Benjamin ficou pálido num instante, lutando para se levantar do chão:- Davi, eu sou seu parente mais velho, você não pode me tratar assim, só quero recuperar a parte que pertence ao meu filho, o que fiz de errado?Davi estava calmo até ouvir isso, mas no segundo seguinte um frio intenso surgiu em seus olhos e ele disse:- A parte do seu filho? Desde quando Felipe é seu filho?- Como todos sabem, estou casado com a mãe de Felipe, Beatriz, há quase dez anos. O filho dela não é como se fosse meu filho? - Benjamin, impaciente, também enfatizou um fato que poderia protegê-lo. - Se você me tratar assim e sua tia Beatriz ficar sabendo, ela te perdoaria?O rosto de Davi endureceu, o frio em seus olhos era inegável:- Ah, se você realmente quer levar isso para a frente de minha tia Beatriz, não me importo de conversar com ela sobre o acidente de carro de Felipe, o que realmente aconteceu?Benjamin empalideceu, olhando para Davi chocado, seus lábios tremiam, incapaz de falar."Davi parece saber
Davi falava com um leve sorriso.Mas, naquele momento, Sarah não tinha dúvidas.Ela acreditava que, nos momentos de perigo pelos quais acabaram de passar, ele havia provado seu valor mais uma vez, não era verdade?Esse homem proporcionava a ela segurança e preferência.Seu coração se aquecia, e ela sorria com os olhos curvados enquanto falava:- Eu sei, mas você também precisa se proteger, precisamos viver bem!Não era necessário definir o amor verdadeiro entre a vida e a morte, ela preferia sustentar esse sentimento com um calor duradouro.Seu peito parecia ter sido atingido por algo, uma pausa momentânea."Todos precisamos viver bem..."Davi a olhou com os olhos brilhantes e um sorriso doce, seu olhar era profundo e insondável.Rapidamente, ele sorriu gentilmente e apertou a mão dela e respondeu:- Sim, vamos viver bem.O carro seguia em direção à mansão. O celular de Davi tocou. Ele olhou rapidamente, sem expressar emoção, e desligou sem atender.O celular tocou novamente, ele desli
Talvez Davi tenha encontrado algum problema, já que Benjamin foi controlado por ele, a liberdade dela naturalmente não precisava mais ser restringida.Ela terminou de jantar e quis sair para passear.A empregada estava novamente numa situação difícil, parada ali e dizendo:- Senhora, depois do que aconteceu ontem, o Presidente Davi está preocupado com a senhora e pediu para que não saia nos próximos dias.O rosto de Sarah endureceu:- Ele não me disse nada.- Ele falou antes de partir, senhora. Se precisar de algo, pode nos pedir. - Disse a empregada, sorrindo, mas sem ceder passagem.Sarah ficou em silêncio por alguns segundos, claramente insatisfeita.Ela não conseguia pensar em nenhum motivo pelo qual não pudesse sair.Mas a empregada e o mordomo estavam literalmente bloqueando seu caminho, impedindo ela de sair.Ela só pôde voltar e subir as escadas, bastante desapontada.O dia inteiro passou, e Davi não apareceu, e Sarah não saiu.Ela estava começando a ficar irritada, Davi não po
Sarah pegou seu celular, mas percebeu que o sinal estava bloqueado e não conseguia utilizar o aparelho. Ela olhou para Viviane, chocada, que exibiu seu próprio celular diante de Sarah.- Percebi isso no carro, todos os celulares estão com o sinal bloqueado aqui porque o Davi instalou um bloqueador na mansão. Só é possível se comunicar com um telefone especial...A expressão de Sarah endureceu, e suas mãos suavam. Ela parecia desconfortável.- Por quê? - Murmurou Sarah, com uma expressão conturbada. Ela não possuía um celular e nem havia tentado contatar alguém do lado de fora, mas por que ele estaria tão cauteloso a seu respeito?Viviane torceu a boca e soltou uma risada gelada:- Sempre disse que esse homem é um trapaceiro, um mau-caráter. Você sabia que há guarda-costas escondidos por aqui? Sabia que ele está te aprisionando com falsa gentileza? - Observando o rosto delicado de Sarah, Viviane se enfureceu, se levantou, olhando para baixo e rangendo os dentes de indignação. - Você é
