Hazel No entanto, logo lhe dou as costas e adentro a pequena caverna dentro de uma imensa rocha, alcançando o seu fundo. Fecho os meus olhos e penso na lua da noite passada. Visualizo o seu brilho e me deixo levar pelas sensações ficando ofegante no processo e curiosamente a minha adaga começa a brilhar. Assustada, seguro a lâmina, apertando o seu e imediatamente os desenhos se acendem para mim. A minha curiosidade me leva a tocar na sua luz e logo uma energia me preenche, tomando o meu corpo e uma janela se abre bem na minha frente, mostrando-me algumas imagens intrigantes.São guerras acontecidas de século em século e todas elas, vejo a adaga em mãos diferentes de guerreiros destemidos, lutando por suas vidas, mas o mais surpreendente são os lycans guerreando ao lado dos guerreiros.Alguns gritos de desespero e de pavor me absorve dessa visão, trazendo-me a vida real e imediatamente olho para trás. Asterin adentra a caverna e me lança um olhar preocupado. — Eles chegaram!Ofego. C
Tristan— Como estão as coisas lá fora? — Ela pergunta quando ainda estou me recuperando de um orgasmo que foi capaz de roubar as minhas forças.— Um verdadeiro caos. — Viro-me para ficar de frente para ela. Então os seus olhos encontram os meus.— Eu não me lembro de muita coisa. — Ela sussurra. — Apenas que sibilei algumas palavras e depois... é como se eu fosse tomada por alguma entidade.— O seu poder transformou os meus lobos em lycans poderosos. Nenhum deles ficou de fora dessa batalha. Antes de você chegar alguns deles foram literalmente massacrados. O que você fez?— Apenas invoquei os deuses. Pedi por sua ajuda e a adaga.— O que tem ela?— Sua lâmina não é qualquer uma e não pertenceu a um guerreiro qualquer. Enfim, não fiz nada sozinha. Você disse que tem feridos.— Muitos.— Onde eles estão?— Decidimos colocá-los em um só lugar. Assim facilitará para os médicos cuidarem deles.— Eu posso ir vê-los?— Tem certeza?— Eu preciso fazer isso, Tristan.— Ok, como alguma coisa e
Tristan — Eu só estava pensando.— No que?— Que precisamos nos casar.Hazel para a dança abruptamente.— Ah... é... eu ouvi direito?— O que? Que precisamos nos casar? — Ela arqueia as sobrancelhas. Parece incrédula. — Eu amo você, Hazel Freyr e quero que seja minha.Ela puxa a respiração e a solta, puxando-a outra vez.— Está me pedido em casamento, Alfa?Abro um sorriso largo.— Sim — sibilo, me ajoelhando aos seus pés e isso chama a atenção de todos, trazendo o silêncio absoluto. — Hazel Freyr, você quer se casar comigo?Em resposta ela sorrir para mim e antes de dizer qualquer palavra morde levemente o seu lábio inferior.— Sim. — A palavra mal sai da sua boca e todos ao nosso redor solta uma salva de gritos festivos. — Eu aceito me casar com você, Tristan Tybalt. — Imediatamente fico de pé e a tomo em um beijo profundo, e demorado. E algumas horas depois, estou dentro do meu quarto, olhando fixamente para a porta fechada do banheiro e quase subindo pelas paredes na minha esper
TristanO dia amanheceu já um bom tempo. Contudo, ainda estou aqui na cama apenas a observando enquanto ela dorme do meu lado. Hazel tem feito maravilhas com o meu povo, mas principalmente, ela tem mudado a minha vida completamente. Meus olhos percorrem atentamente os fios negros dos seus cabelos que estão espalhados pelos travesseiros e depois, pelos cílios negros e longos que tremulam levemente. Sua boca tem um leve tom de vermelho e está entreaberta, mostrando parcialmente seus dentes. Ansioso, passo com suavidade a ponta do meu indicador pela ponta do seu nariz. Ela funga e isso me faz sorrir.- Bom dia! - falo baixinho quando ela abre uma pequena brecha de olho. No entanto, ela respira fundo e os seus olhos têm dificuldades para abrir devido a claridade.- Bom dia!Um som rouco de sono passa pela sua boca, trazendo a vida para o meu corpo e não resisto ao desejo de beijar calidamente o seu rosto, escorregando sorrateiramente para o canto da sua boca, até finalmente tomá-la em um
TristanLogo a cena muda, e a mulher surge dando à luz uma criança a beira de um rio, perto de uma pequena aldeia. Um homem que eu nunca vi antes surge erguendo o menino para o alto, oferecendo-o para uma lua cheia, redonda e amarela em toda a sua glória, em um céu escuro e com poucas estrelas, no topo de uma montanha. Algumas lágrimas preenchem os meus olhos quando o vilarejo é atacado de surpresa e muitos são mortos pela lâmina de uma espada prateada. Mas não a criança. Essa foi salva pelo estranho da montanha e entregue para um casal da alcateia dos lobos amarelos. Os olhos firmes de Alteban encontram os meus, enquanto ele abraça protetoramente um recém-nascido chorando a todos pulmões.Engulo em seco, completamente sem ação.- O rei alfa morreu sem saber sabe da sua existência, Tristan Tybalt. - Solto uma respiração trêmula e pesada quando a tela desaparece assim como ela surgiu. E atordoado, fito os olhos perspicazes do feiticeiro. - E Dárius assumiu um lugar que não o pertence.
