Quatro

Nick

Quando eu recebi a notícia da morte da Karin foi como se o meu mundo desabasse, tudo o que eu havia planejado, e esperava viver praticamente pelo o resto da minha vida foi por água a baixo. Todos os nossos planos e sonhos, de ficarmos juntos para sempre se acabaram, e eu me vi sozinho e sem o grande amor da minha vida. A única coisa que me restou foram os nossos filhos lindos, e a minha promessa para ela de que eu cuidaria deles e que nunca os deixaria sozinhos.

Porém, está muito difícil manter essa promessa, pois eu amo muito os meus filhos, mas cuidar sozinho de um garoto de cinco anos de idade e de um recém nascido não é nada fácil. E para completar, eu não sei o que o Kaique tem contra todas as babás que entram na nossa casa, o garoto simplesmente faz com que todas peçam demissão, e eu já estou praticamente ficando louco com tudo isso, eu quero ser um pai presente para os meus filhos, eu os amo muito, e eu também devo isso para a Karin. Mas eu também tenho que tomar conta do enorme império da família Blake. Já que o meu pai se aposentou e está em viagem com a minha mãe há alguns meses. É claro que eu não irei cobrar nada deles, pois eles precisam mesmo aproveitar todo o tempo que tem juntos, queria eu ainda ter a Karin por perto.

E é nessa rotina cansativa, entre ser um pai presente e o CEO de uma das maiores empresas do país que eu venho vivendo durante vários meses, o pequeno Miley já está com dez meses, logo ele fará um ano, e juntamente com o seu aniversário iremos relembrar o aniversário de um ano da morte da mãe dele. É eu sei, é muito triste não ter conhecido a mãe, mas creio eu que é muito mais difícil para o Kaique, pois está muito claro que ele sente muito a falta dela. E é por isso que eu estou pensando se eu o coloco ou não de castigo pelo o fato do mesmo ter acabado de fazer outra babá se demitir.

— Mas pai ela é muito malvada, Kaique precisava fazer ela ir embora. - ele diz com aquela carinha de anjo dele, porém, de anjinho esse garotinho não tem nada.

— Kaique você passou sabão na sola dos sapatos da senhora Greco. - eu disse irritado, a mulher levou um tombo gigante, depois disso saiu daqui aos gritos, dizendo que não voltava nunca mais. — Você vai ficar uma semana sem vídeo game, quer saber, vai ficar sem vídeo game até conseguirmos outra babá.

— Kaique não quer babá! Eu quero a minha mãe! - ele grita e sobe as escadas chorando. E eu fico sem saber o que fazer, no fim, o Kaique quer a mãe dele, e acha que uma babá vai tomar o lugar dela.

Eu subo as escadas e vou atrás dele, o abraço bem forte e fico ali com o meu filho até o mesmo adormecer, ele sente falta da mãe, mas não pode sentir a minha falta também.

Depois que ele dorme, eu vou até a sala e pego o Miley dos braços da senhora Ana, ela está fazendo muito por nós, mas ela não é babá, eu agradeço pela a ajuda e a mesma vai embora, pois já passou o seu horário de expediente.

Eu levo o bebê pra cima e o coloco no berço, depois vou para o meu quarto e tiro as minhas roupas, entro no chuveiro e só aí eu me permito chorar, pois eu sinto muito pelos meus filhos estarem crescendo sem a mãe, sinto muito pelo o Kaique está sentindo falta da mesma, e sinto muito por não estar conseguindo ser o pai que eles precisam. Saio do banho e vou até o porta retrato que tem no meu criado mudo, na foto eu estou com o Kaique no colo e o Miley está na barriga da mãe dele, foi uma tarde perfeita em um dia perfeito, nós estávamos passando o fim de semana na fazenda da família, Karin sorri muito feliz, o mesmo sorriso que reconheço nos meus filhos, e é por esse mesmo sorriso, que eu prometo nunca desistir, meus filhos são a minha vida agora.

(….)

Acordo com o meu celular tocando, o pessoal da empresa não para de me ligar, logo eu atendo imaginando que algo muito sério aconteceu. Mas é apenas a Ino dizendo que os investidores chineses chegaram na empresa e já foram encaminhados para a sala de reuniões.

Caralho! Eu esqueci completamente, hoje é a folga da Ana, e o pessoal da agência de babás, depois de muita insistência da minha parte prometeu mandar uma senhora que se chama Marcela, espero que a mesma chegue logo, pois eu não posso perder essa reunião, pois preciso fechar esse acordo milionário para a nossa empresa.

Pensando nisso eu me visto rapidamente, preciso estar apresentável, penteio meus cabelos rebeldes, e faço as minhas higienes. Enquanto isso escuto o choro do Miley, vou até o seu quarto e o pego no colo, vejo que o Kaique ainda está dormindo, desço as escadas e recolho a minha pasta com os documentos necessários para a apresentação dos Chineses. Vou até a calçada e fico esperando a babá.

Por sorte logo a encontro na calçada.

— Você é a Marcela? - eu pergunto e a mesma me confirma que sim, eu só não esperava que ela fosse tão jovem e bonita, pois a agência sempre manda senhoras de meia idade, mas não me importei, deixei o Miley com ela e lhe disse que todas as informações necessárias estavam em uma lista na cozinha.

Peguei o meu carro e fui correndo para a empresa, por sorte cheguei a tempo e logo apresentei a missão da nossa empresa, os chineses é claro que fecharam negócio.

E mais uma vez as empresas Blake faturam milhões e milhões de dólares.

Depois que os chineses foram embora, eu me sento na minha cadeira, pego a foto da Karin que está em cima da minha mesa e dou um sorriso.

— Está difícil Karin! Um leão por dia. Mas até que eu não estou me saindo tão mal.

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