― Se Shanty ainda tem sentimentos por Evan? ― Karise repetiu a pergunta. Ela balançou a cabeça e respondeu a Keith: ― Olha... Para ser sincera, não faço ideia. Shanty parece fechar suas emoções quando se tratava de Evan. Sempre que menciono o nome dele, ela parece que não ouviu nada como se entrasse por um ouvido e saísse pelo outro. Não sei dizer se está com raiva dele ou se sente falta dele ― Karise respondia à pergunta, enquanto coçava a cabeça e olhava para o céu noturno.― Mas, tem mais coisa além de Evan na questão. Uma vez, eu disse a ela que iria apresentá-la para um amigo que estava de mudança para Warlington, mas ela disse que não estava disposta a conhecer ninguém. Talvez o que ela diz seja verdade. Ela não quer mais se envolver emocionalmente para se concentrar em Lucas ― sugeriu Karise.Keith abaixou a cabeça, desanimado. Então, disse:― Ela ficou com raiva de mim e só vai continuar com nossa amizade por gratidão. ―― Sabe, Evan percebeu como amava Shanty, somente d
Shantelle soltou um suspiro pesado. Ela segurava o telefone na mão, apreensiva, por quase um minuto.― Shanty, é só um número de telefone ― disse Evan. ― Você vai precisar entrar em contato comigo para o nosso filho, Lucas. ―― Evan, não vou receber ligações que não envolvam meu filho. Portanto, não tenha nenhuma ideia maluca ― esclareceu Shantelle.Uma risada escapou dos lábios de Evan, quando ele respondeu:― Eu juro que não estava planejando ficar te atazanando. ―Shantelle revirou os olhos e decidiu ceder. Então, deu seu número pessoal e deixou Evan salvar o dele em seu celular. Depois, passou outro número, enquanto explicava:― Esse é o número do meu trabalho. Ligue-me apenas em casos de emergência. Em último caso, mesmo. ―― Obrigado pela confiança, Shanty. Vou valorizar seu número como se fosse ouro ― o CEO disse, com um sorriso, e a médica conteve a vontade de revirar os olhos, mais uma vez.― Ele ainda não comeu. Ele insistiu que queria tomar café da manhã com você ― e
― Papai, ali! ― Os olhos de Lucas estavam bem abertos, seus braços se estendendo para alcançar a maçã que encontrou. Ele estava sentado em cima dos ombros de Evan, inclinando-se para mais perto da árvore.― Quase lá, papai. Aproxime-se! ― Lucas ordenou.Evan se enfiou por entre as folhas da árvore para dar a Lucas a chance de pegar a maçã. Seu filho não estava satisfeito com as frutas mais fáceis de alcançar. A criança tinha ficado hipnotizada pela maçã grande e bem vermelha em um dos galhos mais altos. Finalmente pegando, Lucas exclamou:― Eba! Consegui! ― O menino dançava sobre os ombros de Evan, regozijando-se, antes de dar uma mordida naquela doce maçã. ― Uau! Está bem docinha! ―À tarde, Evan levou Lucas para fora de Warlington. O hotel havia recomendado uma fazenda de maçãs para eles passarem um tempo de qualidade e Evan achou que o passeio seria perfeito. Lucas experimentava um dos melhores momentos de sua vida. Eles estavam colhendo muitas maçãs e acabariam por deixar qua
‘Quem é este homem implorando sob meus pés?’ Shantelle não o reconheceu. Na verdade, toda a sua chegada e forma como abordava cada assunto foram uma completa surpresa para ela.Primeiro, o CEO disse que a amava e tinha saído procurando por ela. Em segundo lugar, não tentou criar caso com o fato de ela ter escondido Lucas, por anos. Mesmo a maneira como ele aceitou o filho, de peito aberto, ainda era avassaladora para Shantelle. Evan Thompson, o mesmo homem que disse a ela para desaparecer de sua vida, estava de joelhos, implorando e pedindo perdão.Seu corpo enrijeceu. Ela teve que fechar os olhos e controlar suas emoções e teve que usar muita força de vontade para liberar a mão. A médica não sentiu nenhuma mudança na frequência cardíaca de Evan depois de suas palavras e honestamente sentia sinceridade, mas o que aquilo importava? Ela também não era a mesma pessoa que costumava ser.― Evan, pare ― Shantelle ordenou. ― Por favor, volte para o seu lugar. ―― Shanty ― ele olhou para e