Sarah disse:- Está bem, mas por onde eu começo?Viviane respondeu:- O celular dele, o computador, o escritório e o cofre, todos esses lugares privados podem conter pistas. - Viviane fixou o olhar em Sarah. - Eu te ajudei, agora você me ajuda, Sarah. Vamos colaborar desta vez.- Está bem. - Sarah concordou.Ela já não confiava plenamente em Davi. O empregado trouxe o café e viu Sarah com os olhos vermelhos, enxugando lágrimas, com o rosto levemente alterado.Como se nada tivesse acontecido, o empregado colocou o café na mesa e foi avisar Davi. Viviane pegou rapidamente a caixa de presente e disse em voz alta:- Você não merece este presente, é melhor eu levar.Viviane piscou para Sarah e rapidamente desceu as escadas para sair.Ouvindo o som do Carro Estelar se afastando, o coração de Sarah era como uma montanha-russa, incapaz de se acalmar.Ela permaneceu sentada, percebendo tardiamente que sua perna, que tinha batido na borda da mesa, estava um pouco vermelha.Ela esfregou a perna,
Alguns segundos de silêncio entre os dois. - Sarah, você não deve dizer coisas assim. - A voz de Davi era suave e clara, mas seus olhos continham uma sombra indescritível, como se estivesse acalmando uma criança irracional. As lágrimas de Sarah transbordavam enquanto ela olhava para ele, com um ar frio e obstinado. Depois de um longo tempo, Davi suspirou, enxugou as mãos dela e falou devagar: - Foi Viviane quem falou algo para você? Ela está tentando nos colocar um contra o outro. Você não sabe o que sinto por você?Seus olhos e sobrancelhas eram delicados e gentis, ele sempre foi muito cuidadoso com ela, estando em uma posição vulnerável em seu relacionamento. Essa postura dele causava uma dor sufocante no peito de Sarah, como a obsessão ingênua que ela tinha por Rafael. Ela respirou fundo, e sua voz gradualmente se acalmou: - Davi, você já me enganou? Se sim, me diga agora, ainda há tempo, eu estou disposta a te perdoar.Nesse momento, ela quase abaixou suas expectativas
No instante seguinte, a porta do carro foi aberta e Davi estava lá fora, ele tinha uma expressão sombria e indecifrável no rosto.Ele a conduziu de volta à mansão, onde a frieza que tentava ocultar emergiu sem querer.Sarah estava pálida, observando-o com um medo crescente se instalando abruptamente em seu coração.Davi a guiou até o quarto e bateu a porta com um estrondo.Sarah estremeceu de medo. Davi hesitou por um instante e, em seguida, soltou sua mão delicadamente. Ele olhou para baixo, para seu rosto pálido e inocente, agora marcado pelo medo e pela cautela.Subitamente, estendeu a mão, envolveu sua cintura e a puxou para seus braços, se inclinando para beijar seus lábios brilhantes, como havia feito no carro.Porém, antes que pudesse tocá-la, ela virou o rosto, evitando-o por pouco.Seus olhos escuros ficaram ainda mais sombrios e seu semblante era um turbilhão de emoções inexprimíveis.A resistência dela provocou um pânico momentâneo em seu peito, como se aquilo que ele segura
Sarah não estava indiferente a tudo que ele havia feito, ao contrário, havia decidido tentar um relacionamento amoroso com ele.Contudo, agora começava a duvidar se sua decisão tinha sido correta.Ela nunca conseguiu ver completamente quem era Davi, mas ainda assim estava disposta a conhecê-lo aos poucos.No entanto, ele não lhe dava essa oportunidade, porque a mantinha por perto de maneira forçada, o que ela resistia intensamente, como se tivesse vislumbrado um lado frio e sinistro sob sua aparência amena, exatamente o lado que parecia destinado a enfrentá-la.Ela não podia aceitar isso, seu coração, que tinha começado a amolecer, finalmente se fechou e endureceu.Não sabia quanto tempo havia passado, mas a luz do quarto gradualmente escureceu, e a mansão permanecia silenciosa, sem nenhum som.As sombras projetadas nas janelas faziam com que, observando a distante, ela sentisse tudo como se fosse irreal.Ela queria voltar para casa, Ethan, ao receber sua mensagem, provavelmente contar