Ou seja, nos finais de semana, Isabela cuidava de Ana.Não importava o motivo, nestes dois últimos anos, Pedro realmente havia sido quem mais cuidava de Ana. Naquela época, fosse porque ele tinha algum compromisso pessoal e não podia levar Ana junto, ou porque tinha algum evento social, caso ele estivesse ocupado, Isabela tinha a responsabilidade de acompanhá-la.Isabela voltou para a mansão.Durante o jantar, ela perguntou a Ana onde gostaria de ir no final de semana.Ana pensou por um momento, então balançou a cabeça, dizendo:— Não tem um lugar específico que eu queira ir.Isabela, ao ver o semblante de Ana, sabia que ela não estava dizendo que não tinha nenhum lugar em mente, mas sim que, no fundo, queria estar com Pedro e Sofia no fim de semana. Com eles ausentes, nada parecia atraí-la.Isabela não a desmascarou, apenas perguntou:— Que tal ir andar a cavalo?Ana, que fazia tempo que não montava, se animou com a sugestão e logo assentiu, dizendo:— Sim, quero!No dia seguinte, Isa
Ao deixar o centro hípico, Isabela ficou momentaneamente sem saber para onde deveria ir. Dolores e Luís tinham seus próprios compromissos. Ela até pensou em voltar para a casa da família Gomes, mas, como Ana não estava lá, voltar sozinha apenas faria Aurora se preocupar ainda mais com ela... Enquanto pensava nisso, passou por um parque e avistou vários casais acampando com filhos, ou jovens acompanhando seus pais para um dia de descanso. Vendo aquela cena de amor conjugal e felicidade familiar, um sentimento de inveja e um amargo aperto no peito se manifestaram em Isabela. Após dirigir por um tempo, Isabela de repente parou o carro na beira da estrada. Pegou o celular e, depois de hesitar por um bom tempo, acabou fazendo uma ligação. Quando a ligação foi atendida, ela perguntou: — Diretor, olá. Poderia me informar como está a situação de minha mãe? Uma hora e meia depois, na Casa de repouso Yara. Isabela estava no jardim, observando de longe Heloísa Gomes, sentada e
Depois de conseguir soltar a pipa, Isabela e Kelly riram felizes.Ao ver o sorriso de Isabela, Filipe a olhou com mais intensidade.Isabela percebeu o olhar de Filipe e, com uma expressão curiosa, perguntou:— O que foi?— Nada.Isabela não fez mais perguntas. Ela então se afastou um pouco com Kelly, enquanto Filipe, a uma distância, observava, sem realmente participar.Cansadas de soltar a pipa, Isabela e Kelly se sentaram à beira do lago para pescar ou observar os peixes que nadavam nas pequenas piscinas dos vendedores ambulantes, tentando pegá-los com uma rede.Logo, o meio-dia chegou.Filipe, que inicialmente só queria levar Kelly para dar um passeio, não havia levado comida como os outros. Quando viu que Kelly estava com fome, sugeriu que eles fossem a um restaurante próximo.Isabela, que já havia relaxado um pouco durante as últimas horas e se sentia muito melhor, aceitou a sugestão de Filipe sem hesitar.Durante a refeição, Isabela passou a maior parte do tempo conversando com K
Filipe olhou para Pedro, hesitou um pouco antes de pegar o copo de vinho.— Obrigado.Os dois brindaram, bebendo e conversando enquanto isso.Algum tempo depois, Pedro olhou para ele de forma mais atenta.Filipe ergueu o olhar e perguntou:— O que foi?Diogo entrou na conversa:— Você está estranho hoje.Pedro deu um sorriso.Ele estava concordando com o que Diogo havia dito.Filipe manteve a expressão tranquila e, com calma, disse:— Sério?Diogo arqueou a sobrancelha.— Não está?Filipe deu um leve gole no vinho e não respondeu.Naquele momento, outras pessoas se aproximaram para cumprimentá-los.Quando se afastaram, Filipe olhou para o relógio, preocupado que Kelly estivesse com fome. Estava prestes a ir até ela quando Kelly e Ana voltaram.Kelly perguntou:— Tio, posso ir lá comer aqueles bolinhos pequenos?O organismo de Kelly era mais sensível, com tendência a alergias, então havia muitas coisas que não podia comer. Filipe respondeu:— Fique aqui sentada, eu vou pegar para você.