― Vovô, deixe-me ajudá-lo a se levantar ― Lucas se ofereceu, guiando Erick para a mesa de jantar da suíte do hotel. Do outro lado de Erick, uma auxiliar de enfermagem o segurava pela cintura.― Mas que menino mais doce ― comentou Erick, acariciando a cabeça do neto. ― Obrigado por cuidar do vovô. ―Fazia três dias desde que Erick recebera alta do hospital. Depois da escola de Lucas, Evan o buscou e o levou para o hotel, onde a criança pode conviver um pouco com seus avós paternos. Depois, Evan levaria o filho de volta para a casa da mãe.Erick e Clara nunca estiveram tão felizes, em muitos anos. O neto era uma nova fonte de felicidade. Era um menino alegre e muito doce. Nunca deixava de ser afetuoso com os avós, o que fazia com que os velhos Thompson se sentissem amados.― Estou indo para o hospital. Você fica aqui e janta com seus avós, está bem? ― Evan beijou a bochecha da criança e disse: ― Vejo você mais tarde, filhão. ―― Papai? Você vai buscar a mamãe? Por que você está indo
― Tem certeza de que você está bem? ― Shantelle perguntou enquanto levantava a camisa de Evan, pelas costas. Havia uma grande marca vermelha acima do quadril, sugerindo que o sangue havia se acumulado naquela área, formando um hematoma desagradável. Além disso, ele coçou a testa e admitiu ter machucado o braço.― Estou bem. Protegi minha cabeça, mas meu braço dói ― disse Evan, virando-se para o braço direito. ― Ainda assim, eu posso movê-lo. ―Logo após o encontro com o motorista, a equipe de segurança do hospital tentou correr atrás da moto, mas não conseguiu alcançar o motociclista.Evan foi levado para o pronto-atendimento, para avaliação. O empresário insistia que estava bem, mas Shantelle não o deixou sair. Afinal, de alguma forma, Evan a salvara de um atropelamento e ela não queria que o homem ficasse com alguma sequela por isso.Shantelle virou-se para a enfermeira do pronto-atendimento e pediu:― Coloque-o em uma tomografia computadorizada, só por desencargo de consciência
Três dias se passaram desde o incidente da motocicleta.A administração do hospital reforçou a segurança em torno da instalação e relatou o mesmo às autoridades. Infelizmente, a motocicleta estava com placas falsas e a polícia não conseguiu localizar o proprietário do veículo. Assim, o objetivo do ataque permaneceu desconhecido.Após o testemunho de Shantelle, as autoridades questionaram Briana West e sua família, mas negaram o envolvimento. Infelizmente, não havia nenhuma prova sólida para conectá-los ao incidente. A polícia também interrogou Peter Haris, mas ele refutou as acusações.Shantelle também denunciou o doutor Park. Ela relatou para administração do hospital como o médico agiu de forma estranha, naquele dia. Ainda assim, por não terem encontrado provas sólidas de que o referido cirurgião assistente estava tentando sabotar a lista de espera do órgão, doutor Park permaneceu como membro da equipe médica do hospital, mas foi colocado sob investigação. Shantelle, no entanto, r
‘Bom dia. Espero que você tenha descansado bem. Mamãe diz ‘oi’ e sente sua falta.’Shantelle leu a mensagem de Evan que incluía uma foto de Clara e Erick tomando café da manhã na velha mansão dos Thompson. Isso a fez sorrir, pensando em quantas vezes tomara café da manhã naquela mesma mesa. Então, digitou sua resposta:‘Por favor, diga ao tio e à tia que também sinto falta deles. Obrigada pela foto.’Depois de enviar o texto, Shantelle voltou a revisar o arquivo de um paciente. No entanto, quando estava no meio da leitura, outra mensagem chegou:‘Tem mais alguém aqui que sente sua falta.’Lendo a mensagem, Shantelle piscou uma vez e depois duas. Olhou para o telefone por alguns segundos, especulando sobre a identidade da pessoa. Evan realmente tinha mandado aquela mensagem Não parecia algo que ele faria.― Doutora Shant, sei que você ainda não tomou café da manhã, então o chefe me disse para pegar um para você ― Miguel entrou em seu escritório, interrompendo sua linha de pensamen