A minha noite com a Anna estava perfeita, o filme já estava quase no final e nós duas já estávamos no quarto saco de pipoca, está ao lado dela me faz esquecer um pouco os problemas.
"Pegarei outra pipoca tá" Digo e ela faz que sim com a cabeça.
Saio devagar para ninguém falar "sai da frente" ou coisa do tipo, quando finalmente consegui sair, segui calmamente para a barraca de pipoca, mais antes que eu pudesse chegar no meu destinatário, fui puxada."Me solta, Você? Pergunto com medo do quem segue.
"Estava com saudade meu anjo? Sua voz fria faz meu coração esfriar, não sei por que ele me causa tanto medo.
"Me solta, eu... me deixa em paz por favor"
"Eu não consigo, tem algo em você que me chama a atenção, e me faz querer te machucar de alguma forma, com palavras, atos, ou seja, la o que for" Ouvir ele falar isso me causa mais medo, por que logo eu, por que ele quer me machucar?
Ele aproxima o rosto, e sem eu esperar ele me beija, me debato contra o corpo dele, mais nossa diferença de tamanho é grande então é uma tentativa falha. Por um minuto gostei do beijo, poderia facilmente continuar, mais quando lembro de tudo que ele já efetuou e falou para mim, crio força para sair. Em um movimento rápido dou uma joelhada em suas partes íntimas, ele se abaixa pondo a mão em seus órgãos genitais, e eu saio correndo para a sala de onde eu não deveria ter saído. Mais antes de eu chegar na porta, todos começam a sair, não tinha a noção de ter ficado tanto tempo assim fora.
"Você perdeu o final do filme, você e essa sua fome que não acaba nunca" Anna esbraveja. Nossa você viu um fantasma? Pergunta quando ver minha situação.
"Vamos embora por favor" Ela não diz nada e me acompanha sem reclamar.
Estávamos a caminho de casa, mais ao contrário das outras vezes, ela não colocou música, sei que ela quer saber o que aconteceu, e eu devo falar, mais tenho medo dela ir até ele e lhe confrontar, e ele acabar implicando com ela também, a lembrança dele me beijando me faz sentir vontade de vomitar, saber que ele quer me machucar de alguma forma me faz pensar o por que dele me odiar tanto.
"Você pode me dizer o que está acontecendo? Pergunta quando para em um sinal vermelho, fico olhando as pessoas passar apressadamente, o movimento está menos, mais ainda assim tem pessoas trafegando para lá e para cá.
"Não aconteceu nada" Falo calmamente.
"Olha kate nós se conhece desde o fundamental, e eu sempre fui sua confidente, então não esconde as coisas de mim, você sabe que estou aqui para o que precisar" Realmente sei que ela está ao meu lado sempre, mas não é fácil falar para ela que sofro Bulling desde o primeiro ano de faculdade, esse sempre foi nosso sonho, e agora não deixarei esse idiota estragar isso.
"Sei que você está amiga, você é minha fortaleza, e eu sei que posso confiar em você sempre" Dou um abraço de lado nela, mais logo volto a minha postura normal, em pouco tempo chegamos a nossa casa, ela estaciona o carro na garagem e depois nos duas saímos, entro em casa e vou direto para meu quarto, quero dormir cedo para amanhã encarar mais um dia exaustivo. Depois de um longo banho, saio com o cabelo enrolado em uma toalha, visto uma roupa leve de dormir, e me sento na cama, seco meus cabelos com a mesma toalha e me pego pensando no idiota do Caleb, o que ele quis dizer com me machucar de alguma forma, e assim pego no sono. Ao contrário de diariamente, hoje acordei cedo, observei o sol nascer da sacada da casa, olho para o café que já preparei e bebo uma golada, não dormir nada essa noite, as lembranças de toda a minha vida (resolveram) me atormentar.
"Meu Deus do céu, o que aconteceu com você, sério isso, eu não precisei te acordar e ainda tem café na mesa? Anna pergunta com seu pijama de onça.
"Tem torradas ali no balcão, e leite no fogão" Realmente preparei um café de verdade.
"Deus queira que seja diariamente assim" Fala e gargalha.
"Ha, muito engraçada Ohana, mais come logo, quero chega cedo na faculdade para ver se não encontro certas pessoas no caminho" Ela arqueia a sobrancelha e depois balança a cabeça em negatividade, vejo seus cabelos ruivos sumirem no corredor da casa, sinal de que ela foi se arrumar.
