Crystal NorthwindPorém, a calmaria é interrompida quando Ice aparece na mansão. Seu rosto está contorcido pela raiva e irritação, e meu coração afunda ao vê-lo assim. Ele imediatamente ordena que vamos embora, sem nem mesmo olhar na direção do irmão.Eu tento acalmar a situação, pedindo para ele pelo menos cumprimentar o Aleksander e ficar um pouco mais, mas minhas palavras parecem cair em ouvidos surdos. Ice está irredutível, e sua explosão de emoções parece não ter fim. Ele sai da mansão sozinho, deixando-me perplexa e confusa.Enquanto o vejo partir, dirigindo o carro em alta velocidade, o meu coração se aperta com a preocupação. O que aconteceu para ele estar tão furioso? E o que isso significa para nós, para nosso relacionamento? Essas perguntas pairam no ar, sem respostas imediatas à vista.As palavras gentis do Aleksander ecoam em meus ouvidos, e sinto um aperto no coração ao ver a tristeza em seu olhar. Seus olhos, normalmente tão vivos e cheios de confiança, agora estão nubl
IceNós nos encaramos em silêncio, o peso da decisão pairando entre nós. É um momento de clareza e confronto, onde as verdades não ditas são finalmente trazidas à luz. E, apesar da dor da separação iminente, há também uma sensação de frustração, é difícil amar alguém e tentar protegê-la de tudo, muitas vezes é preciso deixar ir para permitir que o outro cresça, nesse momento quem precisava crescer era eu e a conhecendo o suficiente sabia que ela não iria ceder.Crystal NorthwindEu me viro para encarar Ice, meu esposo mesmo que por conveniência, com os olhos cheios de determinação, mas também de uma pontada de tristeza. Seus planos de voltar para a Itália soavam como uma sentença de afastamento, não apenas geográfico, mas emocional.—Se você não quer ficar na Rússia por causa do Aleksander, então eu irei com você para a Itália. Não apenas porque sou sua esposa, mas porque somos melhores amigos—eu digo, tentando transmitir toda a profundidade do que estou sentindo.A expressão de Ice
AleksanderAbro a porta da minha mansão e vejo Lissy diante de mim, toda molhada pela chuva que caía lá fora. Um misto de alívio e gratidão se mistura dentro de mim ao vê-la ali tão rápido. Eu não sabia o que fazer, meu filho Andrei estava com uma febre alta, e eu estava começando a entrar em pânico.—Obrigado por vir tão rápido.—agradeço a ela, segurando sua mão por um momento antes de guiá-la até o quarto de Andrei.Lissy vai às pressas até o quarto do meu filho, sua expressão séria e determinada enquanto cuida dele. Seus movimentos são precisos e cuidadosos, e logo a febre começa a ceder, dando lugar ao alívio quando o pequeno Andrei finalmente adormece.Olho para Lissy, observando-a toda molhada não apenas pela chuva lá fora, mas também pela água do chuveiro ao dar banho em Andrei, quando ele estava com a febre alta. Ela é uma visão de coragem e compaixão, e meu coração se enche de admiração por ela.Então, decido convidá-la para ir até o meu quarto, onde ela poderá vestir roupas
AleksanderEla me afasta com um tapa, seu gesto firme me deixando perplexo, enquanto suas palavras ressoam em meus ouvidos como um trovão. O choque do tapa ainda latejava em minha pele quando ela me empurrou para longe, como se eu fosse uma ameaça iminente.— Como você ousa beijar-me se nem me reconheceu mais cedo?— ela desafia, seu olhar penetrante me perfurando com uma intensidade indescritível.Um sorriso involuntário se forma nos meus lábios diante da sua indignação, e rapidamente tento explicar.—Eu a reconheci desde que a vi, mas não queria constrangê-la diante da Crystal— confesso, tentando acalmar a tempestade que se formava entre nós. —Não sabia se você havia mencionado para ela sobre mim.Seus olhos vacilam por um instante, como se lutasse para processar minhas palavras. Mas então, uma compreensão relutante parece se instalar em seu semblante, suavizando a raiva que a consumia.O silêncio pesa entre nós, carregado com a tensão não dita e as emoções fervilhantes. Apesar da c
