No momento em que Emerson, que estava lutando nas proximidades, agarrou o bastão, Joyce o empurrou com força, perfurando o peito dele. O sangue escuro vermelho se espalhou imediatamente pela superfície do mar.Emerson a encarou, chocado e desesperado, seus olhos transbordando ressentimento e relutância.No instante seguinte, Joyce largou o bastão, gritando em pânico:- Socorro...Quando os guarda-costas e mais pessoas chegaram, Emerson já havia sumido sob a superfície do mar, deixando atrás de si apenas uma mancha de sangue escuro que persistia sobre as águas.Todos ficaram atônitos.Joyce, aterrorizada, empalideceu e começou a chorar, cobrindo o rosto com as mãos:- Eu o fiz segurar, ele mesmo puxou com força, acabou se esfaqueando acidentalmente, e então soltou o bastão e afundou. O que vamos fazer? Precisamos salvá-lo...Um dos guarda-costas, líder entre eles, com uma expressão sombria, falou:- Ele provavelmente já está morto. Vamos mandar alguém para recuperar o corpo e eu inform
Ian desmaiou várias vezes, parecendo extremamente pálido.João também mobilizou muitas pessoas para perguntar sobre a situação naquele momento.Raquel, incomumente calma, levou João ao hospital onde Rafael estava internado.O andar onde Rafael estava localizado era rigorosamente vigiado e ele ainda não havia acordado. A família Cruz se revezava nas visitas, considerando que o incidente estava diretamente relacionado aos interesses do Grupo Cruz.Ao ver João, Maia pensou que eles estavam lá para visitar o doente e não impediu a entrada.Quando viu João e Raquel juntos, Maia ficou surpresa por um momento e logo um sorriso cortês e entusiasmado surgiu:- Sra. Raquel e Sr. João juntos? Muito obrigado por virem, infelizmente Rafael ainda não acordou...Rafael estava em uma suíte e pessoalmente no quarto interno, onde visitantes geralmente não o perturbavam.Raquel parecia aborrecida, claramente incapaz de forçar um sorriso. Ela olhou para Fernanda, sentada ali, e com um brilho nos olhos d
Raquel tremeu levemente ao olhar para Joyce.Joyce tinha os olhos levemente vermelhos, respirou fundo e olhou para João:- Srta. Sarah foi sequestrada por Emerson e, por acidente, caiu no mar. Davi pulou para tentar salvá-la. As equipes do Presidente Rafael procuraram por dois dias e uma noite, mas não encontraram nenhum dos dois. É muito provável que ambos estejam mortos...A expressão de Raquel mudou, ela cambaleou para trás e quase caiu.João, ágil, segurou Raquel e olhou friamente para Joyce:- Sarah foi sequestrada por Emerson?Joyce assentiu, com lágrimas escorrendo:- Quando Emerson percebeu que estava perdido, tentou me fazer de refém, mas acabou sofrendo uma retribuição do destino e, sem querer, caiu no mar também.Assim que ela terminou de falar, um silêncio se estabeleceu na sala.Raquel parecia extremamente perturbada. Ela nunca acreditou nos rumores, mas ao ouvir essas palavras, uma tristeza sufocante a invadiu.Joyce permaneceu lá, chorando suavemente e seguiu falando:-
Joyce sabia que estava errada, mas também não ousava confrontar a esposa de Ian, especialmente com João presente. As pessoas da família Lopes não podiam ofender a família Dias, principalmente porque Maia sempre tratou as pessoas da família Lopes com superioridade, assim, ela definitivamente não queria causar problemas. No entanto, ao ver Maia tão irritada, ela se aproximou sorrindo:- Sra. Maia, não fique zangada, a culpa é de Sarah, que sempre foi tão persuasiva. A Sra. Raquel foi enganada, por isso está tão irritada. - Joyce fez uma pausa e continuou. - Mas... A Sra. Raquel e o Presidente João realmente tratam a Sarah muito bem!Ela mordeu os lábios significativamente. Mesmo que Sarah e o marido de Raquel, Ian, compartilhassem o sobrenome Dias, ela não pensou muito nisso, se houvesse algum parentesco, como a família Dias poderia assistir passivamente enquanto Sarah era expulsa da família Cruz? Quando Sarah foi maltratada pela família Cruz, ninguém da família Dias interveio, e pen