"Estou pronta" Fala após meia hora.
"Então vamos" Seguimos para a faculdade, e como de costume fomos escutando algumas músicas animadas, entre Shawn Mendes Ed. Sheeran e muito mais, até que o caminho foi legal, conversamos assuntos aleatórios e sem preocupações, em poucos minutos chegamos ao nosso destinatário.
"Boa aula amiga" Anna diz assim que entra na sala.
"Obrigada, para você também" Ela se vai e eu fico encarando os poucos alunos que estão na sala.Vou para meu assento de costume e ao contrário das outras vezes, não deixo os cadernos em cima da mesa, observo o Caleb entrar na sala acompanhado de seus amigos imundos, e aquele sorriso de deboche surge em sua face.
"Bom dia kathezinha, como foi sua noite, vejo que está com olheiras enormes" Ouvir a voz dele só me dá mais raiva, em um ato de raiva levanto da cadeira e fico de frente para ele, que parece se surpreender com a minha atitude.
"Quer saber Caleb, você com essas suas atitudes, só mostra o quão idiota é, cara se toca, aqui nessa sala ninguém te suporta, suas atitudes são infantis, e sinceramente as pessoas precisa de médicos e não de palhaço se achando médico, pensa que só por que tem dinheiro precisa humilhar todos, fazer piadas e brincadeiras idiotas e os seus lacaios que vivem iguais cachorros no seu pé acha tudo engraçado, isso é infantil e idiota, cresce, virar um cara descente e adulto" Vejo ele travar o maxilar quando todos da sala aplaude, ele não diz nada e vai para seu lugar, sento novamente ainda sentindo minhas pernas tremer e minhas mãos suar frio, nunca senti isso antes, penso que é a tal da adrenalina.
Caleb
A vontade que tenho é de passar com o carro por cima dessa louca, ela acha que é quem para falar assim comigo, mais ela vai ter o que merece, só preciso que a Lorena convença ela de ir para a festa que estou organizando no final da semana, eu vou humilhar ela, nunca mais ela vai ter coragem de voltar para essa faculdade, ela vai se arrepender de ter me feito passar essa vergonha na frente de todos, ninguém nunca ousou falar assim comigo.
Estava saindo da faculdade quando ouço a voz da Lorena me chamar, combinei com ela de nós irmos estudar no final de semana. "Oi" Diz ao se aproximar de mim "Tudo bem? Pergunto e ela sorrir "Sim, está tudo bem, e aí vamos estudar no final de semana? "Sim, mais só posso depois das duas da tarde, vou trabalhar na parte da manhã" Digo e ela parece ficar ainda mais feliz "Está ótimo, e se você não for fazer nada anoite, nós poderíamos ir a uma festa, pode chamar aquela garota que sempre anda com você" "Eu não gosto muito de festa" Realmente eu não gosto mais de festa "Vai s
Ohana Em toda a minha vida, eu nunca imaginei que alguém pudesse fazer uma coisa dessa com a kate, a pessoa mais doce e simpática que eu conheço, nós somos amigas dês de sempre. Quando entrei naquele quarto e vi minha amiga ensanguentada, e com o rosto vermelho, eu sabia que ali ela tinha acabado de perder o chão, mesmo eu estando ao lado dela, mesmo eu sempre lhe apoiando em tudo, nada do que eu faça agora vai mudar o que aconteceu, ela já carrega nas costas a culpa por seus pais ter morrido, mesmo a culpa não tendo sido dela, ainda o irmão idiota abandona ela. O Will deixou ela na nossa casa e pediu que eu ligasse para ele se precisasse de alguma coisa. Ela está trancada no banheiro, a duas horas, já chamei mais ela não responde, e por mais que eu saiba que ela precisa de tempo, eu não posso fic
Já fiz duas seções de terapia, e cada dia que passa eu me sinto mais viva, não foi fácil falar sobre a minha vida, mais a Anna estava comigo e eu me senti bem estando com ela.O nome da médica é Virgínia, e ela me parece familiar, mais não lembro de já ter visto ela, os cabelos claros olhos azul, só não me lembro onde vi ela. Só falei o que aconteceu recentemente, ainda não consigo falar sobre a morte dos meus pais, mais isso já me aliviou um pouco, ela me explicou que tudo vai me causar pânico, mais eu preciso encarar as coisas de frente, e é isso que vou fazer, amanhã mesmo irei para a faculdade, fácil eu sei que não vai ser, mais vou encarar as coisas de cabeça erguida. "Eu achei ela muito legal" Anna fala enquanto voltamos para casa "Estava pensando de nós irmos no parque" Quero recomeçar a minha vida
