MatthewsVanessa tá sendo gentil, o que a possibilidade de uma anulação não faz? Mas se ela quiser entrar no jogo não serei eu a impedi-la. Preciso mantê-la por perto ao menos até eu decidir o que farei sobre esse casamento, anular o casamento não seria possível, mas posso ao menos levar a justiça e me negar a cumprir o acordo até que o juiz tome uma decisão, e com bons advogados, posso prolongar isso para o resto da vida. — Pensa em ter filhos, Vanessa? — Talvez seus filhos pudessem ver a cor do meu dinheiro. — Na verdade não, pretendo ser a CEO da empresa, não terei tempo para crianças.— Ela fala sem sequer pensar na possibilidade. — Se tiver 50% da empresa a decisão ainda não será sua. — Falei deixando ela pensar sobre o assunto. — A decisão só seria minha se eu tivesse os 100% da empresa, além de ter que convencer os investidores que eu sou a melhor opção.— Com 100% a possibilidade é maior, porque eles sabem que não terá uma briga de interesse, a empresa se torna estável. —
VanessaQuando ele me segurou na escada senti meu coração acelerar, além do medo da possível queda conseguir sentir seu corpo musculoso sobre o meu, estávamos tão perto. — Sempre está segura perto de mim, Amore-mio. — Ele enfim fala em italiano, de forma carinhosa, me fazendo sentir uma certa ternura. — Não me chame assim! — Eu o repreendi, iremos nos separar em breve e aquela química entre nós não deveríamos estar acontecendo. — Tudo bem. — Ele fala se afastando, e minha vontade era é de retornar aos seus braços, mas não me humilharia pedindo. — Mas não me respondeu, porque tanta pressa para se livrar de mim Vanessa? Nós temos três meses para o fim do contrato. — Só não temos o porque adiantar o inevitável. — Falei dando de ombros, o divórcio é a única certeza que tenho, não posso passar o resto da vida casada com um homem que mora em outro país. Ele continuou andando em direção ao quarto, apenas o seguiu em silêncio, ignorando o que eu tinha sentido alguns segundos antes
MatthewsEu queria levá-la para cama e torná-la minha de uma vez por todas, mas quando percebi que ela queria tanto quanto eu, me orgulho me tomou e a promessa feita há veio em meus lábios. — Prometo que não irei tocá-la ao menos que me peça. — Percebo o choque em seu olhar o reconhecimento das palavras ditas há muito tempo. — Me peça Vanessa, me peça para tomá-la para mim, aqui nessa cama. Falei voltando com meus lábios para seu pescoço, o desejo por ela é quase doloroso, sempre a quis por anos sonhei em como seria tocá-la, ela negou com a cabeça. — Tem certeza? — Seus peitos estavam inchados e eu não precisava colocar a mão lá para saber que estava molhada. — Seria tão divertido, mas só podemos seguir esse caminho até a cama se me pedir. — Te pedir?! — Ela fala ofendida, tão acostumada com os idiotas aos seus pés, claro que para ela aquilo era uma ofensa . — Acha que mesmo que irei te pedir? — Temos um acordo selado há anos atrás. — Falei a puxando novamente para mim
VanessaUma proposta vantajosa, mas a que custo? Matthews quer um acordo de três meses, um acordo para tentar reatar esse casamento que já começou fracassado, três meses para consertar o que em nove anos não foi possível. Porém, três meses não é nada se comparamos que terei a empresa para mim, serei dona e poderei despedir todos aqueles que tentaram me boicotar durantes esses anos, não precisarem prestar conta ao Belmontes, terei tudo que eu sempre quis e ele apenas me pede três meses, apenas três meses e estarei livre para sempre de Matthews e de sua família. Peguei meu celular, precisava falar aquilo para minha mãe, lembrei que não troquei o chip e nem lembrei de pegar a senha do Wi-fi. E eu não sairia agora à procura de Matthews, o melhor é esperar até amanhã, o sono já está me vencendo, olhei ao redor o quarto de Matthews é impecável. Me deitei na cama e a lembrança de suas palavras.“Seria tão divertido, mas só podemos seguir esse caminho até a cama se me pedir.”É um idiota m
