— Tsc... — queixou-se a mulher de cabelos negros, levantando-se de repente para alongar e massagear o pescoço — querido, essa ingrata não respondeu às minhas mensagens — disse, aproximando-se de seu marido, que estava sentado em sua poltrona naquele momento.— Duvido que ela tenha visto — brincou um homem loiro.— Sabe, Federico, se você ficar do lado da muda, sua filha, hoje vai dormir no sofá.— Não estou tomando partido dela, meu amor — disse ele, segurando a mulher pela cintura para fazê-la sentar em seu colo — mas é lógico que ela não responda aos e-mails, porque lembro que alguém derramou vinho de propósito no antigo laptop da sua enteada.— Ah, é verdade, esqueci da minha pequena travessura — disse a mulher olhando nos olhos dele.— Mas bem, acho que vou ter que ir vê-la para dar uma lição nessa idiota, porque durante todo esse tempo ela não tentou nos ligar, e isso me irrita — ele disse, enquanto seu olhar azul refletia uma grande raiva. — Bem, você não pode culpá-la, ela é tã
— Espere... o que foi que disse? — perguntou assustada Casandra.— Débora não está? Para onde foi? — interrogou Federico.— Nem ideia, mas o que sei é que essa pobre garota não vai voltar para esta casa e estou feliz por isso, porque só chegavam idiotas como vocês na porta dela para gritar — disse irritada, fechando a porta do seu apartamento. Pai e filha estavam espantados, porque isso era algo que jamais pensaram que aconteceria, Débora saiu daquela casa... Para onde ela foi? Com que dinheiro? Será que ela conseguiu conquistar Roger e foi morar naquela casa luxuosa que o velho Petrovic deu? Eram muitas as perguntas que surgiam em suas cabeças, mas como se fosse um sinal divino, justamente nesses momentos Roger estava chegando ao apartamento e parecia furioso. O moreno estava imerso em seus próprios pensamentos, amaldiçoando mentalmente a estúpida da Débora, porque seu pai cumpriu sua ameaça e agora ele era apenas mais um empregado, e até "seu chefe" o repreendeu por chegar atrasad
Ignorando o drama familiar dos Anderson, Débora estava imersa em seu próprio mundo naquele momento, porque de manhã ela tinha estado conversando com Carlota sobre o plano dela para dar aulas de linguagem de sinais e código Morse para se comunicarem.Passaram toda a manhã discutindo o assunto e acertando os detalhes de como seriam as aulas e também os horários, embora essa conversa tenha terminado quando chegou às 11 horas, pois o filho da ruiva estava prestes a sair.— Então é isso, Débora — disse enquanto caminhava até a porta."Sim" — ela respondeu por escrito, já que tinham combinado dessa forma para maior comodidade.— Nesse caso, nos vemos amanhã às 5 para te mostrar o lugar onde você vai dar suas aulas, e hoje vou avisar os vizinhos — indicou abrindo a porta — bem, vou buscar meu Miguelito e depois fazer o almoço."Até logo" — disse a castanha, e ao vê-la sair, voltou para dentro de casa e fechou a porta.Débora estava feliz porque agora poderia compartilhar sua forma de comunica
"Suponho que hoje ele tinha muitas coisas para fazer no trabalho", pensou, e de repente corou ao perceber seus próprios pensamentos, "Caramba... Débora, controle-se, você não está divorciada e já está pensando em outro", repreendeu a si mesma, apressando o passo para entrar em casa e guardar as compras. Justo quando estava terminando de guardar tudo, Carolina e Cristian chegaram com o jantar.“Bem-vindos”, cumprimentou a morena, abrindo a porta e deixando-os entrar.— Oi, Débora — respondeu o casal enquanto entravam na casa e Cristian deixava as sacolas sobre a mesa.— Parece que você já se acomodou — brincou Carolina ao ver um canto da sala com o laptop e algumas cadernetas abertas.“Bem, é minha casa e estou me organizando. Além disso, gosto da vista da janela, então é meu espaço de trabalho”.— Assim que se fala — elogiou Cristian. — Amor, vai lá se lavar enquanto servimos — indicou Carolina, pegando as sacolas para começar a tirar a comida.Cristian obedeceu e, ao retornar, sua p
