JOYCE— Você não é minha mulher? — Ele perguntou lentamente, com a voz sombria e ameaçadora, isso realmente me deu medo de afirmar que não outra vez.— Quer dizer... — Lambi os lábios. — O que somos, Damon? Não conversamos sobre isso.Ele se aproximou, com as narinas dilatadas.— Você está falando sério?Dei de ombros, tentando manter a voz calma.— Damon, você nem sequer entra relacionamentos...— Isso foi antes de você. — ele retrucou, interrompendo-me. Abri a boca, mas ele não tinha terminado. — Eu te fodo, durmo com você, te protejo, cuido de você... Eu até mato por você, Joyce. — Engoli em seco. — E você está me dizendo que não somos nada? — Sua voz estava perigosamente baixa.Exalei bruscamente. — Damon, você nunca disse que éramos alguma coisa. — Suas narinas se dilataram. — Eu não deveria ter que fazer isso.Suspirei. — Damon, preciso trabalhar. O rosto dele ficou sombrio. — Para que diabos você precisa de um emprego?— Porque eu gosto de ter meu próprio dinheiro! Eu g
JOYCE Deitei na cama, olhando para o teto, enquanto a luz fraca do meu abajur projetava sombras suaves ao redor do quarto. Eu não conseguia dormir. Fiquei me perguntando se ele estava bem... se ele estava seguro, se ele estava em perigo, se ele estava bebendo em algum lugar ou fazendo algo imprudente. Mesmo depois do que ele me disse, eu me importava. Mesmo que eu quisesse cortar a garganta dele agora mesmo. Suspirei, virando-me de lado e enxugando as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Eu odiava isso. Eu odiava que ele tivesse tanto poder sobre mim. Eu o amo. A compreensão me atingiu como um tijolo no peito. Mas o que ele quer de mim? Ele espera que eu fique sentada esperando que ele leve essa obsessão para o próximo nível? Ele me chama de sua, mas não me reivindica totalmente. Por que? O que estamos fazendo? Virei-me de bruços, enterrando o rosto no travesseiro, meus ombros tremendo enquanto mais lágrimas de frustração e raiva escorriam pelo meu rosto. Eu nem es
DAMON — Chefe, estou de olho nela.Esse idiota estúpido disse isso como se eu já não soubesse. Como se eu não soubesse onde ela estava a cada segundo de cada dia nas últimas três semanas.Você provavelmente está se perguntando onde eu estive. A resposta é simples, estive me consertando ou tentando fazer isso. Tenho ido à terapia. Encontrei um novo terapeuta, o cara me irrita e eu quero quebrar o pescoço dele em cada sessão, mas funciona. Eu acho. Também tenho cuidado dos negócios. Colocando as coisas em ordem.Arranjando um emprego pra Joy. Fiz algumas ligações, mexi alguns pauzinhos e garanti que ela recebesse essa posição exata. Eu até comprei a escola. Por que não? Ela pode parar quando quiser. Ou continuar pra sempre. O que quer que a faça feliz.Mas não foi só isso que fiz. Eu cuidei de cada ponta solta que pudesse representar uma ameaça para ela.Alguns humanos sumiram. Algumas dívidas foram quitadas. Algumas cobras perderam o veneno.E agora eu tinha algo planejado. Algo gran
JOYCEO jantar foi perfeito. E eu odiava isso.Eu odiava o quanto ele era bonito. Odiava ele sendo tão atencioso. Odiava como meu coração apertava quando eu o via do outro lado da mesa, todo arrumadinho para mim..Eu odiava o quanto eu o amava. Eu adorava a loucura dele. E eu odiava isso também.Larguei o garfo, cruzando as pernas lentamente enquanto o observava. Ele me encarava, mas não do seu jeito habitual, sombrio e obsessivo.Não, desta vez ele parecia vulnerável.— Você ficou quieta, lindinha. — murmurou Damon. — Não me diga que eu te deixei sem palavras.Eu ri.— Você me deixou louca, Damon. retruquei. — Não fiquei sem palavras. — Ele cerrou o maxilar, mas assentiu, aceitando. — Quer dizer, você disse uma merda pra mim, sumiu e depois me sequestrou. Eu realmente quero cortar sua garganta.Ele sorriu, inclinando-se para a frente, apoiado nos cotovelos.— Faça isso. — ele desafiou, lambendo os lábios. — Corte minha garganta, amor.Coloquei meu copo na mesa e me levantei. Ele mord
JOYCE Descobri que hotel em que estamos pertence a família dele. Claro que sim. Eles são donos da cidade inteira.Desde o jantar e do anel de compromisso, ele vem me dando trabalho desde então. A suíte estava lindamente decorada, com presentes, pétalas de rosa... tudo o que você possa imaginar.Eu ainda deveria estar brava. Não me importo. Não me importo. Não me importo.Eu estava com a camisa dele, deitada na cama enquanto o serviço de quarto batia à porta. Ele estava no chuveiro, e eu suspirei, espreguiçando-me antes de ir em direção à porta.Abri-a sem hesitar. E me arrependi imediatamente. Porque não era serviço de quarto.Era uma mulher.Alta, bonita, pele morena e cabelo preso num coque. Sorri educadamente. — Oi, como posso ajudar?Então, eu o ouvi.Meu homem.Saindo do banheiro, com gotas de água caindo no corpo e uma toalha pendurada na cintura. E foi aí que tudo foi para o inferno.Porque a mulher sacou uma arma e apontou diretamente para ele.DAMONChelsea é uma assassina.
