AleksanderEla me afasta com um tapa, seu gesto firme me deixando perplexo, enquanto suas palavras ressoam em meus ouvidos como um trovão. O choque do tapa ainda latejava em minha pele quando ela me empurrou para longe, como se eu fosse uma ameaça iminente.— Como você ousa beijar-me se nem me reconheceu mais cedo?— ela desafia, seu olhar penetrante me perfurando com uma intensidade indescritível.Um sorriso involuntário se forma nos meus lábios diante da sua indignação, e rapidamente tento explicar.—Eu a reconheci desde que a vi, mas não queria constrangê-la diante da Crystal— confesso, tentando acalmar a tempestade que se formava entre nós. —Não sabia se você havia mencionado para ela sobre mim.Seus olhos vacilam por um instante, como se lutasse para processar minhas palavras. Mas então, uma compreensão relutante parece se instalar em seu semblante, suavizando a raiva que a consumia.O silêncio pesa entre nós, carregado com a tensão não dita e as emoções fervilhantes. Apesar da c
AleksanderCom o coração acelerado, adentro a imponente mansão de Viktor Petrov, meu maior rival na vida e no mundo do crime. Cada passo ecoa no hall vazio, enquanto as sombras dançam ao meu redor, alimentando minha inquietação.Ao encontrar Viktor, sua expressão impiedosa me acolhe, uma mistura de triunfo e ameaça. —Aleksander.—ele murmura, como se saboreasse meu nome em sua língua. —Finalmente veio se despedir do seu velho pai?Seguro firme meu semblante, ignorando a provocação. —Onde está meu pai, Viktor?Ele sorri, um gesto cruel que corta como lâmina afiada. —Ah, ele está seguro... por enquanto, proponho que me torne o Don de sua máfia, posso te dar alguns lucros nos negócios, mas você não será mais aliado a máfia russa, quero que me dê o poder de ter o controle de toda máfia Russa e assim terá o seu pai vivo e poderá ser um homem comum, mas bastante rico.A tensão no ar é palpável, pesando sobre mim como uma âncora. Meu pai, o último elo com meu passado, está nas mãos deste mons
Ice Northwind A luz do sol filtrada pelas cortinas dança suavemente sobre o rosto sereno de Crystal enquanto ela dorme, e eu me levanto com cuidado para não perturbá-la. O calor reconfortante do cobertor me abraça enquanto me desvencilho dos lençóis e sigo para o banheiro.A água quente do chuveiro cai sobre mim, lavando a tensão mas também todo cansaço após uma longa noite de amor na noite anterior. Cada gota parece acalmar minha mente inquieta, mas meus pensamentos ainda estão com Crystal, com suas preocupações, suas esperanças e seus sonhos.Após o banho revigorante, volto ao quarto e me inclino sobre Crystal, depositando um beijo leve em seus lábios. Ela responde com um murmúrio sonolento, seus olhos se abrindo lentamente para me encontrar.—Vou ao hospital agora, mas prometo estar de volta a tempo do almoço.—digo a ela, acariciando suavemente sua bochecha. Seu sorriso sonolento me tranquiliza, e com um aceno de cabeça, ela se acomoda novamente nos lençóis.Com um último olhar
Ice Northwind —Você deve culpar a situação, o destino, talvez até a mim mesmo por não ter revelado antes. Mas o que importa agora é que estou aqui, disposto a contar toda a verdade, e ser seu irmão, se você me permitir.Suas palavras ressoam em meus ouvidos, carregadas de uma mistura de arrependimento e determinação. Eu não esperava essa reviravolta, essa abertura tão inesperada de sua parte.Eu fecho a porta e volto a sentar na cadeira, encarando-o com seriedade. —Não sei se consigo confiar em você depois de tantos anos de mentiras e segredos. Mas, se suas palavras forem sinceras, talvez haja uma chance para nós, mas terá que me contar tudo.Aleksander assente, seu olhar buscando o meu em busca de compreensão. —Eu entendo. Eu sei que não será fácil, mas estou disposto a fazer o que for preciso para reconstruir nossa relação.Respiro fundo, ponderando suas palavras e meu próprio coração. Finalmente, estendo a mão em direção a ele, um gesto de reconciliação e esperança. —Então va