Matthews Quando dona Suzane bateu em minha porta eu soube que algo havia acontecido, Vanessa fugiu ou algo do tipo, e eu sei que é dona Suzane que bate na porta, porque ninguém mais teria essa ousadia.— O que houve? — Falei abrindo a porta. — Sua esposa foi furtada, suas roupas e malas não estavam no carro, ela disse está bem, mas sei que está chorosa, pode ir até lá e a calma-la?— Claro, mas sabe como foi isso? — Perguntei enquanto saia para ir ao meu quarto. — Não entrei muito no assunto, mas alguém lhe ofereceu ajuda e ela aceitou. — Revirei os olhos como pode ser tão inocente. — Obrigada por avisar, irei ver como ela está. — Falei e já estava seguindo o meu caminho quando Suzane me chamou.— Matthews, tem certeza que assinar o divórcio e deixar a pobre garota ir não é o melhor?— Ela fala apreensiva. — Fez o que eu pedir? — Ela me olha com seus olhos de julgamento. — Não vejo onde quer chegar, se quer conquistá-la deve seguir por outra abordagem. — Suzane acredita que
Vanessa Acordei com um barulho horrível de um galo cacarejando, ainda era noite. Eu não suportarei isso por muito tempo, e logo uma sinfonia de animais começou por todas as partes, coloquei o travesseiro sobre minha cabeça, mas não havia possibilidade de pegar no sono. Me odiei por ter aceitado ficar, poderia estar bem instalada em alguma pousada e acordar com o canto dos pássaros. Mas ao invés disso ouço relincho, galos, patos fazendo barulhos sobre água e pessoas assobiando com uma alegria de viver irritante pelo horário. Me encorajei a sair da cama e olhar pela janela, o sol se ponhe devagarinho e com preguiça como deve ser a esse horário, o cheiro de café invade meu nariz, algo gostoso e começo a me acalmar, meu estômago ronca quando o cheiro de algo que ainda não consigo identificar invade o quarto, seja lá quem cozinhe nessa casa, devo admitir que tem o dom. Não desceria as escadas e iria me enfiar na cozinha, minha educação não me permitira, mas a vontade de corre pelos cor
Matthews Assim que desci as escadas eu ouvi Vanessa falando coisas que não era da conta de ninguém, optei por modificar meu passado, disse o que eu quis e fiz as versões que mais me deixavam confortável. Já que explicar que tenho pais que não visito teria mais perguntas. “ E estão vivos?” Suzane pergunta.“ Mas é claro” Vanessa responde confusa. — Vejo que não perderam tempo em fofocarem sobre mim. — Falei me aproximando de Vanessa, ela me olha com acusação estampada em seu rosto. — Claro que tenho pais amorosos e ambos estão bem vivos. — Disse ser órfão? — Ela pergunta em tom de acusação. — Aqui é algo terrível. — Suzane fala demonstrando ter tomado um lado. — Como ousa?— Ela pergunta se mostrando ofendida, imagino que minha mãe encheu sua cabeça com afeto que me dava. — Eu menti, se ficarem procurando, vão descobrir que mentir sobre tudo. — Falei irritado e me sentei, não havia motivo para surpresa. Ninguém naquela família acreditava nas coisas que eu falava. — Eu te fal
VanessaO silêncio se entendia, como uma nuvem trazendo chuva, sobrecarregada de palavras não ditas por nove anos, eu poderia dizer e ele como me sinto sobre isso, mas ele entenderia? Olhei para ele, mas ele estava concentrado na estrada, não parecia ser ele a quebrar o silêncio, estava confortável em ser homem, somos nós mulheres que sempre temos a necessidade de falar tudo que nos incomoda. Cruzei os braços, não serei eu a ser a primeira a falar Já haviam se passado algumas horas, quando passamos de frente a delegacia, mas não paramos, olhei para Matthews, obviamente ele melhor que eu sabia que naquela placa estava escrito delegacia, mas continuou dirigindo, percebi que estávamos saindo da cidade. — Onde está me levando? — Perguntei por fim. — Na delegacia. — Ele nem se quer me olha continua a dirigir. — Passamos por uma delegacia. — Aquela não serve. — Fiquei confusa. — Aqui as delegacias não têm a mesma função? — Ele sorriu. — Amore-mio tem coisas que não tenho como