Capítulo 15Senti tudo dentro de mim mais uma vez quebrar mas agora o peso da dor era muito maior, eu sentia o buraco se abrir dentro do meu peito avisei o Ricardo que a mãe dele estava lá e apenas saí cavalgando sem rumo, mais uma vez o meu medo de se abrir ora alguém aconteceu e me sinto um lixo por isso, cavalguei por algum tempo e me sentindo longe o suficiente desabei desci da Valente sentei no chão de frente pra cachoeira e me permiti desabar vou me permitir chorar, mas será a última vez que farei isso, depois de hoje eu não deixarei ninguém mais me magoar.Quando consegui voltar a respirar me levantei pra sair dali um cavalo se aproximava e logo o reconheci: -Invadindo terras novamente? -Soube que minha irmã chegou estou indo ver ela na fazenda. -A loira é sua irmã? -Sim a Megan e eu somos irmãos a conheceu já? -De relance, bom já sabe o caminho... -Você está bem? -Estou ótima vou cavalgar mais um pouco...Subo na Valente e saio rápido não quero conversar com ning
Capítulo 16Agora é tudo ou nada, eu e o touro temos que ser um só, o tempo parece ter parado tamanho a adrenalina correndo em mim, o touro tentava me jogar de todo jeito de cima dele mas a minha fé na minha santinha e a vontade de mostrar o poder de uma mulher era maior que tudo mesmo depois de ouvir a corneta dos 8 segundos ainda levei um tempo pra pular, assim que pulei fiz o sinal da cruz saindo de cena e vendo a plateia do rodeio aplaudindo de pé, isso é só o início da revolução que pretendo e eu vou conseguir.Muitos repórteres e outros peões tentaram ne cercar mas consegui me desvencilhar de todos, darei entrevista apenas no ultimo dia quando ganhar a fivela e a caminhonete não é pelo prêmio, é pelo respeito, é bem provável que mesmo que eu ganhe anulem o prêmio por ter quebrado as regras, mas eu serei conhecida e é essa visibilidade que eu quero! -A disputa está acirrada o melhor tempo até agora do peão novo Antônio fez em 8.14 segundos, e vamos para o próximo Luiz Valença!
Capítulo 1Ana Lívia VenturaDesde que eu tenho lembrança, meu prazer e cavalgar por esses pastos, eu tinha uns seis anos, os meninos 10 quando dona Liliana levou Rafael daqui, minha ultima lembrança com Rafael foi que corri com o cavalo atrás do carro e ele no vidro acenando, Ricardo se fechou no quarto por dias e a única pessoa que ele recebia era eu, e assim nos tornamos melhores amigos...Os anos se passaram e Rafael não vinha nem pra visitar era Ricardo quem ia ver ele e a mãe, então um mês no ano por 20 anos eu ficava sem o Ricardo, estudamos juntos, fizemos faculdade juntos, e não tenho lembrança de viver sem ele, nos formamos em veterinária, soube que Rafael se formou em administração, mas alem disso não sei muito dele. -Ricardo a Zuleide ta dando cria anda! -Calma estou indo é cinco da manhã!Corremos até o curral para fazer o parto da Zuleide, está dificil tem algo errado ela está sangrando muito. -Eu vou ajudar, o bezerro está atravessado, vai morrer os dois Ricardo,
Capítulo 2Rafael BarretoQuando recebo a ligação do meu irmão sinto dentro do peito que chegou a hora de voltar, vi muito pouco meu pai nesses anos, culpei muito ele pela separação, mas hoje sei que não se deve viver infeliz, minha mãe não era uma mulher para viver em uma fazenda no fim do mundo.Minha mãe era modelo e atriz meu pai a tratava como um troféu, mas nem sei se realmente ouve amor, pois vejo ela com o John e não é nada nem perto do que ela era com meu pai, ela ama John de verdade.Meu pai pelo que sei nunca mais casou de novo, viveu pra fazenda todos esses anos.Pesquiso rapidamente a passagem arrumo minhas malas, informo a empresa que presto consultoria sobre minha viajem e parto para o aeroporto, no caminho aviso minha mãe, e sigo meu caminho.Horas de uma viagem cheia de turbulência e mais uma hora de ônibus avistei a placa bem vindo a Riacho Doce...É o bom filho a casa torna é a frase certa.Vou direto pro hospital pergunto na recepção e me passam o quarto deixo minh