Tristan— O que aconteceu, Tristan? — Ela pergunta baixinho e cuidadosa, enquanto desliza uma esponja com uma espuma densa e perfumada, lavando o meu corpo com cuidado como se eu fosse me quebrar a qualquer momento.Essa é uma pergunta que não consigo responder. Não nesse momento.— Eu estava correndo pela mata. — Começo a falar quase sem forças nas palavras. — Corri feito um louco. Queria calar os meus pensamentos. A exaustão não chegava nunca. Eu queria gritar, gritar com eles. Perguntar por que mentiram para mim, mas não tinha como.— Eu sei. — Ela sussurra outra vez.Respiro fundo.— Depois tudo parece se tornar um borrão dentro da minha cabeça.— Como pode ser isso? Você tem arranhões profundos em suas costas. O que quer que tenha feito, não foi nada fácil.Em resposta, me ajeito dentro da banheira e afundo na água até cobrir a minha cabeça. Contudo, mantenho os meus olhos na sua imagem turva e tento forçar a minha memória. Os sons do rugido preenchem os meus ouvidos bloqueados pe
TristanImediatamente uma enxurrada de lembranças cai sobre a minha cabeça, afogando-me em cenas que considerei casuais desde que cruzamos o nosso caminho. Hazel entrando no meu quarto em um momento sombrio da minha vida, enquanto a dor rasgava o meu peito, trazendo sonhos de um dia triste para mim. As suas palavras torpes, o seu toque... ela queria me curar da minha dor e eu a menosprezei com meus preconceitos. O dia em que a resgatei do Skinwalker, a troca de poderes, a minha transformação no ser mais impiedoso e poderoso entre os lobos. Tudo foi ela. Assim como a salvação da nossa última batalha.— Você entende agora? — A voz de ALeron me desperta e eu o encaro ainda surpreso com tantas informações. — Hazel Freyr foi escolhida e predestinada a você. Ela será sua companheira para toda a sua vida e abrirá o seu caminho até a vitória. O seu poder estava adormecido por ter sido criada no meio de um povo simplório e limitado, mas eu estou aqui para ajudá-la a se libertar.— Isso tudo é
Hazel— Sente-se, Senhorita Hazel. — Aleron pede assim que ficamos sozinhos dentro de uma ampla sala, onde tem apenas uma cadeira de madeira no seu centro.Aleron Thorne é um feiticeiro de mente afiada. Seus conhecimentos ultrapassam os limites do tempo e da compreensão e apesar de aparentar ser muito jovem, ele tem milênios de anos. Contudo, é um ser misterioso e com um olhar sagaz penetrante. A forma como anda em volta da cadeira, como analisa os meus movimentos por mais sutis eles que sejam. O modo como ele respira.Me pergunto o que ele está pensando.— Você já se perguntou por que foi abandonada naquele vilarejo? — Ele questiona parando bem atrás de mim, apoiando-se no encosto da cadeira para inclinar-se na minha direção. A sua proximidade me deixa inquieta e nervosa.— A profecia. Uma forma de me proteger, de protegê-la... eu acho. — Engulo com um pouco de dificuldade.— Crianças são sempre tão inocentes. — Sua crítica me irrita e me pergunto se isso faz parte do seu treinamento