A ansiedade de Rafael se tornava visivelmente maior a cada momento.Os seguranças vinham reportar a ela repetidamente:- Presidente Rafael, nada ainda.- Presidente Rafael, não encontramos nada.- Presidente Rafael, já expandimos a área, mas sem nenhum indício....A própria noite já era suficientemente desafiadora, ainda mais no mar.Contavam apenas com a sorte.Todos provavelmente tinham plena consciência de que Sarah não sobreviveria, ela poderia agora estar sendo levada pelas ondas profundas do mar, a quilômetros de distância, ou talvez devorada por algum tipo de predador marinho.Com esse pensamento, uma dor aguda ascendiu no peito de Rafael, causandouma dor tão intensa que ele se curvava, com a palidez acentuada no rosto e o suor frio emergindo em sua testa.Seu maxilar era tenso e firme, e nesse momento ele sentia sua garganta se apertar, com uma expressão de dor quase insuportável no rosto.Ele se levantou abruptamente e desferiu um chute em Emerson, que se contorcia de dor.Os
A brisa do mar era salgada.Fazer desaparecer uma pessoa ou três não fazia diferença, Emerson convulsionou violentamente, tremendo muito.Ele percebeu o que Rafael desejava, Rafael realmente desejava que ele morresse!Subitamente, Emerson sentiu medo, se convulsionando e gritando com a voz rouca:- Presidente Rafael, eu confesso...As ondas escuras batiam no casco do cruzeiro, ecoando um som pesado, enquanto o medo de Emerson se espalhava por cada poro.Os guarda-costas observavam a expressão de Rafael, que permanecia sombria e imóvel, apenas olhando silenciosamente para o distante mar, como se estivesse congelado.Tomado pelo pavor, Emerson falou diretamente:- Ela estava amarrada do lado de fora da janela quando você entrou, ela estava lá fora!Sua voz era rouca e frenética, até se quebrando em alguns momentos.A expressão de Rafael mudou drasticamente.Um frio sombrio e turbulento transbordava de seus olhos.O guarda-costas lançou o homem ao convés.Emerson se encolheu de dor no chã
Ele nem mesmo sabia quando ela já havia se tornado a mais importante em seu coração.- Quem mandou você fazer isso, fale! - Rafael, com os olhos injetados de sangue, segurava ferozmente a gola de Emerson, com um olhar frio e indiferente.Ele estava completamente tomado por uma emoção incontrolável, como se pudesse destruir tudo a qualquer momento.Emerson, já exausto de tanto sofrer, foi lançado ao chão pela violência de Rafael, fazendo com que ele, involuntariamente, inclinasse a cabeça para baixo e batesse no chão.Emerson desmaiou...Rafael, como se estivesse enlouquecido, continuava a golpeá-lo, tentando fazê-lo acordar e, ao mesmo tempo, buscando uma saída para sua própria frustração.Mas Emerson já estava praticamente inerte no chão, sem mais ar para respirar.Fernanda viu seu irmão agir assim pela primeira vez e, involuntariamente, começou a chorar de medo.Ela correu para puxar o braço de Rafael, com as mãos tremendo levemente:- Irmão, pare de bater, você vai matá-lo!Rafael t
Naquela momento, as palavras de Joyce, cada frase que tocasse no assunto "mãe", Emerson sabia que era um lembrete e um aviso para ele.Ele entendia isso.Sua mãe estava nas mãos de Joyce.Ele possuia uma dívida enorme e, enquanto fugia com sua mãe, Joyce a encontrou, então inicialmente ele não se atreveu a denunciá-la.Mas, sob a pressão forte e fria de Rafael, Emerson não aguentaria por muito tempo.Por sorte, no momento em que Emerson estava prestes a ceder e falar, ele desmaiou.Agora, ao ver Joyce, ele se lembrou de seu aviso.Ele estava tão nervoso que até sua respiração se tornou instável.Joyce caminhou calmamente em sua direção, um sorriso frio nos lábios:- Eu te pedi para fazer um favor, como você conseguiu causar tantos problemas?Emerson tremeu e disse:- Eu realmente não esperava, Presidente Rafael chegou muito rápido!O mais crucial era que Rafael e Joyce não eram noivos, mas ele só se atreveu a agir em favor de Joyce porque ouviu que eles estariam noivos, mas isso acabou