AleksanderCom o coração acelerado, adentro a imponente mansão de Viktor Petrov, meu maior rival na vida e no mundo do crime. Cada passo ecoa no hall vazio, enquanto as sombras dançam ao meu redor, alimentando minha inquietação.Ao encontrar Viktor, sua expressão impiedosa me acolhe, uma mistura de triunfo e ameaça. —Aleksander.—ele murmura, como se saboreasse meu nome em sua língua. —Finalmente veio se despedir do seu velho pai?Seguro firme meu semblante, ignorando a provocação. —Onde está meu pai, Viktor?Ele sorri, um gesto cruel que corta como lâmina afiada. —Ah, ele está seguro... por enquanto, proponho que me torne o Don de sua máfia, posso te dar alguns lucros nos negócios, mas você não será mais aliado a máfia russa, quero que me dê o poder de ter o controle de toda máfia Russa e assim terá o seu pai vivo e poderá ser um homem comum, mas bastante rico.A tensão no ar é palpável, pesando sobre mim como uma âncora. Meu pai, o último elo com meu passado, está nas mãos deste mons
Ice Northwind A luz do sol filtrada pelas cortinas dança suavemente sobre o rosto sereno de Crystal enquanto ela dorme, e eu me levanto com cuidado para não perturbá-la. O calor reconfortante do cobertor me abraça enquanto me desvencilho dos lençóis e sigo para o banheiro.A água quente do chuveiro cai sobre mim, lavando a tensão mas também todo cansaço após uma longa noite de amor na noite anterior. Cada gota parece acalmar minha mente inquieta, mas meus pensamentos ainda estão com Crystal, com suas preocupações, suas esperanças e seus sonhos.Após o banho revigorante, volto ao quarto e me inclino sobre Crystal, depositando um beijo leve em seus lábios. Ela responde com um murmúrio sonolento, seus olhos se abrindo lentamente para me encontrar.—Vou ao hospital agora, mas prometo estar de volta a tempo do almoço.—digo a ela, acariciando suavemente sua bochecha. Seu sorriso sonolento me tranquiliza, e com um aceno de cabeça, ela se acomoda novamente nos lençóis.Com um último olhar
Ice Northwind —Você deve culpar a situação, o destino, talvez até a mim mesmo por não ter revelado antes. Mas o que importa agora é que estou aqui, disposto a contar toda a verdade, e ser seu irmão, se você me permitir.Suas palavras ressoam em meus ouvidos, carregadas de uma mistura de arrependimento e determinação. Eu não esperava essa reviravolta, essa abertura tão inesperada de sua parte.Eu fecho a porta e volto a sentar na cadeira, encarando-o com seriedade. —Não sei se consigo confiar em você depois de tantos anos de mentiras e segredos. Mas, se suas palavras forem sinceras, talvez haja uma chance para nós, mas terá que me contar tudo.Aleksander assente, seu olhar buscando o meu em busca de compreensão. —Eu entendo. Eu sei que não será fácil, mas estou disposto a fazer o que for preciso para reconstruir nossa relação.Respiro fundo, ponderando suas palavras e meu próprio coração. Finalmente, estendo a mão em direção a ele, um gesto de reconciliação e esperança. —Então va
Ice NorthwindPassei a manhã com o Aleksander, em seguida fomos para a minha mansão na Rússia, almoçarmos juntos com a Crystal, assim que chegamos, a Lissy, sua irmã, também estava lá, as duas prepararam o almoço, o que me deixou surpreso.—Olá cunhado, espero que esteja mais calmo.—disse Lissy ao me ver entrando na cozinha.Me direcionei até Crystal e a beijei, em seguida disse:—Temos um convidado.— Alguém do hospital?—ela pergunta-me.Antes que eu respondesse o meu irmão entra na cozinha e noto que as duas ficam surpresas.— Não precisam ficar surpresas, finalmente nos entendemos, afinal vocês duas sabem que não se pode ficar por muito tempo afastado de um irmão. Observo atentamente a interação entre Aleksander e Lissy. Há algo diferente no ar, uma tensão sutil, mas perceptível.Quando Aleksander cumprimenta Crystal e beija a Lissy na bochecha, um arrepio de intriga percorre minha espinha. Ser