DAMON Fi direto para a casa do Alex de manhã e peguei minha assistentezinha no colo antes que alguém pudesse me impedir. A Sara mal acordou, apenas murmurou: “Tio Damon?” e desmaiou nos meus braços. Minha bebê achou que eu estava brincando quando disse que ela era minha nova assistente. É, não era. Eu não brinco. Coloquei-a na cadeirinha que eu já tinha instalado na minha caminhonete... porque eu planejei essa merda e saí, uma mão no volante, a outra ajustando o espelho retrovisor para olhar para minha pequena trabalhadora sonolenta. Quando chegamos ao meu escritório, ela estava acordada, bocejando toda bonitinha e esfregando os olhos. — Onde estão a mamãe e o papai? — ela perguntou, piscando para mim. — Ela está ocupada, querida. — eu disse, carregando-a para dentro. — Você conseguiu um novo emprego hoje. Seu rostinho se contraiu. — Um emprego? — Humhum. — coloquei-a na cadeira do meu escritório, girando-a enquanto tirava minha arma da cintura e a colocava na mesa.
JOYCE — Você está linda, amiga. — sorri, olhando Ingrid de cima a baixo enquanto ela ajustava o cós da legging.Ela gemeu, esfregando a barriguinha de três meses. — Aff, estou engordando.— Mulher... por favor. — disse Rose, olhando de soslaio para ela antes de tomar um gole da bebida. — Essa bunda só está ficando maior, só isso.Ingrid revirou os olhos e se jogou no sofá ao meu lado. — É, é.— De qualquer forma, vamos falar de mim agora. — eu disse dramaticamente, levantando-me e girando meu minivestido. — Como estou?Roselin assobiou baixinho. — Gata pra caramba, como sempre.— Apesar de tudo o que aconteceu, você ainda conseguiu manter a sensualidade. Adoro isso em você.— É porque eu sou uma vadia. — Ingrid e Rose riram.— Não, mas é sério. — disse Rose, ficando séria por um segundo. — Estou muito orgulhosa de você, meu amor. Depois de tudo, você saiu mais forte.Beijei sua bochecha.— Eu deveria estar relaxada, sem estresse, curtindo minha gravidez. Mas não... Acordo e minha
JOYCE Mal tive tempo de reagir antes de Damon invadir o quarto, com o rosto completamente ilegível e passos lentos, mas deliberados.Foi assim que eu soube que ele estava bravo.Ele não disse uma palavra. Apenas arrastou uma cadeira do canto do quarto, virou-a ao contrário e sentou-se, apoiando os braços na cadeira como se tivesse todo o tempo do mundo.Ele não ia deixar isso passar.— Eu te disse para desligar na minha cara? — Sua voz era baixa, perigosa. Eu não respondi. Ele flexionou o maxilar e apertou ainda mais a cadeira. — Eu te disse... — ele repetiu — para ficar fora o dia todo ao invés de trazer sua linda bunda para casa? — Mordi o lábio, me mexendo sob seu olhar. Isso só fez seus olhos escurecerem. — Você acha essa merda engraçada?Damon tirou um pequeno controle remoto preto do bolso e o ergueu.Meu estômago embrulhou.Não.Meus olhos se arregalaram quando ele colocou a mão no outro bolso e tirou um brinquedo que eu já tinha visto muitas vezes antes.— Damon... — comecei,
JOYCE Três meses se passaram, esse homem continua fofo com suas roupas de velho.Fica tão bem nele. Nossa, ele é lindo.Sentei no chão da enorme mansão do Liam e Roselin, brincando com Sara, ajudando-a a rabiscar seu livro de colorir enquanto lançava olhares furtivos para o Damon.Cardigã preto, calças de alfaiataria, óculos de aro dourado no nariz enquanto ele conversava com Alex e Liam. Mordi o lábio, balançando a cabeça, voltando-me para Sara, que estava ficando com uma cara muito séria.— É verdade, tia Joyce? — Sara perguntou de repente, olhando para mim com aqueles grandes olhos castanhos.— O que é verdade, querida? — Levantei uma sobrancelha.Ela segurou no queixo como se estivesse pensando, depois riu. — Que você e o tio Damon vão casar?Fiquei paralisada, piscando. O quê? Damon é completamente louco, juro por Deus.Do outro lado da sala, ele ainda estava conversando com os irmãos, mas tinha uma sobrancelha erguida para mim, como se estivesse esperando uma reação minha.— Q
