09

Ignoro a batida suave na porta, não querendo que ninguém me veja em tal estado de destruição. A pessoa persiste e tento enxugar as lágrimas do rosto sabendo que é inútil. Não há como esconder minha crise de choro. Levanto a cabeça quando a porta se abre e Aaron entra, fechando-a atrás de si e encostando-se nela.

Estou chocado com sua presença em meu escritório. Ele domina o pequeno espaço. Uma coisa é tentar superá-lo quando ele não é tangível, mas quando ele está bem na minha frente – quando posso tocá-lo com a ponta dos dedos – é muito mais insuportável. Nossos olhos se fixam e minha mente gira com tantas coisas que quero dizer e tantas coisas que tenho medo de perguntar. O silêncio é tão alto entre nós que chega a ser ensurdecedor. Os olhos de Aaron estão dizendo muito para mim, pedindo muito de mim, mas sou incapaz de responder.

Ele empurra a porta e dá um passo em minha direção. “Hadley...” Meu nome é um apelo em seus lábios.

"Não!" Digo a ele, minha defesa silenciosa, porém inút
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