O dia anterior foi muito relaxante para Débora, por isso agora ela estava decidida a que aquela casa seria seu novo lar. Então, após o café da manhã, começou a fazer as contas para ver quanto precisaria economizar para comprar a casa de Jayden e também se organizar financeiramente para comprar um presente especial para o loiro, como forma de agradecimento pela ajuda dele. Os cálculos foram interrompidos ao ver a hora, então ela se apressou para se conectar à plataforma de trabalho, pois tinha uma reunião online com um cliente para discutir a declaração de impostos daquele bimestre."Bem, agora com o tempo livre posso atender tranquilamente quatro clientes por dia", pensou feliz ao terminar a consultoria, sorrindo ao lembrar que já gerenciava um total de vinte clientes por semana, sem problemas. Uma vez que finalizou a entrevista, começou a redigir seu relatório para enviá-lo ao chefe.Com esse aumento de clientes e economizando bem, ela poderia ter o suficiente para pagar o nasciment
— Não me importo. "O quê?" — Não me importa que não seja biologicamente meu, se você me permitir eu verei esse bebê como meu porque realmente gosto de você e meus sentimentos por você são sinceros, Débora. "Jayden, eu não poderia te pedir isso." — Por que não? "É que... não... não seria correto, esse bebê é do Roger e não é seu..." — Esse bebê é seu e se você me der uma chance eu buscarei ser um ótimo pai para ele ou ela. "Jayden... mas eu ainda não..." — Eu sei, você não está divorciada, mas em breve estará, então continuarei lutando para conquistar um pedacinho do seu coração. "Acho que você já não precisa mais lutar por isso" — disse desviando o olhar com um leve rubor. Jayden se surpreendeu ao ver essa reação, onde agora seu sorriso se ampliou — amo ouvir isso. "Mas ainda não sei muito bem o que sinto por você, mas já penso muito em você." — Eu sei, vamos dar pequenos passos — disse segurando suas mãos — mas eu gosto de como as coisas estão começando. Débora
Do outro lado da moeda… Roger não estava passando nada bem, porque seu pai cumpriu a ameaça e o rebaixou de cargo... ele nem sequer era chefe de departamento, e agora tinha menos dinheiro do que antes, pois sua vida se baseava em um salário base de funcionário. Isso só significava mais problemas e estresse em sua vida, porque Sophia não se importava com nada disso e queria continuar gastando dinheiro como sempre. Agora, ela tentava pedir mais, usando a gravidez como desculpa. Depois do trabalho, ele foi para casa porque não tinha vontade de ver ninguém naquele momento e passou toda a manhã ignorando as constantes chamadas de Sophia... agora ela realmente se tornara um incômodo. — Ah... me dê um tempo... — ele reclamou, jogando seu celular na cama, pois estava cansado de ver apenas mensagens que diziam: Roger, meu amor, preciso de... você pode me dar dinheiro... por que você não vem... estou me sentindo sozinha... ei, quando você vai me dar um presentinho...? entre outras mensage
Ao ouvir essas palavras, Roger teve um leve tique no olho enquanto se virava para olhar sua mãe com reprovação.— É isso mesmo, filho, você não deve descuidar da Sophia e do meu neto.— Que… mas…— Enquanto vocês conversam, eu vou arrumar minhas coisas — declarou Sophia, que rapidamente se afastou dele e entrou no apartamento com suas malas para começar a explorar a casa e analisar o lugar enquanto murmurava coisas para si mesma. — Mãe, você está louca, ou o quê? — reclamou Roger em voz baixa.— Filho, não fale assim comigo.— Como você pode trazê-la para a minha casa?— Mas não estou fazendo nada de errado, já que vocês devem viver juntos por causa do bebê e...— Mãe, esqueça isso porque eu vou trazer a Débora de volta.— O quê! — gritaram as mulheres — por quê!— Porque eu quero recuperar tudo o que é meu — declarou, cruzando os braços.— A que você se refere com isso? — perguntou Sophia, que não sabia nada sobre a questão da empresa.— Mas amor, seu pai, ele não falava... — Ele fa