como se tivessem me gorando. — Isadora? — Chamo por ela. — Estou aqui. — Ela viu? Frida viu? — pergunto preocupado. O mundo inteiro pode ver a minha pior versão, tô pouco me fudendo, mas ela não, tampouco Isadora, mas foi inevitável. — Vi o que, mamãe? — Ouço a voz doce dela perguntar. — Nada amor! Não é nada... — suspiro aliviado — Ela não viu, Leonardo.Caralho, ela me chamou de pai. Me chamou de PAI, porra!Nada vai me tirar de perto dessa menina, nada vai conseguir afastar essas duas de mim, nem mesmo a morte. Sou capaz de mover céu e inferno por elas, desafiar as leis mais absurdas da natureza, porque se ela me disser que quer ver a neve da varanda de casa, eu faço nevar na porra do Rio de Janeiro, só por ela. Eu entro no carro vendo os olhinhos assustados dela me encarar, Frida é inteligente, mas quando se tem um celular em suas mãos, ela não presta muit
O dia amanheceu nublado, Isadora e Frida ainda dormem, e eu mal preguei os olhos pensando vários bagulhos. A chuva fina caindo faz o vento ficar frio, ou talvez seja a praia em frente. Eu sabia que não seria uma ideia assumir Isadora assim, não pensei nas consequências e agora as duas tiveram que presenciar toda aquela porra. Isadora não nasceu pra isso, qualquer coisa já deixa ela cismada e com o pe atrás, e eu não quero que isso aconteça. Até por que ela tem a Frida, e ela é só uma criança. Sinto os braços dela envolver minha cintura, enquanto estou no parapeito da varanda da casa, no alto e com a visão perfeita da praia deserta. Ainda é bem cedo, se pá não passa das seis, e eu nem consegui dormir observando as duas na cama. — Não dormiu, né? — ela pergunta com o rosto colocado em minhas costas, e eu aliso suas mãos na minha barriga. — Não consegui. — Você acha que algum deles podem vir atrás de nós aqui?— Não sei. — respiro fundo me virando e abraço seu corpo — Se vierem est