Joyce pausou por um momento e continuou:- Não se esqueça, sua mãe ainda está em minhas mãos. Se os seus credores a encontrarem, acha que eles vão poupar ela?Seus olhos brilhavam com um desafio, e uma mão estava na maçaneta da porta dos fundos, pressionando ela suavemente.Ao ouvir isso, Emerson ficou visivelmente mais perturbado, respirando pesadamente de raiva:- Você, mulher cruel, mesmo que tenhamos que morrer, morreremos juntos. Como ousa me ameaçar?Sua expressão era ainda mais resoluta e ameaçadora, e um lampejo de intenção assassina passou por seus olhos.As veias de sua mão, segurando o travesseiro, estavam salientes, e então ele avançou com passos ainda mais largos.No segundo seguinte, Joyce abruptamente abriu a porta e recuou, saindo para o corredor nos fundos.Emerson, por sua vez, não percebeu isso, ele a perseguiu, e ao ver Joyce assustada, sentiu um grande alívio de realização.“Então, a mulher cruel está com medo, não está?”Ele agarrou seu braço de repente e a jogou
No momento em que Emerson, que estava lutando nas proximidades, agarrou o bastão, Joyce o empurrou com força, perfurando o peito dele. O sangue escuro vermelho se espalhou imediatamente pela superfície do mar.Emerson a encarou, chocado e desesperado, seus olhos transbordando ressentimento e relutância.No instante seguinte, Joyce largou o bastão, gritando em pânico:- Socorro...Quando os guarda-costas e mais pessoas chegaram, Emerson já havia sumido sob a superfície do mar, deixando atrás de si apenas uma mancha de sangue escuro que persistia sobre as águas.Todos ficaram atônitos.Joyce, aterrorizada, empalideceu e começou a chorar, cobrindo o rosto com as mãos:- Eu o fiz segurar, ele mesmo puxou com força, acabou se esfaqueando acidentalmente, e então soltou o bastão e afundou. O que vamos fazer? Precisamos salvá-lo...Um dos guarda-costas, líder entre eles, com uma expressão sombria, falou:- Ele provavelmente já está morto. Vamos mandar alguém para recuperar o corpo e eu inform
Ian desmaiou várias vezes, parecendo extremamente pálido.João também mobilizou muitas pessoas para perguntar sobre a situação naquele momento.Raquel, incomumente calma, levou João ao hospital onde Rafael estava internado.O andar onde Rafael estava localizado era rigorosamente vigiado e ele ainda não havia acordado. A família Cruz se revezava nas visitas, considerando que o incidente estava diretamente relacionado aos interesses do Grupo Cruz.Ao ver João, Maia pensou que eles estavam lá para visitar o doente e não impediu a entrada.Quando viu João e Raquel juntos, Maia ficou surpresa por um momento e logo um sorriso cortês e entusiasmado surgiu:- Sra. Raquel e Sr. João juntos? Muito obrigado por virem, infelizmente Rafael ainda não acordou...Rafael estava em uma suíte e pessoalmente no quarto interno, onde visitantes geralmente não o perturbavam.Raquel parecia aborrecida, claramente incapaz de forçar um sorriso. Ela olhou para Fernanda, sentada ali, e com um brilho nos olhos d
Raquel tremeu levemente ao olhar para Joyce.Joyce tinha os olhos levemente vermelhos, respirou fundo e olhou para João:- Srta. Sarah foi sequestrada por Emerson e, por acidente, caiu no mar. Davi pulou para tentar salvá-la. As equipes do Presidente Rafael procuraram por dois dias e uma noite, mas não encontraram nenhum dos dois. É muito provável que ambos estejam mortos...A expressão de Raquel mudou, ela cambaleou para trás e quase caiu.João, ágil, segurou Raquel e olhou friamente para Joyce:- Sarah foi sequestrada por Emerson?Joyce assentiu, com lágrimas escorrendo:- Quando Emerson percebeu que estava perdido, tentou me fazer de refém, mas acabou sofrendo uma retribuição do destino e, sem querer, caiu no mar também.Assim que ela terminou de falar, um silêncio se estabeleceu na sala.Raquel parecia extremamente perturbada. Ela nunca acreditou nos rumores, mas ao ouvir essas palavras, uma tristeza sufocante a invadiu.Joyce permaneceu lá, chorando suavemente e seguiu falando:-