Ice NorthwindPassei a manhã com o Aleksander, em seguida fomos para a minha mansão na Rússia, almoçarmos juntos com a Crystal, assim que chegamos, a Lissy, sua irmã, também estava lá, as duas prepararam o almoço, o que me deixou surpreso.—Olá cunhado, espero que esteja mais calmo.—disse Lissy ao me ver entrando na cozinha.Me direcionei até Crystal e a beijei, em seguida disse:—Temos um convidado.— Alguém do hospital?—ela pergunta-me.Antes que eu respondesse o meu irmão entra na cozinha e noto que as duas ficam surpresas.— Não precisam ficar surpresas, finalmente nos entendemos, afinal vocês duas sabem que não se pode ficar por muito tempo afastado de um irmão. Observo atentamente a interação entre Aleksander e Lissy. Há algo diferente no ar, uma tensão sutil, mas perceptível.Quando Aleksander cumprimenta Crystal e beija a Lissy na bochecha, um arrepio de intriga percorre minha espinha. Ser
Crystal NorthwindCada dia ao lado do Ice e da nossa família era único, estávamos sempre viajando, o Ivan não se sabia sobre ele e o avô do Ice faleceu sem se arrepender do que havia feito com o seu neto. Apesar de tudo nós estávamos felizes e e a maior alegria, veio a alguns meses quando descobri que estava grávida.Éramos inseparáveis e sempre falávamos sobre nosso futuro e o lindo futuro que imaginávamos para a nossa princesinha.Após a jornada dos nove meses a carregando na minha barriga, veio o seu primeiro ano, seu segundo, terceiro e quarto ano, o Ice diminuiu a sua carga horária de trabalho para estar sempre aproveitando cada momento com a nossa pequena princesa, éramos uma família completa, era assim como eu me sentia.Até nossa princesa começar a passar mal durante a noite e mesmo aos meus cuidados, ao da Lissy e buscando o melhor pediatra para tratar a pneumonia que ela teve, nenhum dos nossos esforços puderam mudar a imensa tristeza que nos invadiu após dois meses lutan
— Eu não quero que você tenha que me ver como um fardo, e não consigo mais continuar nesta casa, tudo me lembra a Chiara, eu me sinto sufocada, eu não posso fazer isso com você, não consigo mais.—Mesmo que não me ame, eu não vou fazer o que quer, não vou fazer isso, não agora.—diz ele furioso, com seus olhos cansados.—Se não agora, então quando?—pergunto, insistindo em manter o diálogo que era o mais longo que tivemos em anos, desde a morte da nossa filha.Ele me pega em seus braços e me leva a força até o nosso quarto, eu grito, mas ele continua caminhando, assim que abre a porta, vejo a cama intacta ele me coloca na cama e diz:—A partir de hoje você irá dormir comigo, compartilhará da mesma cama e se quer tanto divorciar-se de mim, assinarei os papéis do divórcio daqui a seis meses, com a condição de que você retorne ao trabalho e também cumpra seu papel como esposa, se após seis meses ainda quiser o divórcio eu te darei.—Você está louco?Prefere um casamento por conveniência
Ice NorthwindDeitados na cama, enquanto assistíamos um filme e perto do final a vejo adormecer, daquela forma, com um semblante tranquilo, fiquei a admirando e pensando no seu pedido, como ela poderia desejar o divórcio.Enquanto observava Crystal adormecer, me vi imerso em pensamentos sobre seu pedido de divórcio. Refleti sobre tudo o que enfrentamos juntos nos últimos anos e percebi que ainda a amo profundamente. Não estou disposto a perdê-la. Mesmo estando distante, meu amor por ela permanece inabalável. Adormeci ao seu lado, decidido a lutar pelo nosso relacionamento.Na manhã seguinte, ao acordar, fiquei surpreso ao encontrar Crystal pronta para irmos juntos ao hospital. Sua presença ao meu lado reforçou minha determinação em lutar por nós. Estávamos juntos, e isso era tudo o que importava.Crystal me olhou com um sorriso sonolento, mas ela estava linda e pergunta:—Não irá levantar para irmos ao hospital ?Retribuí o sorriso e respondi:—Claro que sim. Em dez minutos estarei