DAMONEstávamos sentados no consultório médico, com minha linda bebê deitada na cama, sua mãozinha apertando a minha. A outra mão repousava sobre a barriga, como se ela já estivesse protegendo nossos bebês.Eu já estava puto porque aquele médico estava demorando muito, e eu conseguia sentir a energia nervosa da Joyce. Suas unhas cravando na minha pele, sua respiração irregular.Inclinei-me e beijei a lateral da cabeça dela. — Amor, você está bem?Ela assentiu, mas eu não estava convencido. Ela estava tensa, o peito subindo e descendo um pouco rápido demais. Expirei bruscamente, já debatendo se eu deveria ir procurar esse médico lento quando a porta finalmente se abriu. Esse filho da puta com cara de bobo entrou, sorrindo como se fosse um compromisso normal. Mas no segundo em que seus olhos pousaram em mim, sua expressão mudou completamente.— Desculpe, Senhor Macclister...Levantei a mão, interrompendo-o. — Vamos lá. Minha bebê já está nervosa. — respondi, com a voz áspera.Ele ass
DAMON MESES DEPOISFiquei no quarto dos meus filhos, observando-os dormir pacificamente em seus berços enquanto minha linda bebê descansava em nossa cama. Eles tinham apenas um mês, mas estavam crescendo rápido. Um menino e uma menina. Yeshua e Luz.O nome do nosso filho significa salvação, e o nome da nossa filha, bem... Vocês sabem. Adequado, já que eles foram a melhor coisa que já nos aconteceu e me mudaram para sempre.Quando eles nasceram, eu fiquei com medo. Nunca tive medo de nada antes, mas eles... Eles me deixaram fraco. Eu estava com medo de ser um pai terrível. Medo de errar e trazer a minha escuridão para a vida deles. Medo de me perder de novo...Mas agora que eles estavam aqui, essas coisas estava longe da minha cabeça. Tudo o que importava era ser o marido da Joyce e o melhor pai para eles.Passei a mão no rosto, exalando, antes de me abaixar no berço para ajeitar o cobertor da Luz. Minha princesinha. Ela era tão pequena, mas já era animada, igualzinha à mãe. Enquanto
DAMON 5 ANOS DEPOISCinco anos se passaram.Cinco anos sendo pai.Cinco anos sendo marido.Sentei no meu escritório, recostado na cadeira, olhando pela janela para a minha vida. Minha vida de verdade. Minha esposa, meus filhos. Minha família.Yeshua e Luz estavam no quintal, rindo enquanto corriam atrás um do outro, o sol refletindo em seus cachos. E lá estava ela, minha esposa, minha linda bebê, parada no pátio, com uma mão apoiada na barriga, acariciando-a suavemente.Nosso terceiro bebê. Outro menino.Eu disse a ela que teríamos dez, e se não, eu a mato. Brincadeira, ou... será que não?Sorri dos meus próprios pensamentos antes de me levantar e sair, meus mocassins estalando contra o piso enquanto eu caminhava em sua direção. Eu podia ver isso estampado em seu rosto... ela estava exausta.— Oi, linda. — murmurei contra seu pescoço, envolvendo meus braços em volta dela por trás e deslizando minhas mãos sobre sua barriga redonda.Ela se recostou em mim, suspirando, e eu a guiei a
DOUGLASEu não deveria estar tão nervoso.Eu já matei pessoas sem nem suar a camisa.Já me sentei em frente a autoridades do governo, sorrindo como se não tivesse uma arma apontada para eles por baixo da mesa.Já fechei negócios milionários com um baseado na boca e sem dar a mínima.Mas hoje?Estou suando muito.E eu já sei que esses filhos da puta vão se divertir muito com isso.Liam, recostado no sofá, com as pernas abertas como se fosse ele quem ia se casar, sorri.— Tá parecendo muito nervoso, mano. É a primeira vez que você se compromete com algo?— Ignore-o. — Alex, ajeitando as abotoaduras, suspirou.— Não, não devemos ignorar. Douglas Mascatiri, marido? Essa merda ainda não parece certa. — Damon, que ficou quieto o tempo todo, finalmente se pronunciou. — Damon, vou te afogar no oceano depois desse casamento.Damon apenas deu de ombros e acendeu seu baseado. — Faça o que tiver que fazer. Mas eu ainda estarei bem.Nike, com um sorriso de orelha a orelha, toma um gole da bebida