Capítulo.57— Eles vão ficar em segurança, não vão? — Pergunta Lúcia a Dhario.— Eles estão com o pai, não tenha medo.— Não sei… — Murmura sentindo um nó na garganta enquanto seu peito parecia querer a sufocar. — Não me sinto bem em deixá-los sozinhos com ela, é difícil demais… volte, Dhario, por favor! — Pede entrando em desespero.— Lúcia! Você está correndo mais risco que eles, são filhos delas. — Diz Dhario estacionando o carro no acostamento.— Não… eles estão correndo perigo, estou com uma sensação muito ruim desde o momento que entrei nesse carro, não posso deixar meus filhos com ela! — Esbraveja desesperada tentando abrir o carro.— Lúcia… eles não são seus filhos, são seus sobrinhos, sei que vocês criaram uma ligação forte e vocês tem laços sanguíneo, mas tente ter calma, ela não vai fazer nada e Alessandro não é tão descuidado a tal ponto, então vamos para a minha casa, lá você vai ter o tratamento adequado para voltar e se quiser brigar por eles. Ele consegue acalmar Lúci
Cap.58Já eram oito horas quando Alessandro se levantou com seus dois filhos, tomaram banho e se arrumaram para o café, o dia nunca havia começado tão vazio para eles três, ao ver que Lúcia não estava ali como era de costume.— Então de repente parece que tudo voltou a ser como era antes… — Lamente o pequeno Leandro.— Não, só por alguns dias, ela vai voltar, a mãe de vocês precisa de ajuda profissional.— Por causa de Aria, certo? — Pergunta Kayla.— Sim, por causa da mãe de vocês, a Lúcia é a irmã de Aria, em algum momento vocês iriam saber, então Lúcia é a tia de vocês.— A Lúcia não é nossa tia! — Leandro retruca. — Ela é nossa mãe, eu não quero outra mãe que não seja a nossa Lúcia. — Resmunga de mau humor.— Tudo bem, mas fiquem calmos, depois eu levo vocês para verem ela. — Anima as crianças que pulam de alegria.Eles seguem para a cozinha e a primeira coisa que estranham é a ausência de Ruby, pelo horário já era para ela estar em casa, Alessandro olha ao redor e tudo que ver é
Cap.59— Olá, Amadeu, você está impecável. — Diz Aria ao mesmo tempo que ele se levanta e de forma cortês puxa a cadeira para que ela se sente ao seu lado.— Posso dizer o mesmo de você e como esperava, você está mais linda do que nunca, — Diz sem fôlego.— Obrigada.— Que tal começarmos com um vinho, gostaria de conversar um pouco, saber das novidades, qual o motivo da sua digníssima presença nessa cidade. — Diz em seguida estalando os dedos chamando o garçom.— Você sabe, nada me trará a essa cidade além de meus filhos. — Comenta com um certo pesar e olhar entristecido.— Não é o momento de ficar triste, querida. — Murmura gentilmente apertando o queixo dela de forma suave, ela força um sorriso desanimado como se algo a incomodasse, a sua encenação estava convencendo bem Amadeu.— Ai… amadeu… você sabe os problemas, eu e Alessandro nunca nos demos bem.— Eu sei, quantas vezes você sofreu por ele, mas eu te disse desde aquela época que eu estou aqui para o que precisar.— Eu sei, mas
Cap.60Tudo parecia estar perfeitamente bem, Lúcia está sentindo menos dores de cabeça, ainda assim Dhario sabia que era apenas porque ele não estava forçando nenhuma coisa de seu passado.Alessandro tentava se manter tranquilo enquanto continuava a investigar e tentar encontrar a tal enfermeira, mas eram mais noites sem dormir e nenhuma solução.As crianças estavam quietas, mal tocavam no assunto ou comentavam sobre as suspeitas que tinham, ainda inseguras e se adaptando a vida com a sua nova rotina sem a Ruby enquanto sua avó tentava lhe dar o máximo de atenção.— Você precisa descansar. — Avisa Flora ao entrar no escritório de Alessandro o encontrando ainda analisando e lendo todas as informações entregues pelo investigador.— Não sei como descansar, preciso de provas, de informações contundentes, são tantas coisas que já estou indo a loucura, e ainda tem a empresa, eu tenho que cancelar os ensaios fotográficos que Lúcia ainda tinha.— Acredita que ela vá querer isso? — Mãe… não s