Filipe não disse nada, e Diogo, imaginando que o momento ainda não fosse o ideal para falar, pensou que ele preferiria se manter em silêncio.Diogo sabia que perguntar a ele não adiantaria, então sorriu e se agachou para falar com Kelly:— Kelly, a tia com quem você almoçou hoje, quantas vezes você a viu? Você sabe o nome dela?Filipe apertou com força a mão que segurava o copo.— Diogo!Kelly, não compreendendo os pensamentos dos adultos, e embora não fosse íntima de Diogo, pensou um pouco e, sem hesitar, respondeu:— Três vezes!— E como ela se chama...?Quando Filipe e Isabela se encontraram mais cedo, ele não mencionou o nome de Isabela, e Kelly realmente não se lembrava de como ela se chamava.Ela olhou para Filipe, buscando ajuda.— Tio, qual o nome daquela tia?Filipe abaixou os olhos e respondeu com calma:— Na próxima vez que a encontrar, Kelly, você pode perguntar a ela.Kelly sorriu feliz e assentiu.— Tá bom.Diogo, insatisfeito, resmungou:— Que avarento.Filipe ignorou el
Ao ouvir o telefone sendo atendido por Sofia, Isabela não se surpreendeu. Ora, Pedro e ela já estavam tão próximos, sem distinção alguma. Ela estava ligando para Pedro, o que havia de mais nisso? Com calma, ela falou: — Eu preciso falar com o Pedro. Sofia também sabia que quem estava do outro lado da linha era Isabela. Ela respondeu de forma fria: — Ele está no banho. Se tiver algo para falar, pode falar comigo. Falar com ela? De fato, isso envolvia Sofia. Embora o tio de Isabela tivesse visto, naquele dia, a tia de Sofia pelo condomínio, a pessoa que comprou aquela mansão poderia muito bem ter sido David. Se ele comprou a mansão, talvez fosse para honrar a avó de Sofia. Portanto, se ela contasse isso a Sofia, será que ela impediria que a família da avó dela se mudasse para a mansão? Não, ela não faria isso. Além disso, Isabela não acreditava que Sofia não soubesse sobre a intenção de seu tio de se mudar para a mansão em frente à dela. Então, se ela disses
— Ah! Ana correu animada para o andar de cima. Isabela havia acabado de fechar o computador e arrumar suas coisas, quando saiu do quarto principal. No momento em que saiu, Ana saltou para seus braços e, abraçando ela, exclamou: — Mamãe! — Hmm. Isabela apenas passou a mão nos cabelos de Ana, mas não a abraçou. Ana, sem perceber, continuou a conversar alegremente com Isabela. Naquele instante, Pedro subiu as escadas. Ao ouvir os passos, Isabela olhou na direção dele, e seus olhares se cruzaram. O rosto de Pedro estava impassível, enquanto o de Isabela se manteve calmo. Ela se voltou para Ana e disse: — Deixe a dona Rose te dar banho, eu preciso conversar com seu pai. Pedro parou assim que ouviu essas palavras. Ana, que havia passado dois dias brincando, estava de ótimo humor. Mesmo não gostando muito da sugestão, não comentou nada e foi para o quarto, se deixando levar por dona Rose para tomar banho e lavar os cabelos. Isabela então olhou para Pedro, que estava apoi
As lágrimas de Isabela estavam retidas em seus olhos, e sua mente ficou por um breve momento distante. No entanto, ela logo se recuperou e se apressou a dizer: — Obrigada. Quando Isabela estava prestes a perguntar ao Pedro quais seriam as condições, ele, de repente, afastou um pouco o cigarro, estendeu a mão e secou a lágrima que escorreria do canto de seu olho, dizendo: — Durma cedo. Isabela ficou paralisada, olhando para a figura dele que se afastava, e por um momento não conseguiu reagir. Quando finalmente recobrou os sentidos, ficou sem saber o que fazer. Pedro havia dito para ela dormir cedo, isso significava que ele queria que ela passasse a noite ali? Ela havia se mudado, mas ainda não haviam se divorciado oficialmente, então não havia nada de errado em ela dormir uma noite ali. No entanto, se ela fosse dormir no quarto principal... Melhor não. Com esse pensamento, ela tentou acalmar suas emoções, pegou suas coisas e algumas roupas, além de artigos de higie