BENJAMIN
Já as mulheres, são como o diabo. Elas planejam, arquitetam cada passo, seduzem, prendem a vítima com um olhar. Quando mais poder elas têm mais elas sabem espalhar seu veneno atraindo aqueles ao seu redor. É aí, quando você menos espera, que elas fecham a boca, como uma planta carnívora que o tempo todo só jogou seu perfume se mantendo quieta.
— Se enrola no lençol e vamos!
A diferença é que eu não sou qualquer vampiro. Detesto joguinhos e mais ainda aqueles que teimam comigo. Então se a Mila resolver brincar de quem é o mais forte, eu vou mostrar a ela quem é o seu criador.
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Chegamos no subsolo e caminhamos em silêncio até o carro. Pedi ao Peter que fosse para mansão de táxi, mas ele falou que precisava voltar para o Palácio e organizar tudo à tempo.
O doutor liberou a Mila diante meu pedido, mas antes precisei convencê— la a deixar alg
BENJAMIN — Ela não sai do palácio! — O QUÊ? — disse assustada. — Como assim não sai do Palácio? — Meu esposo não permite. Das duas vezes que sai foi dentro de um carro preto e com uma escolta atrás! — Pensei que os Clifford's tinham amadurecido! — Conhece os Clifford's? — Sim...eu também fui escolhida por um deles décadas atrás! Uma grande revelação é exposta gerando outras mil duvidas na cabeça de Mila Clifford. — O...o...o que você disse? — gaguejou perplexa. Julie não era só uma vampira, ela também era a chave para todas as perguntas que a Rainha tinha, apontando as maiores atrocidades que aquela família praticou, levando seu sobrenome ao mais conhecido do mundo. — Você foi uma Clifford? — Não, porque eu neguei o pedido! Como citado antes, as leis do casamento não eram simples. Se a Julie tev
— Enquanto o Benjamin o segurava ele brilhava, mas depois quando me entregou se apagou virando só uma pedra comum. — conto.— Esse colar está longe de ser “comum”! — riu em resposta.— O que ele é? — questiono curiosa. — Você parece saber sobre ele...— É um coração! — revelou com naturalidade."CO— RA— ÇÃO?''— Espera...um...um coração? — gaguejo.Aquele não era um cristal pequeno, mas também não era grande o suficiente para ser um coração.— Benjamin tem um livro muito interessante sobre ele, se chama “O Conto dos Dragões”, é —— Opa! — travo ela. — Eu sei que livro é! — afirmo.— Séri
— Mila... — ele dá a volta pela mesa e fica frente a frente comigo. — Seu coração pode não bater, mas eu ainda consigo sentir quando está mentindo para mim!— Eu...eu...eu não menti! — me atrapalho.— E eu não acredito!— Besteira!— Vamos fazer assim então. Quando estiver pronta para contar a verdade, eu te empresto o livro.— O quê? — rejeito.— Sim, vai ser assim até me contar o que está escondendo!— Essa brincadeirinha já pode encerrar por aqui, Benjamin! — me faço de séria. — Devolvo o livro assim que eu descobrir o que preciso!Fico preocupada pelos limites que ele coloca e o surpreendo sendo rápida ao pegar o livro e sair de perto dele.— Mila! — advertiu. —
— Não existe um limite, um ponto em que eles param de crescer?— Para Daya e os outros sim, mas para o Falkor acreditávamos que não.Tópico muito interessante esse, porque eu notei que depois de voltar na caverna o dragão já não estava mais no mesmo tamanho de antes. A diferença podia ser muito pouca, mas alguns centímetros tinham sido acrescentados.— Era impossível saber até onde aquela criatura poderia chegar, Mila. Sempre que o víamos ele estava maior e maior. O seu poder também crescia sempre que a menina ficava perto dele..."Menina, que menina?"Quando finalmente acho ter entendido tudo sobre os dragões, ele me veem com mais coisas mostrando que eu não sei de nada.— Você disse que ninguém chegava perto dele, mas agora tem uma menina...— No ca
— Desculpa, era o Peter, ele ligou para avisar que o Thomas viajou! — digo desligando a ligação.Era tarde do outro dia e eu e a Julie estávamos sozinhas no quarto do Deus grego.— Deve ser horrível ter que dividir a vida com aquele homem!— Tento não pensar nisso, e quando estou perto dele dou um jeito de me manter afastada...— Por que não fica aqui mais um dia?— Não posso, já é estranho demais eu ter sido tirada do palácio sem que ninguém me visse. Peter deve estar louco, tendo que inventar mentiras sobre o meu paradeiro!— Não se preocupa com isso, Peter é muito bom em inventar mentiras!Falar do Peter com ela sabendo que se envolveram sexualmente mesmo ela sendo casada com o Benjamin, me faz pensar que posso finalmente ter as respostas que eu sempre quis saber.
Benjamin e eu estávamos a caminho do Palácio quando seu telefone começou a tocar novamente pela oitava, ou décima vez.— Por que não atende logo? — questiono, vendo a chuva leve bater no para— brisa.— Se não for o Scott enchendo o saco, é o Peter querendo acabar com a minha paciência!— Não passou pela sua cabeça que pode ser uma emergência?— Não é!— E como você sabe que não é, se não atendeu as últimas nove ligações?— Certo, Mila! — é grosso jogando o carro numa trilha de terra.— Onde estamos indo? — pergunto preocupada.— Não vou parar esse carro no acostamento com a "Rainha" dentro dele! — disse freando.Logo ele desce do carro e eu o observ
— Esperando que eu exploda com você e te machuque? — perguntou cerrando os dentes.— N— não... — neguei. — Esperando que você faça o que o seu corpo está implorando por dentro!Naquele minuto seus olhos vermelhos me encaram cheios de desejo e duvida, encontrando meus lábios logo em seguida.Seu desejo e toda a pressão que ele estava sentindo vem à tona, assim que sua boca inundando meus lábios com a sua língua, em um beijo quente e selvagem. Ele não solta meu pescoço, permanece preso a ele enquanto morde meus lábios se aproveitando do meu corpo com a sua outra mão que foi tirada do vidro. Dava para sentir a sua agonia, o desejo, a fome que ele tinha tentado esmagar, achando que conseguiria ficar longe de mim.Eu não sentia medo dele, na verdade me sentia uma boneca pronta para ser usada como ele quisesse.
— O que você quer que eu diga, Mila? — se faz de sonso. — Você é mulher, é linda, gostosa para caralho e não é fácil se...se —— Se controlar?— É!Essa discussão não se tratava de mim, ela se tratava de qualquer outra mulher que ele achasse bonita.— Então tudo isso é só porque eu sou bonita?— O quê? — se confunde. — Eu não disse isso! — negou. — Por que vocês mulheres ficam colocando palavras na nossa boca?— Poderia ser qualquer uma, não é Benjamin?Passamos pelos portões do Palácio e seguimos até a entrada principal.— Eu não estou entendo onde quer chegar...Só hoje esse homem me deu mil motivos pelo qual eu devo ficar longe dele.— Chegamos! — disse desligando o carro.Desço cheia de bruteza, fechando a porta com uma força medonha. Ele que tinha ficado confuso com o diálogo e mais confuso ainda com a minha atitude, desceu do carro correndo só para me alcançar, pegando meu punho.— Espera! — pediu me prendendo.— Me solta! — tento puxar meu braço de volta, mas ele é ma