Ohana Até que estava tudo indo muito bem, a kate voltou a trabalhar, e estudar, os pesadelos tinha acabado, a vida estava voltando ao normal, mais do mês passado para cá, tudo mudou ela começou a passar mal, não come direito, já desmaiou uma vez e os enjoou estão constantes, por mais que eu saiba o que está acontecendo, eu não tenho coragem de falar, só de pensar me dá uma dor no coração, ela nunca vai aceitar isso, ou seja ele(a) ainda não comentei com ela, por que sei o quanto isso é delicado, mais eu tenho certeza que ela está grávida. "Estômago ruim de novo kate? Pergunto encostada no batente da porta do banheiro, onde ela está debruçada no vazo "Sim, acho que a lasanha de ontem fez mal" Mais uma vez ela acha que é comida
Olho novamente para o exame em minhas mãos, a coragem de abrir me faltou assim que peguei ele, mesmo eu já sabendo o que tem dentro, eu não quero abrir e ver com meus olhos, a minha menstruação está atrasada, todos os dias estou enjoada, e fora as tonturas sem motivos, não tenho dúvidas quanto à isso. "Kate pelo amor de Deus, abre logo" Anna fala depois de meia hora "Eu não tenho coragem amiga, isso daqui é... Eu não sei o que é" Falo já sentindo minha garganta fechar e meus olhos se inundaram de lágrimas novamente, minha vida está assim, chorando sempre, primeiro por a perca dos meus pais, depois o abandono do David e agora por isso, eu não quero um bebê agora, como eu vou conseguir fazer minha faculdade, como eu vou realizar meu sonho? Eu não preciso de uma criança agora. "V
A chuva fina molhava o para-brisa enquanto eu seguia para a casa da kate, espero encontrar ela em casa, hoje é sábado e não tem aula, então é uma bela tentativa, a casa dela fica bem afastada, mais hoje eu encontro ela, mesmo eu não sendo uma pessoa boa o suficiente para ser um pai, eu não vou deixar que ela tire um filho meu. Chego no endereço que o Will me deu, olho para a faixada da casa, é uma casa pequena, mais bem arrumada, alguns jarros de plantas na frente, uns pendurados e outros no chão, saio do carro e ando devagar até a porta, dou três batidas na porta e ouço a porta ser aberta. "Você? A amiga dela pergunta com os cabelos ruivos no rosto "Sim, quero falar com a kate" Ela sorrir sem humor, ela sai fora da casa e tranca a porta por traz dela
Estávamos a caminho da minha casa, ela não falou uma palavra depois que saímos da casa dela, nem mesmo a amiga dela consegui fazer ela falar. Quando parei o carro no portão da minha casa ela pareceu ficar em pânico. "Aqui é sua casa? Pergunta segurando forte no banco do carro "Sim" Sei que ela está desse jeito por as lembranças que ela tem daquela noite "Eu não quero entrar" Fala tirando o sinto "Kate calma, eu vou ficar com você" Anna fala pegando no braço dela "Eu não quero entrar nessa casa, por favor... Olho nos olhos dela e vejo medo neles, penso por um tempo e dou ré no carro, não quero forçar ela a nada, sei
"Eu já falei que não vou deixar você sozinha kate" Anna fala pela milésima vez "Você vai sim, eu vou ficar bem" Digo suspirando "Vamos assistir uma serie qualquer, comendo frutas e legumes por que faz bem para o bebê" Já até estou me acostumando com ela se referindo ao bebê, é uma sensação diferente, mais já estou me acostumando. "Não, você vai para a boate que tanto quer dês do começo da semana, e eu vou assistir" Quando ela ia protestar alguém b**e na porta. "Vou ver quem é" Ela vai para a sala e eu fico no quarto. "kate é para você" Ela diz e eu vou para a sala, vejo o Will em pé na porta olhando para mim "Oi Will tudo bem? Nós se tornamos amigos
Último capítulo