DAMON Fiquei ali sentado, olhando para o chão, com o joelho balançando, as mãos entrelaçadas com tanta força que meus nós dos dedos estavam brancos. Eu não podia perdê-la.As portas finalmente se abriram e eu pulei do meu assento. O médico caminhou em minha direção, com o rosto cansado e desgastado.— A cirurgia dela foi um sucesso. — ele disse, e eu soltei a respiração que nem percebi que estava prendendo. Mas então seus olhos se desviaram. Seus lábios se abriram como se ele não quisesse dizer o que viria a seguir. — Mas...O mundo inteiro ficou em silêncio.— Ela perdeu o bebê.Tudo parou. Meu coração. Minha respiração. Minha mente.“Ela perdeu o bebê.”Nosso bebê. Aquele que eu nem sabia que estava dentro dela. Fiquei ali, incapaz de me mover, incapaz de falar, incapaz até mesmo de respirar. A mão de Alex agarrou meu ombro. Um aperto firme.— Vá vê-la. — ele disse.Eu nem acenei. Só me mexi. Andei. A cada passo, parecia que minhas pernas nem estavam presas ao corpo. Como se eu es
DAMON Um mês. Um mês se passou desde que minha garota quase morreu nos meus braços. Um mês desde que quase perdi a cabeça completamente.Eu a observei da porta da nossa nova casa, parada em frente ao espelho do banheiro, levantando levemente a blusa para passar os dedos sobre a cicatriz em sua barriga.A cicatriz que eu coloquei ali.A culpa me atormentava, mas ela sempre me dizia que não era minha culpa. Isso não importava. Porque era sim.Ela suspirou, puxando a blusa para baixo, e foi então que dei um passo à frente, envolvendo meus braços em volta de sua cintura e pressionando meu peito contra suas costas.— Linda candy. — murmurei, beijando sua nuca.— Pare de me olhar assim, Damon.Ignorei-a, abaixando-me para levantar sua blusa novamente e virando-a para mim. Seus olhos castanhos brilharam de confusão enquanto eu me ajoelhava diante dela, beijando sua cicatriz suavemente. Seus dedos imediatamente se moveram em direção ao meu cabelo, acariciando e arranhando. Fechei os olhos, e
JOYCEA viagem foi tranquila. Sua mão repousava na minha coxa, seus dedos acariciavam preguiçosamente para frente e para trás enquanto andávamos pela cidade, minha playlist tocava suavemente nos alto-falantes.Nem me dei ao trabalho de perguntar para onde íamos. Eu sabia que ele não ia me contar. Mas quando chegamos à minha antiga escola, franzi as sobrancelhas.Damon desligou o carro e olhou para mim.— Vamos.Franzi a testa e saí, enquanto olhava para o prédio, com o estômago embrulhado de confusão.— Damon, por que estamos aqui? E como você...Parei quando o vi tirar uma chave. A chave da escola. Ele sorriu, destrancando as portas e gesticulando para que eu entrasse.— Que merda você fez?! — Dei um tapa para reprender ele.— Droga, garota. Faz isso de novo.Dei outro tapa nele, e ele agarrou meu pulso, me puxando para perto dele, seus olhos escureceram.— Você vai continuar me batendo, candy? — ele murmurou, apertando minha cintura com mais força.Dei uma risada, ignorando o frio n