Era madrugada, Alice acordou um tanto assustada após um pesadelo, apesar de amedrontada, ela respirou fundo e se conteve, seu corpo estava suado, o medo lhe fazendo de morada, então ela levantou-se e ligou a luz, em sua mente assustada, aquilo lhe tranquilizaria ou protegeria de algo, em seguida ela retornou a cama, mas não conseguiu dormir, tinha muito medo de que seu pai a encontrasse. Com seu um e oitenta e nove de altura, Leonardo dormia naquele pequeno sofá, mas então acordou-se com a coluna doendo, ele virou-se, tentou buscar uma posição um pouco mais confortável, mas estava impossível, seu tamanho era incompatível com aquele sofá, então ele levantou, foi até a cozinha onde tomou um copo de água, em seguida caminhou pelo corredor em direção ao banheiro, ao passar em frente a seu quarto, ele pôde notar que a luz estava ligada, mas ele lembrava muito bem de não a ter deixado acesa, Leonardo decidiu checar aquilo, mas antes foi por sua necessidade e, após fazer xixi, ele la
Passava das dez da manhã, quando Alice acordou, ainda sentindo o aconchego dos braços de Leonardo, ela suspirou, então se mexeu com cuidado para não acorda-lo, mas ele já estava acordado a um tempo.— bom dia. — disse ele.— bom dia, desculpe, não queria te acordar.— não me acordou, já estava acordado a um tempo.— e por que não me tirou de cima de você? Poxa, ontem você estava com dor nas costas, deve estar ainda mais agora. — ela disse um tanto sem graça.— não estou, e se quiser meus braços pra dormir todas as noites, estou disponível, vamos dividir a cama mesmo.— seu bobo. — disse ela, em seguida riu. — vou levantar, quero ver minha irmã, vou usar seu banheiro tá.— nosso banheiro. — disse ele, ela mais uma vez riu.— muito bem colocado. — disse ela, em seguida levantou-se e seguiu para o banheiro, enquanto Leonardo seguiu em sua cama, depois de uns minutos, ele escutou o barulho do chuveiro e encarou a porta, pela noite havia ficado excitado, com Alice dormindo sobre se
Era tarde, quando enfim Alice acordou, Leonardo a abraçava por trás, então ela virou-se para olha-lo, ele tão sereno, sua beleza chamou atenção dela, aqueles lábios corados, a barba perfeitamente aparada.— que gato. — ela sussurrou baixinho, em seguida o chamou, bem de perto. — Leonardo, acorda, acho que dormimos demais. — ele apertou os olhos, em seguida os abriu, ele a vendo ali tão perto, tomou os lábios dela em um beijo que a surpreendeu. — já acorda assim?— é um bom jeito de acordar.— acho que você é meio pervertido, isso sim. — disse ela o fazendo rir. — vou tomar um banho pra acordar direito, dormi demais e estou meio fora do ar.— vai lá, mas se quiser companhia é só me chamar. — disse ele, em seguida suspirou ao vê-la levantar-se completamente despida. Leonardo saiu de seu quarto, no corredor, encontrou com sua mãe que estava saindo do quarto de Mia, ela ao vê-lo, cruzou os braços, sorriu e balançou a cabeça em negação.— será mesmo que não está rolando
Após ter comido sua salada de frutas, Mia entregou a tigela a Lorenzo que a levou até a cozinha, mas rapidamente voltou e sentou ao lado dela, ela sem demora buscou os braços dele para um abraço, o que até o surpreendeu.— está bem meu anjo? — ele questionou temendo que ela estivesse sentindo-se mal.— sim, só estou um pouco carente, sua mãe me disse que é normal mulheres gravidas ficarem mais manhosas e carentes.— meu anjo, sempre estarei pra você pra matar sua carência. — disse ele animado enquanto lhe acariciava os cabelos.— te amo Lo.— também te amo meu anjo. — ele sussurrou ao ouvido dela, então a viu bocejar. — com sono meu amor?— um pouco, quero deitar. — Lorenzo levantou-se então a pegou colo, aqueles momentos de demonstração de carinho eram importantes para ela, mas também para o relacionamento, para que a confiança se reestabelecesse. — fica comigo?— quer que eu durma com você? — ele questionou animado enquanto a colocava na cama, mas ela balançou a cabeça em neg
— maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo gritou sentindo o ódio tomar seu corpo, sua mente e sua alma, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele, Lorenzo era um homem influente e perigoso, que as pessoas temiam, pois estava disposto a sujar suas mãos de sangue ou fazer qualquer coisa para manter sua honra intacta, para alguns, ele era o próprio diabo, um homem sem escrúpulos, o julgavam até sem alma. ♡ HORAS ANTES ♡ Sentado na cadeira de seu escritório, de paredes de cor sucinta, cortinas cinza, nada de muita cor, aquele local tinha parte da personalidade de Lorenzo, sem vida, sem alegria, um canto sombrio de sua alma. Ele levou seu copo de Whisky até a boca, tomando um generoso gole, que fez sua garganta arder, porém aquilo não o incomodou, estava acostumado e gostava da breve sensação de queimação, estava tendo um momento de descanso, o que nos últimos dias, havia sido bem raro, com sua posição, vinham várias obrigações e também preocupa
Cerca de três dias haviam se passado, Lorenzo sabia que seus homens estavam trabalhando para resolver aquilo, então estava um pouco mais tranquilo, sabia o quão eficiente eles eram. Mais uma vez sentado em seu melancólico escritório, estava Lorenzo, quando alguém bateu na porta. — entre. — ele disse forma simples, logo ele viu um de seus homens passar pela porta. — senhor, pegamos a garota. — disse ele empolgado, aquele rapaz era novo no mundo da máfia e queria mostrar eficiência a Lorenzo. — onde está? A traga aqui agora mesmo. — Lorenzo disse, o rapaz assentiu, em seguida saiu, em pouco menos de dois minutos voltou arrastando uma garota que tinha um saco preto em sua cabeça, Lorenzo estava atônito, crente que ali estava a solução para calar Alexandre. — tire esse saco da cabeça dela e traga até mim. — o homem fez como o solicitado, tirou o saco da cabeça dela e, a empurrou para que desse uns passos a frente, a garota com sua péssima coordenação motora, caiu ao chão, Lorenzo
Naquela noite, Mia mal pôde pregar os olhos, estava assustada com aquela situação, em sua mente, uma ponta de esperança surgiu, que seu pai, lhe demonstrando ao menos o mínimo de amor, a procurasse, ela sabia que seu pai fazia parte da máfia, havia descoberto a poucos anos atrás, quando uma empregada deixou escapar a frente dela, mas não teve mais informações além disso, seu contato com o pai era mínimo, mesmo morando na mesma casa, ela sempre trancada em seu quarto, fazia meses que não ficava em sua presença. Pela manhã, após uma noite mal dormida, Lorenzo saiu de seu quarto, caminhando pelo corredor, parou em frente ao quarto onde havia colocado Mia, estava tudo tão silencioso, coisa incomum para uma pessoa sequestrada, mas não era incomum para Mia estar trancada. Lorenzo retornou até seu quarto, pegou a chave e rapidamente foi ao quarto de Mia, ele colocou a chave na fechadura, destrancou, mas quando foi abrir a porta, a sentiu bater em algo, ao olhar, viu ser Mia. — esta tudo b
Depois de longas horas com aquele assunto em sua mente, Lorenzo ainda não tinha decidido o que fazer, nem com Mia, muito menos com sua vingança, então para se aprofundar um pouco mais naquele assunto, decidiu falar com ela, talvez Moret tivesse razão e ela soubesse de algo util. Lorenzo seguiu até o quarto em que Mia estava, a porta estava destrancada, então somente entrou, ela não estava sentada, como quando havia saído daquele quarto, ela estava deitada, encolhidinha. — quem está ai? — ela questionou a sentir uma presença. — sou eu. — mas ainda não sei quem é você. — seu semblante era triste, de cortar corações, até mesmo o de alguém frio como Lorenzo. — me chamo Lorenzo. — Lorenzo...o que vai fazer comigo? — ela questionou temerosa. — precisamos conversar, pra só então saber o que fazer com você. — Lorenzo sentou-se na cama, não tão perto dela, não queria que se sentisse acuada, mas Mia era tão inocente que não tinha ideia do mal que um homem poderia a causar. — c