Sarah sentia como se estivesse estado inconsciente por muito tempo, como se alguém lhe falasse ao ouvido todos os dias. A voz parecia vir de longe, embora profunda e suave, incentivando ela a despertar logo. Ela se sentia eternamente submersa no fundo de um mar escuro e asfixiante, com as águas geladas invadindo cada poro de seu corpo, tornando a vida insuportável. Em sua mente, ela podia vislumbrar vagamente uma cena. Enquanto afundava no mar, lutando em vão, uma figura resoluta saltava de cima, chegando rapidamente ao seu lado. Na escuridão do fundo do mar, ela não conseguia ver nada, exceto pela fraca luz que ele trazia, salvando ela. Aquele momento, ela nunca esqueceria. Mas, por ter ficado sem ar por muito tempo, logo perdeu a consciência. Agora, o quarto estava aquecido, decorado no estilo do País das Colinas Verdejantes, com cortinas elegantes e pesadas, ela ainda estava viva. Ela olhou para Davi, que se aproximava, e algo tocou seu coração, uma sensação ácida e
O coração de Davi endureceu inconscientemente, mas ele se conteve para não demonstrar muita ira, a fim de não reviver as tristes lembranças dela.Sarah baixou os olhos sutilmente. As cenas antes de cair no mar ainda estavam nítidas em sua memória. Como ela poderia esquecer?As marcas em seu corpo foram obra de Emerson, que, após castigá-la, ouviu a voz de Rafael e, apressadamente, a amarrou e a suspendeu pela janela.Sarah tremia levemente, os ferimentos recém-curados começaram a arder.Ela forçou um sorriso e perguntou:- Você sabe o que aconteceu depois? Como você decidiu pular para me salvar?Davi estava prestes a responder quando um criado bateu à porta.Ele pausou por um momento e se levantou para atender.- Senhor, aqui está a canja que acabou de ser preparada. O médico recomendou que a senhora comesse algo antes para evitar desconforto estomacal.Davi engoliu em seco e aceitou, o criado não entrou, apenas se retirou, mas ao ouvir o criado mencioná-la, Sarah olhou confusa.Davi t
Depois que Sarah terminou de comer, Davi voltou, pegou o prato e, com extremo cuidado, limpou o canto de sua boca com um guardanapo, num gesto de imensa gentileza.O coração de Sarah estremeceu. Ela baixou os olhos imediatamente, sorrindo como se nada tivesse acontecido.A voz de Davi soava suave: - Já conversei com o Presidente João, você pode ficar tranquila. Eles disseram que, quando você estiver um pouco melhor, virão visitá-la para que possa descansar aqui com tranquilidade.Sarah franziu ligeiramente a testa, mas ainda assim acenou com a cabeça.Ela não duvidava mais das palavras de Davi.Davi fez uma pausa e lhe serviu um copo de água, falando com uma voz baixa e calma: - Agora, você pode me dizer por que desapareceu e depois acabou no mar?O rosto de Sarah endureceu por um instante, e ela permaneceu quieta por alguns segundos antes de levantar a cabeça e apertar lentamente os punhos e dizer: - Isso é problema meu, eu vou resolver.Mas Davi de repente segurou seus punhos, sol
Este lugar era vasto, era quase um labirinto, no entanto, a família Dias possuia diversas mansões similares no Continente da Lua Prateada, e ela conhecia bem a estrutura típica desses lugares, portanto, não se surpreendeu. Ela desceu silenciosamente pela escada em espiral até o andar inferior, observando os aproximadamente quinze empregados que executavam suas tarefas de maneira organizada, com muitos outros ocupados no exterior, curiosamente todos com feições típicas do País da Lua Prateada. Seus cabelos estavam soltos atrás das orelhas, ligeiramente desalinhados, mas isso não ofuscava seu sereno esplendor. Um dos empregados a avistou e, ligeiramente surpreso, se apressou em cumprimentá-la com respeito:- Senhora, o que a traz aqui embaixo?Os demais rapidamente se alinharam ao lado, aguardando suas instruções. Sarah hesitou por um momento, desconcertada pelo tratamento formal, mas logo retomou o controle e respondeu com um sorriso:- Desci para passear um pouco e arejar a mente.