Parte 6...IsabelaSair com Yelena está sendo muito bom. De certa forma, é como se ela fizesse o papel de minha mãe, porque é ela quem está me dando atenção e até carinho, posso dizer. E isso foi uma boa surpresa. Eu realmente não esperava por isso, depois de tudo o que eu ouvi no convento.Já estou casada com Enzo há uma semana e não posso dizer que tenha algo de ruim até agora, a não ser a questão de que ainda não me adaptei bem a sempre ter alguém me vigiando em algum lugar, mesmo que eu não veja.Depois que voltamos para casa, onde ele me prometeu que nós vamos ter uma viagem de lua de mel assim que ele tiver uma folga, Enzo passa muito tempo fora de casa, trabalhando. E eu evito perguntar no que ele está trabalhando. Até porque, por duas vezes ele voltou muito irritado e se trancou no escritório com os irmãos e com os comandantes de sua organização e como não entendo nada sobre seus assuntos, prefiro não ficar questionando.No começo das aulas de Romeu, me senti muito insegura e
Parte 1...IsabelaDepois que decidimos qual sorvete iríamos experimentar, Lívia achou que seria bom a gente sair caminhando um pouco, aproveitando o clima que estava bom. As palmeiras balançavam de um lado para outro, de modo lento, com o vento que soprava vindo do mar azul.A praia de Mondello é uma das mais conhecidas e bonitas de Palermo. Está em uma área residencial, mas tem pequenos quiosques e cabanas de praia que alugam pedalinhos. Em um outro dia eu vou querer voltar aqui e aproveitar mais, talvez até descer até a areia branquinha e fina, de pés descalços.— Que bom que você está tendo um começo de casamento feliz, Isabela.— Verdade... Eu estava em dúvida.— Por isso você fugiu de seu noivo? – eu franzi a testa — Me desculpe comentar, mas é que o Victor me falou um pouco sobre o q
Parte 2...IsabelaQuando o carro finalmente ultrapassou os grandes portões de ferro da casa, meu coração teve um pequeno alívio.Eu queria ter levado a Lívia direto para o hospital, mas o motorista não me ouviu e seguiu para casa. Quando o carro parou, ele desceu e abriu a porta para mim, mas o segurança que vinha no carro atrás, se aproximou e me deu a mão para sair, depois ele mesmo retirou a Lívia de dentro e a carregou nos braços.Sentia meu coração batendo na garganta de tão nervosa que estou e logo isso só piorou, porque outros seguranças e até duas empregadas se aproximaram com cara preocupada, ao ver Lívia nos braços do homem.— Senhor, Jesus! O que houve?Merda! Era Alessandro que descia a escada, carregando alguns documentos. Ele franziu a testa preocupado e curioso e logo se apro
Parte 3...IsabelaEsperei um tempo, cheia de curiosidade sobre o que acontecia lá embaixo com a Lívia e antes de sair do quarto, já ouvi uma batida. Era minha sogra.Yelena entrou e logo notou que eu não estava bem. Claro, depois de tudo o que aconteceu, ela sabia bem como os filhos iriam reagir. Não rejeitei seu abraço carinhoso e sem julgamento.— Não esquente a cabeça com meu filho... Ele deve ter ficado muito preocupado ao ver o que houve... – alisou meu cabelo — Eu já vi toda a comoção lá embaixo. Desça para ver sua amiga. Ela está bem... – sorriu de leve — Dolorida, mas já foi atendida pelo Tales.— Eu vou sim – funguei me sentindo um pouco melhor — Mas o Enzo está com muita raiva de mim.— De você realmente, não... Ele está com raiva do
Parte 4...IsabelaNão precisei ficar muito com a Lívia. A coitada está tão dopada de remédios que em cinco minutos estava derrubada.Victor a colocou em sua cama, mas não tocou nela. Me pediu que trouxesse algo meu para ela usar enquanto dormia, porque temos o mesmo tipo físico. Peguei um de meus pijamas que fazem parte da coleção que a Ticiane preparou para minha vida de casada.Uma empregada me ajudou a retirar a roupa dela e vestirmos o pijama. Lívia é até mais magra do que eu e a blusinha ficou um pouco folgada, mas tudo bem, o importante é que ela fique confortável para dormir.— Depois eu venho dar outra olhada nela, para ver se está bem.A empregada fez um gesto de consentimento com a cabeça e se retirou. Fechei a porta devagar e fui para meu quarto. Os três saíram com os seguranças e
Parte 5...IsabelaO vento sopra meu cabelo e Enzo o ajeita para trás, segurando. Com a outra mão ele puxa o membro fora de sua cueca preta. Estamos tentando não fazer muito barulho, mas em um sofá de couro, isso fica um pouco complicado.A hora ajuda porque estão todos recolhidos em seus quartos, mas ao mesmo tempo, o silêncio noturno também contribui para que alguém nos ouça e nem pensar eu quero que isso aconteça.— Está pensando demais, esposa – ele ri baixinho — Concentre seu pensamento apenas em mim.Um tanto desajeitada eu me posiciono melhor para recebe-lo e me arrepio por completo enquanto sinto sua invasão em minha carne que o abraça. Enzo morde o lábio e sibila entre os dentes, o que me deixa feliz e excitada, por saber que sou eu a responsável por essa sensação.Nem quero imaginar o
Parte 6...IsabelaEstou em um campo florido, todo colorido de rosa, lilás, amarelo. São várias flores em um campo enorme, sob um céu azul gigante. Eu paro e olho para cima. É tudo tão bonito.E de repente, algo acontece. Sinto um medo diferente, algo por perto de mim que pode me machucar. Começo a girar olhando em volta e não vejo nada, então paro e olho de novo para cima.O céu agora está vermelho. Eu respiro fundo. É estranho, nunca vi isso antes. O vento que sopra agora é quente, mais como uma baforada vinda de um forno. Toco as flores ao lado e suas pétalas ficam escurecidas e começam a cair.— Amore... Isabela...Eu sinto meu corpo balançar e estico os braços.— Isabela!Abro os olhos assustada e não enxergo bem. Tento sair de onde estou e não consigo. Pisco os olhos nervosa.— Ei... Tudo bem, amore... – sinto algo macio e forte ao mesmo tempo e ergo a mão. Agora entendo. É o peito de meu marido — Você teve um pesadelo, estava agitada e gritou.— Eu gritei? – ergui a cabeça.— S
Parte 7...EnzoMinha raiva está no ponto alto. Depois que Victor levou a namorada para casa, após ela insistir muito que tinha que ir, ele aceitou sua demanda e a levou. Na volta ele trouxe uma novidade nada boa.Os homens de Vicente Martinelli, avô de Bianca, tinham atacado um carregamento nosso e na troca de tiros, dois deles foram presos por nosso grupo e após um incentivo, diga-se de passagem, uma leve tortura, os dois abriram o bico quase que ao mesmo tempo.Pelo que entendi, Bianca havia convencido o avô a fazer um ataque massivo contra nossa organização, não dando descanso e causando o maior prejuízo possível. Além disso, a cadelinha fez o velho deixar homens apostos para atacar minha esposa.Bati com força contra o vidro da janela, que só não se partiu porque é blindado. As caras de meus irmãos e de seus homens foi de receio. Eles sabiam que eu não deixaria isso barato. Não mesmo.— Todos vão pagar! – eu apontei o dedo para eles — Vocês entenderam?Claro que os homens concord