Tensão no ar

Matteo,

Quando eu fecho os meus olhos, sinto o dedo dela entre os nossos lábios, e quando eu olho ela está parada ali. Ela se mexe e eu a levanto, colando ela de volta no lugar.

— Só irá me tocar novamente, quando falar que acredita em mim, que acredita que eu não te trai, que tudo aquilo foi uma armação para nos separar.

Eu fico calado, pois eu não consigo acreditar no que ela fala. Ela repete, e eu continuo mudo. Ela então me empurra, e volta para nossa mesa zangada. Olho de um lado para o outro, e vou até a mesa também, e me sento em minha há cadeira.

— Garçom, traga o uísque mais forte que você tiver.

— Pronto, agora vai ficar bêbada.

— É problema seu? — Não respondo nada, e o garçom trás a garrafa de uísque, e coloca a dose no copo dela. Mas ela pega a garrafa da mão dele e coloca em cima da mesa. — Sabe o que mais me chateia, é que você não confia em mim. São dez anos de casados, dez, e eu nunca fiz nada que te desse motivos para duvidar de mim. Uma coisa acontece, e você já me julga.

— O que você faria se fosse ao contrário, se me visse na cama pelado com a sua irmã, ou uma amiga sua?

— Ia ficar com raiva na hora, isso é o óbvio. Mas depois se você falasse para mim, que foi uma armação, eu acreditaria em você, porque você nunca me deu motivos para desconfiar. Eu jamais ia fazer o que você está fazendo comigo.

— Liana, eu não estou fazendo nada com você. Estou apenas tentando resolver a nossa situação. E o melhor nesse momento, é não trabalharmos juntos.

Ela fecha os olhos e vira a dose de uísque se uma vez só. Olho para o outro lado, e coloco a mão entre os olhos. Nós nunca vamos chegar só empasse. Quando a garrafa está perto de acabar, a discussão volta.

— Está certo, você está certinho de não confia em mim. Então prepara os papéis do divórcio, que eu assino amanhã mesmo. Se você não me der eu mesmo vou atrás e te entrego. Mas em hipótese nenhuma, eu vou te vender a empresa do meu pai. Boa noite. — Ela fala se levantando da mesa.

— Onde você vai, Liana?

— Dá uma volta, preciso respirar ar puro, coisa que aqui com você, não tenho.

Ela vai sambando as pernas, e se ela entrar no carro para dirigir, vai acabar causando algum acidente. Vou atrás dela feito um besta que sou. E antes que ela abra a porta do carro, ela quase cai, por causa do salto alto.

Chego nela, e a ajudo a tirar os sapatos. Ela olha para mim, e pega um dos sapatos e me b**e com ele. Olho para os lados, e a vergonha que ela está nos fazendo passar, está me dando vontade de matar ela.

Praticamente a empurro para dentro do carro, no lado do passageiro, e vou para o banco do motorista. Levo a gente para casa, mas assim que chegamos ela olha pela janela e responde.

— Eu não moro mais aqui, idiota. Eu não quero mais viver nessa casa, não dá, tudo me lembra você, e por você não está aqui, eu amo queria morar.

— E onde você mora agora?

— Logo ali hahaha... — Ela fala caindo na gargalhada, e eu procuro esse logo ali dela. — Bom, eu acho que é logo ali, eu já nem sei mais.

Desço do carro e abro o portão, como ela não está com o botão para abrir no automático, tenho que abrir manualmente. Estaciono o carro na garagem, e pego ela no colo para levar para dentro.

— Nem mesmo separados, você não me deixa em paz?

— Eu não te chamei, você veio de intrometido. Eu nem se quer ia vir para casa agora, eu ia passear mais um pouco, mas você me trouxe... Porque me trouxe para casa?

— Porque você está bêbada, porque você ainda é a minha esposa, e porque você é uma figura pública, e não pode sair nos jornais e revistas nesse estado.

— Sou sua esposa? Mas você me abandonou, então não sou mais nada sua. — Coloco ela na cama sentada, e ela segura na minha mão. — Se me deixar aqui sozinha, eu vou sair.

Bufo, e me sento do lado dela, e faço ela se deitar na cama.

— Eu sempre te amei, desde o primeiro dia que seu pai te levou lá em casa, o de eles selaram o compromisso entre nós dois, eu já te amei ali mesmo. Sei que é besteira, mas foi amor a primeira vista. Para mim, não existia menino mais bonito que você. Agora me responda, eu te amando, acha mesmo que eu seria capaz de te trair?

Fico impressionado com as palavras dela, pois como.podenisso ser verdade? Não nos conhecíamos, não tivemos aquele lance de começar a namorar por amor, noivar e casar com planos para o futuro e coisa e tal. Apenas nos casamos e seguimos a vida de casados.

— Eu sempre fui fiel a você. Meu erro foi ter bebido aquele vinho da minha irmã, e ela me drogou. Essa prova eu já tenho na minha casa nova, vou juntar tudo e te provar que seu sempre fui só sua e de mais ninguém.

Não falo nada, apenas escuto ela falar o que pode até ser mentira, palavras falsas, já que ela está bêbada. Mas olhamos em seus olhos, eu não consigo ver falsidade, consigo ver o quanto ela está sendo verdadeira. Ela se senta novamente na cama e se levanta. Ela levanta o vestido, e se senta em meu colo, com as pernas abertas.

Olho para o decote do vestido dela, e levo as minhas mãos até a sua cintura. Aquele momento de prazer volta, e volta com tudo dessa vez, já que quando eu desço as minhas mãos, eu não sinto a alça da calcinha.

— Não estou vestindo nada por baixo, igual na nossa lua de mel quando você me levou naquela casa de show. Eu estava com aquele vestido curto que você me deu de presente, você se lembra?

Oh se eu me lembro. Se eu fechar os meus olhos posso até vivenciar tudo de novo.

— Você nos levou até uma mesa mais afastada das outras, só para poder me tocar aqui.

Ela pega minha mão, e leva até a sua boceta. E percebo o quanto ela está molhada. Fecho meus olhos, já imaginando meu pau escorregando para dentro dela. E para piorar a situação, ela começa a se esfregar, segurando a minha mão bem em cima do seu clitóris.

— Ahhh, Liana, não faça isso... Eu não vou me segurar.

— Não se segure...

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