Cap.61— Como vai fazer para contar a eles o que aconteceu? — Pergunta Flora quando seguem para o escritório após deixarem as crianças brincando no jardim.— Não sei, tenho que contar a Lúcia antes, não sei como ela vai reagir, mas… — Murmurou pensativo ao mesmo tempo levando as mãos ao cabelo que já estava desgrenhado.— Vai ligar para Dhario?— Não, vou pessoalmente buscá-la, preciso contá-la para que contemos juntos sobre isso para as crianças até que eu consiga recorrer, não sei como Aria conseguiu isso tão rápido.— Ela já veio com tudo armado, e ainda tem tantas coisas para serem confirmadas.— O que você anda investigando? — Eu estava investigando o pai de Aria, e eles estão sendo investigados após tentarem ter direito a herança de Edgar Voil. — Comenta deixando Alessandro surpreso.— O que isso quer dizer? Sei que Edgar foi um grande amigo seu, mas não tem como alguém mexer nessa herança dele, até onde eu sei… só se encontrarem o filho dele. — Murmurou pensativo.— Eu sei, e
cap.62Aria foi visitar a mansão de Flora sabendo que Alessandro não estava em casa, mas o mesmo não tardou na casa de Dhario e já estava a caminho de casa, Aria seguia para a mansão apenas para ela mesma contar que iria levá-los para a casa dela.Flora tenta impedir, mas o oficial de justiça diz que se ela impedir que a mãe veja seus filhos eles podem ser levados imediatamente.Flora segue com ela até o quarto, mas Aria exige que deixe ela sozinha com eles e ameaça os meninos se eles contarem que sabem da verdade e por causa disso vai levá-los embora.Aria pôs sua vez, sabia que Alessandro havia saído e decidiu seguir até a mansão com um oficial de justiça, assim que chegou Flora foi a atender em frente a porta.— Você não pode me impedir de entrar. — Diz Aria indiferente enquanto flora a encara de mau humor.— Posso já que é minha casa!— Senhora, já deixo claro que o mandato é claro, a mãe das crianças não pode ser impedida de ver os meninos ou ela pode levá-los imediatamente. — E
cap.63Alessandro tenta acalmar os três enquanto os gêmeos continuam agarrados ao corpo de Lúcia implorando para que ela não os deixasse ser levados, mesmo que eles gritassem que ela era a mãe verdadeira, aquelas palavras não passavam apenas de expressão do que eles sentiam em vez de ser lidado como verdade.— Você que ajuda para acalmá-los?— Eu darei conta, vou levá-los para o quarto, peçam que levem alguma coisa para eles comer, mas por agora um pouco de água com açúcar. — Pede ele apreensivo.Ele leva para o quarto as duas crianças que seguravam a mão de Lúcia com firmeza.— Eu não queria que vocês soubessem assim… eu estou tentando recorrer, mas Taylor não está na cidade e nem está atendendo minha ligações, talvez se ele estivesse aqui… eu poderia ter tido alguma chance de fazer vocês permanecerem do meu lado, mas eu não vou deixar vocês nas mãos dela por muito tempo.— Papai… ela vai matar nós dois, não é? — Alessandro os encara surpreso.— Não! Ela não seria capaz de uma atroci
Cap.64Aria não se comoveu em meio ao choro das crianças e Alessandro e Lúcia que as abraçava sem conseguir as deixar ir, mas não tinha escolha desde que até mesmo a polícia e seguranças estavam lá para evitar qualquer tipo de agressão ou impedimento.Após as crianças serem levadas Dhario levou Lúcia de volta para sua casa, ela seguiu a viagem toda deitada no banco dos fundos apertando as têmporas sentindo uma dor insuportável enquanto as lágrimas molhavam o estofado.Alessandro por sua vez seguiu até seu quarto onde ligou as câmeras escondidas que tinha na mansão, ele não brigou com Aria sobre ela ficar na mansão ainda mais pelo motivo de ter aquelas câmeras escondidas em cada corredor, então qualquer situação de maltrato ele poderia usar para tirar a guarda dele.Assim que Aria chegou à mansão de Alessandro, os empregados levaram as malas das crianças para seus quartos enquanto ela seguia com eles.— Bom… — Suspira ela encarando as duas malas. — Vamos dispensar as formalidades. — D