Capítulo 3Ana LíviaEu tento juro eu tento me controlar mas sempre que vejo Erick algo em mim morre novamente, saí do carro para chorar mas o Rafael veio atrás, ele não vai entender e eu não vou falar... -Ana Lívia o que foi? -Nada Rafael só preciso ficar sozinha! -Ana espera você vai pegar uma pneumonia assim! -E podia morrer seria muito bom se isso acontecer, pode entrar na caminhonete sem chiar? -Menina não fale assim me conta o que foi?Alcanço ela e seguro ela pelo braço, ela puxa pra soltar, se debatendo contra mim, mas a seguro mais forte a puxando pra mim, era muita lama, e me desequilibro caindo e a levo junto, e ela acaba caindo por cima de mim, olho nos olhos dela e percebo as lágrimas ali, e nesse instante ela desaba.A abraço apertado enquanto ela chora, as lágrimas misturadas com a chuva escorrem no meu peito me sento na lama, com ela ainda nos meus braços ela parecia tão frágil, fico em total silêncio apenas deixo que ela desabe ali, que bom que estou aqui po
Capítulo 4 -Nada Rafael oxi, eu disse que queria ficar sozinha você não entende o que eu falo não?Guardo a sacola novamente e me viro pra ele o encarando parado na porta assim que ele entrou e encostou a porta, a chuva ficou muito mais forte acompanhada de uma ventania, escutei um barulho muito alto, corri até a porta e ela estava emperrada, forcei, forcei mas não abria. -A meu São Pedro o que está acontecendo? -Espera eu abro.Ele também força muito e não abre pronto estamos presos aqui agora! -É não abre... -Arri Égua, e agora? -Vou tentar ligar pro meu pai.Procuro pelo meu celular e não encontro deve ter caído quando corri da caminhonete infernooooooo! -Eu não estou com o meu, cadê o seu celular? -Ficou na caminhonete...Ele começa a andar de um lado para o outro a chuva lá fora parecia que não ia dar trégua, eu estou molhada ele também e está cada vez mais frio. -Acho que vamos ter que dormir aqui ninguém vai tentar abrir aqui durante esse temporal. -Você e
Capítulo 5 Ana LíviaAo chegar em casa tomei um banho e fui descansar um pouco assim que deitei na cama foi inevitável não lembrar da noite no galpão do celeiro, minha pele se arrepiou ao lembrar do toque do Rafael...Afasto as lembranças e as sensações e me reviro na cama tentando dormir e com muito custo adormeço mas sonho com ele e acordo suando com o corpo pegando fogo.No sonho ele me pegava pelos braços me puxando pra ele em baixo da chuva e tomando meus lábios pra ele, todo meu corpo parecia conectado ao dele como se o pertencesse.Acordo afobada afastando tudo isso de mim, jamais vou deixar esses sentimentos me dominarem novamente, o amor nos deixa fracas e eu não me permito mais ser fraca... -Oxi sai daí!Levanto afastando tudo isso da mente tomo outra ducha rápida me visto com uma camisa preta justa, calça jeans escura e chapéu marron, no mesmo ton da bota, pego minha maleta e sigo pro curral ver como está o bezerro que nasceu.Assim que cheguei e começo a examinar o beze
Capítulo 6Minha mãe entra na cozinha fazendo com que o elo do nosso olhar fosse quebrado e me viro de costas rapidamente não posso nem pensar em ter algo assim com Rafael, ele não é do meu mundo somos diferente demais e eu nunca mais vou cair nesse papo furado de todo homem... -Minha filha como está o Seu Roberto? -Oi mãe então temos que tirar tudo do quarto do Seu Roberto vai ser montado um quarto de hospital pra ele poder voltar pra casa, e arrumar o quarto ao lado para as enfermeiras que vão ficar com ele... -Meu pai ta...melhor? -Na medida do possível pra gravidade do caso dele Rafael... -E você não pode ficar perto dele até que melhore da gripe, uma simples gripe pode ser fatal pra ele... -Eu vou pra um hotel então até ficar melhor. -Não meu filho imagina, fica lá em casa, tem espaço e assim fica perto pra qualquer necessidade guri. -Mãe, eu vou lá chamar o meu pai e os guris pra ajudarem e você almofadinha vá descansar pra melhorar logo, quando voltar te levo lá