Quase imediatamente eu e Mulan estávamos de volta à viatura, que cortava as ruas da cidade como uma bala. Eu estava berrando no rádio policial.
- Eu quero alguém na casa dela agora, Galahad! Um batalhão inteiro! Eu quero cada biblioteca da cidade revistada página por página! Eu quero todo mundo na rua, Galahad! Você me ouviu?! Todo mundo! Cada cavaleiro, cada lobo, cada elefante, cada mogli, cada pessoa na maldita agenda telefônica da porra do Melin! Quero todo mundo! TODO MUNDO! Essa banheira não anda mais rápido, Mulan?!
Eu estava pedindo destacamentos para casa de Belle,
Acordei no tranco, como quando se fica sóbrio durante o sono (quem bebe o suficiente sabe como é). Uma dor aguda percorrendo meu corpo. Meu braço estava engessado. - Calma – um médico veio prontamente falar comigo. – Você passou por uma cirurgia no mínimo exaustiva e agora está tudo bem, mas você deve descansar. - Onde eu estou?- No hospital, eu sou o doutor Swineheart.
Mulan abriu sobre minha cama de hospital os arquivos que ela estava segurando. Mais tarde Sherazade abriu os meus próprios arquivos que escolheu e trouxe do escritório, além de relatórios fornecidos por Carabás, o casal O’Malley e o casal Locksley (e novamente eu não sei o que faria sem essa mulher, daqui a pouco ela toma meu lugar). Como estava precisando tirar Belle da minha cabeça, me deixei ser completamente absorvido pelo trabalho.- Bem... – Mulan disse enquanto nós três observávamos os arquivos. – O ataque à Belle só confirma a nossa suposi
Eu deixei o hospital sob protestos do doutor Swineheart, que gritava que eu não estava em condições ainda. Sherazade e Mulan me impediram de dizer ao médico o que fazer com a opinião dele e o convenceram que cuidariam de mim (e que ninguém conseguiria me manter de repouso, de qualquer jeito).- Zade, eu preciso que você vá pegar as atualizações com Galahad – eu pedi.- Eu?!- Quem mais? - A questão aqui está clara – eu disse entre uma mastigada e outra do meu sanduíche. Eu, Mulan e Zade estávamos almoçando em uma lanchonete enquanto discutíamos o caso. – Obviamente o Grande Lobo Mau está usando outros assassinatos como distração para seu objetivo principal: matar o maior número de lobos possível.- Você chama matar seis das figuras mais proeminentes da cidade de distração? – Sherazade protestou.- Chamo, porque é. A gente sabe que o objetivo dele é matar policiais.<19
A gente desceu da viatura de Mulan na frente do “Quartel General” do Shere Khan. Eu tinha plena certeza que ele estava nos esperando porque, no momento que uma viatura de cavaleiro entrou na Selva, a primeira coisa que todos fizeram foi avisar Shere Khan.Logo na porta, meio chapado, estava um dos principais efetivos do bando de Khan, um magrelo sinuoso chamado Kaa. - Kaa! – eu saudei com um sorriso perigoso. Quando ele me viu arregalou ainda mais seus olhos e se preparou para correr, quando eu o agarrei pelo colarinho. O meu telefone tocou. Ao atender, a voz arfante falou do outro lado.- Eles estão chegando perto, já chegaram a Shere Khan.- O que você fez a respeito?- Já mandei um dos advogados.- Você não est&aacu21
Ainda que no escritório de Galahad estivessem alguns dos falastrões mais notáveis da cidade (como o marquês de Carabás, Lancelot, Sherazade e eu mesmo) a entrada de Merlin silenciou o ambiente.Reagindo por instinto à presença do prefeito, Mulan, Galahad e o comissário King bateram continência (eu mesmo tive que me segurar para não fazê-lo).- À vontade, senhores – Arthur dispensou as formalidades com um gesto de mão. – É um prazer vê-los aqui. Eu peço desculpa por invadir a reunião de vocês, mas esse caso virou a pr
Uma raposa e um lobo. Acho que essa era a ideia de alguém de uma piada, mas não tinha achado graça nenhuma.- O que você achou? – Robin perguntou rindo.- Eu preferia que fosse só a raposa – eu resmunguei. – Pensando melhor, eu preferia que não tivesse que passar por essa merda.- Agora é tarde demais, meu velho.E era. Meu “estandarte&rdq